Cotidiano

Sonegação continua alta, mas arrecadação aumentou 13%

Em 2016, o Estado arrecadou cerca de R$ 975,8 milhões e em 2017, o montante passou a ser superior a R$ 1 bilhão

Dados da Receita Federal em Roraima apontam que o Estado apresentou um crescimento de 13,40% na arrecadação federal em 2017. O delegado da Receita em Roraima, Omar Rubim, informou que houve incremento significativo no ano de 2017 comparando com o mesmo período de 2016, de janeiro a dezembro. Por exemplo, em 2016, foram arrecadados cerca de R$ 975,899 milhões. Já em 2017, a arrecadação chegou a R$ 1,106 bilhão. 

Com o resultado, Roraima ficou em segundo lugar na 2ª Região Fiscal, grupo composto por demais estados da Região Norte, ficando atrás somente do Amapá. Desta forma, o Estado ultrapassou a arrecadação do Pará, Amazonas, Acre e Rondônia.

À Folha, o delegado também comentou que o nível de sonegação continua alto, mas que a evolução das ferramentas de fiscalização, de programas e o cruzamento de informações tem tornado cada vez mais difícil que o contribuinte cometa crime fiscal.

Esforço dos servidores e parcerias facilitam fiscalização, diz delegado

Sobre a arrecadação positiva, Omar Rubim explicou que o desfecho favorável vem se mostrando nos últimos anos no Estado, apesar do momento de instabilidade e de declínio econômico geral experimentado pelo país no período.

Nos anos anteriores, de 2015 para 2016, a Receita Federal em Roraima já havia avaliado o crescimento de 10,81% na arrecadação geral. O delegado credita a evolução a uma melhora no cenário econômico do país em 2017, a parceria com o poder público e no esforço da equipe de arrecadação e fiscalização.

“A Receita Federal busca, de forma incessante, a melhoria dos controles em relação à captura de informação do contribuinte. Hoje, a Receita tem acesso ao volume de compras e volume de vendas de cada contribuinte. Nós temos informações sobre a movimentação financeira dos contribuintes, compra e venda do cartão de crédito, ou seja, todas essas informações favorecem um controle maior da real situação econômica e financeira do contribuinte”, informou Rubim.

O delegado afirmou que a Receita firmou parceria com o Governo do Estado e as Prefeituras, através das Secretarias de Fazenda. “Assim, de forma permanente, estamos trocando informações econômicas e fiscais. Esse cruzamento de informações torna mais difícil para o contribuinte efetivar ações que visem deixar de recolher ou suprimir o recolhimento do tributo”, apontou. (P.C)