Polícia

Suspeitos de jogar corpo de mulher no lixo continuam soltos

Catador de latinhas encontrou o corpo, enrolado em uma lona preta, em meio ao monte de lixo

A região de lavrado que cerca a Capital, nas proximidades do Anel Viário, continua sendo o principal ponto de desova de cadáveres. Na manhã de ontem, dia 1o de Maio, por volta das 10h, um catador de latinhas encontrou o corpo de uma mulher em meio ao lixo, no fim da avenida dos Trabalhadores, no Conjunto Pérola, bairro Dr. Airton Rocha, na zona oeste da Capital.

De acordo com as informações da Polícia Militar, o homem que trabalha com material reciclável disse que todos os dias passa pelo local para recolher latinhas e que nessa terça-feira se assustou quando viu o corpo enrolado em uma lona preta, em meio ao monte de lixo. No mesmo instante, ele acionou a Polícia Militar para atender a ocorrência.

As viaturas do programa “Crack é possível vencer” e da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito Urbano e Rodoviário (Ciptur) chegaram ao endereço e constataram a veracidade dos fatos, mantendo a área isolada para impedir que fosse violada por populares curiosos. As perícias criminalística e de identificação foram chamadas para realizar os procedimentos técnicos, assim como o rabecão do Instituto de Medicina Legal (IML).

O corpo estava bastante inchado, mas conforme a perícia, ainda não estava em decomposição. Os peritos afirmaram que, pelas características, o crime ocorreu 18 horas antes de o corpo ter sido encontrado. Muitas marcas, que possivelmente sejam decorrentes de espancamento, estavam espalhadas pelo corpo da vítima. Além disso, as pernas e braços da mulher foram cortados nas juntas dos joelhos e cotovelos.

A Polícia supõe que a intenção dos criminosos tenha sido colocar o corpo dentro de um local pequeno e por isso fizeram o procedimento, no intuito de diminuir o tamanho. Havia também perfurações de arma branca, uma delas na barriga, causando evisceração.

Ao fim dos trabalhos periciais, o corpo foi removido pela equipe do IML, enquanto a Polícia Militar elaborou o Relatório de Ocorrência Policial (ROP) que foi entregue na Central de Flagrantes do 5o DP, a fim de que o caso seja investigado. Até o fim da tarde de ontem, nenhum suspeito de ter praticado o crime foi preso. (J.B)