Cultura

Tratamento adequado proporciona mais qualidade de vida aos pacientes

A médica especialista em Alergia e Imunologia, Laila Sabino Garro, fala sobre os malefícios da rinite alérgica

Com sintomas semelhantes aos do resfriado, a rinite alérgica é uma das cinco doenças crônicas mais comuns no mundo e pode evoluir para quadros mais graves, por falta de tratamento adequado. De acordo com a médica especialista em Alergia e Imunologia, Laila Sabino, os sintomas manifestam-se principalmente após exposição aos alérgenos ambientais, entre eles, os ácaros da poeira, fungos, pólens, cães e gatos.

Embora muitas vezes seja vista como uma doença passageira, a rinite alérgica é capaz de piorar de forma marcante a qualidade de vida porque interfere nas atividades diárias dos pacientes.

“A doença pode acarretar diminuição do aprendizado escolar e da produtividade no trabalho, além de limitações na vida social, alterações do humor, fadiga crônica e distúrbios do sono nestes pacientes. Não somente a doença, mas também as medicações empregadas para alívio dos sintomas podem influenciar a produtividade no trabalho ou na escola”, explica a médica.

Segundo ela, a identificação de sintomas como espirros, prurido nasal, coriza clara e obstrução nasal são fundamentais na história clínica dos casos suspeitos. “Também devo ressaltar que a rinite alérgica encontra-se comumente associada a outras doenças como a asma, sinusite, otite média, alergia ocular, dermatite atópica, o que eleva o impacto socioeconômico da doença”, diz.

É fundamental ressaltar que prejuízos são vivenciados não apenas por adultos, mas também por crianças e adolescentes com rinite alérgica durante anos. “Pelo fato de ser uma doença crônica, a rinite alérgica muitas vezes necessita de tratamento por tempo prolongado. Caso o tratamento não seja conduzido desta forma, poderá haver insatisfação e desânimo por parte dos pacientes”, comenta.

Tratamento

A avaliação pelo médico Alergologista poderá indicar a necessidade de investigação através de testes cutâneos (Prick test) ou exames laboratoriais para identificação das alergias que o paciente sofre. O tratamento é baseado em três pontos principais: controle ambiental, medicações e imunoterapia.

“A partir do conhecimento sobre quais os alérgenos cada paciente é sensibilizado, são estabelecidas as medidas de controle ambiental, nas quais o paciente será orientado”, contou.

A imunoterapia (vacinas para alergia) é uma excelente ferramenta para controle dos sintomas mesmo nos pacientes com quadros mais persistentes e de difícil controle.

“O trabalho em conjunto médico-paciente resulta no controle adequado dos sintomas e na maior satisfação dos pacientes, pois promove importante melhora na sua qualidade de vida”, finalizou.