Política

Vereador fala em regularizar cooperativas de catadores

Após visitar lixão municipal, Wagner Feitosa (SD) afirmou que é preciso viabilizar meios econômicos para que catadores não fiquem desassistidos

Uma comissão de vereadores de Boa Vista realizou, na semana passada, inspeção no lixão da Capital, no trecho sul da BR-174, saída para Manaus (AM). A intenção foi conhecer a realidade das famílias que moram e trabalham no local e saber como funciona a área onde já foi um aterro sanitário.

Em entrevista ao programa Agenda Parlamentar, na manhã de sábado, 21, pela Rádio Folha AM 1020, o vereador Wagner Feitosa (Solidariedade), que integrou a comissão, afirmou que irá cobrar do executivo municipal agilidade na implantação de um novo aterro sanitário. “As pessoas não estão acostumadas a ver um vereador que está em recesso sair do gabinete e ir visitar o lixão. Mas não vai ficar apenas nessa visita”, disse.

Segundo ele, o impacto causado ao meio ambiente e aos próprios catadores tem sido negativo. “É ruim ver tantas famílias em situações como aquela, tendo que disputar lixo com animais, como ratos e urubus. Algumas pessoas levam crianças para catar lixo naquele lugar, e isso é inadmissível”, afirmou.

Feitosa disse que buscará meios para ajudar as famílias de catadores. “Se for criar um novo aterro, vai ter que tirar as famílias desse lixão. Mas, para isso, é preciso viabilizar um meio econômico para que essa pessoas possam ter seu sustento e não fiquem desassistidos”, destacou.

O parlamentar anunciou que irá dar suporte jurídico para regularizar as cooperativas que trabalham com lixo reciclável no local. “São aproximadamente 300 pessoas cadastradas nas duas cooperativas que ali existem. Vou pessoalmente conversar com os representantes e ver o que precisam. Se precisar de advogado para tirar a documentação necessária, farei questão de pagar”, ressaltou.
Atualmente, cerca de 150 famílias moram e trabalham como catadores no lixão municipal. “Outra situação que irei ver é a permanência de crianças ali. A partir dessa semana vou procurar o Conselho Tutelar e os órgãos responsáveis para cobrar a retirada desses menores. Também vou acompanhar de perto o trabalho da empresa responsável pelo lixão, pois o contrato é milionário e requer fiscalização”, frisou.

O plano municipal de resíduos sólidos prevê a construção de um novo aterro sanitário na capital, até julho de 2018. “Tem um ano e meio para que isso seja feito. Compartilho que esse novo aterro fique o mais longe possível da cidade, e que as famílias tenham renda, porque não é justo ter um aterro bonito e as famílias ficarem desassistidas”, pontuou.