Cotidiano

Usuários do Anel Viário reclamam de matagal, buracos e insegurança

Dnit afirma que obras de manutenção da BR-174, que incluem o trecho do Contorno Oeste, já foram iniciadas

A falta de manutenção do Contorno Oeste Ottomar de Souza Pinto (anel viário), que interliga os trechos sul e norte da BR-174, se tornou alvo de denúncias de motoristas e ciclistas que trafegam com frequência pelo trecho. Eles reclamam que as margens das estradas estão praticamente encobertas pela vegetação, placas de sinalização danificadas e o surgimento de buracos na pista. Afirmam ainda que o local está servindo como esconderijo de criminosos.

Um ciclista que utiliza a rodovia periodicamente, que preferiu não se identificar, afirmou que o problema perdura há mais de seis meses. “São vários grupos de ciclistas que percorrem pelo anel viário, o que deve totalizar umas 100 pessoas. Só o meu grupo, que tem mais de 15 atletas, frequenta o local todos os fins de semana. O maior problema hoje é em relação ao mato, que está avançando muito na pista. Se torna muito perigoso. Até alguns buracos no asfalto já estão aparecendo”, afirmou.

Ainda de acordo com o ciclista, na cabeceira das pontes as placas de sinalização foram completamente encobertas, o que aumenta os riscos de acidentes.  “A situação está precária. O trecho, por causa desse abandono e desse mato espesso, virou esconderijo de bandido, até pelo fato de ser um lugar isolado”, frisou chamando a atenção que as pessoas que passam de bicicleta ou moto podem ser atacadas nesses locais mais críticos tomados pela vegetação na margem da pista.

“Na verdade, como a região é pouco movimentada, fica mais segura para pedalarmos. Mas já estamos pensando em mudar o local dos treinos, até porque há uma lei em vista que deve proibir o uso de rodovias por ciclistas. Se aprovada, não vamos realmente mais poder utilizar o anel viário”, destacou.

DNIT – O órgão responsável pela manutenção e conservação do Contorno Oeste é o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). De acordo com o superintende do órgão, Pedro Christ, a revitalização do trecho acontecerá em breve. “O contrato nº714/2016, cuja ordem de serviço foi expedida em dezembro do ano passado, tem como objeto a conservação e manutenção da BR-174, entre a sede do Município de Caracaraí e Boa Vista, incluindo o Contorno Oeste”, afirmou.

Segundo ele, apesar do pouco tempo da ordem de serviço, as obras já iniciaram. “Tudo será resolvido, incluindo a questão da vegetação. A prioridade do DNIT foi tapar os buracos próximos ao Município de Caracaraí.

Agora estamos realizando a roçada ao longo da BR-174, perto do município de Iracema e vamos chegar ao contorno Oeste em breve. Tudo será reformado: meio-fio pintado, as sarjetas, pontes, sinalização e o que mais for necessário. Os problemas hoje nas rodovias de Roraima são quase inexistentes e os que aparecem procuramos resolvê-los com celeridade”, destacou.

UTILIDADE – O Contorno Oeste é um anel viário construído com quase 30 quilômetros de extensão, sendo oficialmente considerado um ramal da BR-174. Assim, o rodoanel desvia parte do fluxo urbano da rodovia, que tem como extremos Manaus (AM), ao Sul do Estado, e Venezuela, ao Norte, em um total de quase mil quilômetros.

O anel começa no quilômetro 496 da BR-174 sul, com acesso através de um viaduto de 33 metros, construído na interseção com a Avenida Brasil (trecho urbano da BR-174), no bairro Nova Cidade, zona Oeste. O contorno passa pelo entroncamento com a RR-205, estrada que dá acesso ao Município de Alto Alegre, a 89 quilômetros da Capital, na região Centro-Oeste do Estado.

Após o entroncamento com a RR-205, o contorno passa na segunda ponte sobre o Rio Cauamé, seguindo até reencontrar a BR-174 norte, no quilômetro 524, no sentido Pacaraima e Venezuela.