Política

Suely Campos afirma que mantém diálogo aberto com indígenas

À Folha, governadora citou diversas ações que fomentam a economia dos povos indígenas, assim como garantem direitos básicos

Sobre a Carta Aberta à população publicada pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR), a governadora Suely Campos afirmou que mantém diálogo aberto e permanente com as comunidades indígenas e disse que Roraima é o único Estado do País a ter uma Secretaria do Índio comandada por um indígena.“O grande objetivo da minha gestão é o desenvolvimento socioeconômico de Roraima, considerando as comunidades parte indissociável desse processo, eis que 46% do território roraimense é composto por terras indígenas demarcadas e regularizadas” disse.

Sobre o questionamento a respeito dos dispositivos da Convenção 169, ela afirmou que se mostraram imprescindíveis para garantir o desenvolvimento econômico de todo o povo de Roraima, incluindo índios e não-índios, no contexto da construção do Linhão de Tucuruí e do Zoneamento Ecológico-Econômico.

“O ZEE e o fornecimento de energia de fonte limpa e confiável são duas ações estruturantes das quais nenhum governante responsável pode negligenciar. Garantir esses direitos a todos os roraimenses de forma legítima, como a ação ajuizada no Supremo Tribunal Federal (STF), é uma obrigação de quaisquer governantes para beneficiar a todos, inclusive as comunidades indígenas com a justa reivindicação por energia elétrica de qualidade”, justificou.

Segundo Suely, são inúmeras as ações do governo para fomentar a economia dos povos indígenas e garantir a segurança alimentar.“Se destacam projetos de agricultura, como as sementeiras, a destoca e mecanização das lavouras, além do incentivo à comercialização com a construção das primeiras feiras indígenas do Estado, ao longo da BR-174. Na pecuária, há incentivo para a ampliação do rebanho bovino, com vacinação gratuita contra a febre aftosa”, citou.

Suely também destacou que, para manter as tradições culturais, o Governo fomenta áreas como o artesanato indígena e apoia os festejos tradicionais das comunidades, além de incentivar o turismo etnocultural.

“Na educação, o governo mantém 268 escolas indígenas, em muitas delas enviando merenda escolar por via aérea, sem nenhuma contrapartida de recursos federais, para garantir que todos os alunos indígenas tenham acesso aos estudos. Os professores indígenas recebem formação e capacitação continuada. Há ainda a contratação de indígenas para ministrar aulas de língua materna, a fim de preservar essa que é uma das principais identidades culturais dos povos indígenas”, frisou.

Para a governadora, outras áreas que merecem destaque são a saúde, em que o governo mantém intérpretes de todas as etnias, “para garantir atendimento humanizado aos indivíduos que não dominam o Português e, na Casa da Gestante, há uma ala específica para acolher mulheres indígenas e a infraestrutura, com a recuperação de pontes e vicinais nas comunidades indígenas”.“São avanços em diversas áreas que impactam positivamente na vida dessas comunidades”, declarou.

Jucá afirma que é o político com mais ações em favor dos índios

Em nota enviada à Folha, o senador Romero Jucá afirmou que é um dos parlamentares do Estado que mais ações tem viabilizado em favor dos povos indígenas de Roraima. “Por meio da minha atuação parlamentar, foram garantidos recursos para melhorar o atendimento em saúde nas comunidades abrangidas pelo DSEI-LESTE como aquisição de material médico-hospitalar; pontos de conexão de internet; sistema de abastecimento com água encanada; instalação da Casai própria do Distrito Leste; inauguração do Polo Base de Saúde na Raposa Serra do Sol e ampliação do projeto de bovinocultura indígena que garantiu pela primeira vez, o atendimento a todas as comunidades indígenas de Roraima”, citou.

O senador afirmou que é ainda autor do projeto de Lei do Senado 124/2018, que propõe a criação da Secretaria Especial de Educação Indígena. “A proposta é que o Governo Federal assuma essa responsabilidade, viabilizando investimentos na melhoria das escolas, remuneração dos professores, transporte escolar, merenda e do currículo educacional, fatores importantes para o aprendizado e desenvolvimento dos alunos indígenas”, disse.

Romero Jucá afirmou ainda que já manifestou publicamente que é contra qualquer proposta que venha gerar alteração nas reservas indígenas já demarcadas.“Além disso, em dezembro de 2014, comuniquei em plenário a decisão de pedir o arquivamento do projeto 1610/96, de minha autoria que propunha a regulamentação da atividade de mineração em terras indígenas” finalizou.