Cotidiano

Sindicatos estaduais ameaçam entrar em greve

Motivo da paralisação seria, segundo os sindicatos, a falta de revisão anual sobre a remuneração desses servidores

Representantes dos Profissionais de Enfermagem (Sindprer) e dos Trabalhadores Efetivados do Poder Executivo de Roraima (Sintraima) ameaçam entrar em greve.

A ameaça será cumprida segundo as categorias, caso o Governo do Estado não conceda a Revisão Geral Anual de 6,29% até o final do mês, conforme prometido pela governadora Suely Campos (PP) em maio deste ano.

A revisão é baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2016.

Após dois anos sem o recebimento, os representantes explicaram que a revisão deveria ter sido concedida em maio dese ano.

Contudo, no dia 9 daquele mês o Governo informou que por conta da crise, e consequentemente da diminuição do repasse de recursos do Governo Federal, o orçamento e as finanças do Estado haviam sido comprometidas.

Na ocasião, a gestão declarou que o pagamento seria realizado em outubro, conforme divulgado pela Folha de Boa Vista.

O presidente do Sindpol, José Nilton, relatou que desde então buscou por meio de ofícios informações acerca da concessão da revisão geral, mas não obteve resposta até o momento.

O presidente do Sindprer, Melquisedek Menezes, informou que no dia 15 de setembro reiterou ofícios ratificando a promessa do Governo, mas também não recebeu retorno.

Os presidentes disseram que ofícios chegaram a ser protocolados de forma coletiva por mais de 10 entidades de classes representativas.

Além da falta de resposta, o presidente do Sintraima, Francisco Filgueira, ressaltou que a revisão ainda não entrou no espelho da folha de pagamento e que a Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (Ale-RR) não recebeu a proposta de lei para que a governadora possa sancionar.

“Essa situação está deixando os servidores apreensivos, com medo de outro calote, como aconteceu no ano passado. E até onde sabemos, isso está previsto no orçamento”, frisou.

Outro ponto destacado pelos presidentes é o fato de os servidores do executivo receberem a revisão geral anual abaixo do índice do IPCA.

Diante da situação, Filgueira destacou que os sindicatos estão se organizando para uma próxima reunião, a fim de discutir os próximos passos diante do não cumprimento do pagamento.

De acordo com o presidente, o Sintraima chegou a realizar uma assembleia geral onde um dos temas debatidos foi a revisão geral anual. A principal medida discutida foi a paralisação com indicativo de greve geral.

Com a proximidade do Dia do Servidor, Filgueira reforçou que a revisão seria uma forma de presente aos profissionais.

“É uma sede de todas as entidades que a revisão geral anual de 2017 seja cumprida. Não podemos pagar, mais uma vez, pela falta de organização do Governo. Esperamos que o Governo cumpra o compromisso que assumiu junto aos servidores do Estado”, finalizou.

Com informações da repórter Ana Gabriela Gomes