Cotidiano

Sindicatos e instituições realizam uma mobilização contra a PEC 241

Entidades que representam servidores e trabalhadores em geral protestam contra a aprovação da PEC na Câmara Federal

Servidores públicos municipais, estaduais e federais, movimentos estudantis e entidades sindicais realizaram, na manhã de ontem, uma manifestação na Praça do Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa, para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que visa fazer cortes para tirar o país da crise. A manifestação, realizada em todo país, coincide com o segundo turno da votação da PEC, na Câmara Federal. De acordo com os organizadores, a mobilização foi mais uma atividade que pretende fortalecer nacionalmente as greves gerais marcadas para novembro.

A concentração dos manifestantes iniciou às 7h, na Universidade Federal de Roraima (UFRR), de onde eles saíram em carreata até a Praça do Centro Cívico, onde há uma estrutura montada para passar o dia inteiro em frente à Assembleia Legislativa. A programação seguiu até a noite, com aulas públicas sobre o pacote de medidas da PEC, rodadas de conversas, apresentações de músicas, poesia e teatro.

“A unidade entre todas as categorias de trabalhadores e comunidade em geral neste momento é muito importante. Não podemos permitir e, muito menos ficar calados, a possibilidade de retirar mais ainda recursos da saúde e educação, que são necessidades básicas da população”, comentou a professora da UFRR, Vânia Lezan.

PEC 241 – A Câmara dos Deputados tem pautada para esta semana a retomada do trâmite da Proposta de Emenda Constitucional 241, que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, o que tem suscitado reações inflamadas por parte de quem é contra e a favor.

A expectativa do governo, autor da proposta, é que o texto seja aprovado rapidamente como está, de modo que possa vigorar a partir do Orçamento do ano que vem e que sirva como um sinal positivo para a retomada de confiança dos agentes econômicos. Mas a oposição e movimentos sociais, que temem a restrição de gastos em áreas como saúde e educação, estão mobilizados contra a medida.

Aprovada pelos deputados em primeiro turno no dia 10, por 366 votos a 111, com duas abstenções, a expectativa era de que a PEC 241 voltasse à pauta nesta segunda-feira.

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