Polícia

Vítimas de estelionatária devem procurar 2º DP

Em entrevista à Folha, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DPJC), delegado Alexsander Lopes, deu esclarecimentos sobre as medidas que estão sendo adotadas em relação à denúncia de golpe envolvendo a venda de passagens aéreas por uma empresa da cidade.

Conforme Lopes, nos próximos dias, o 2º Distrito Policial (2º DP) deve iniciar a coleta de depoimentos de vítimas e funcionários da empresa denunciada esta semana por um estudante. A suspeita é de que a proprietária do estabelecimento tenha fugido da capital com aproximadamente R$ 125 mil.

“Nós já solicitamos o início das investigações pelo 2º DP e o delegado deve começar a intimar as testemunhas para coletar os depoimentos. Há indícios de que a suspeita tenha se evadido da cidade, o que pode influenciar nas medidas em relação a esse caso, podendo ela ser presa preventivamente”, destacou.

Casos envolvendo a falsa venda de passagens aéreas têm se tornado cada vez mais comuns na capital, resultando na instauração de vários inquéritos policiais. Segundo o delegado, somente no ano passado, duas empresas foram responsabilizadas por esse tipo de crime. “Todos os clientes que foram lesados por essa pessoa precisam procurar a polícia, para que sejam tomadas as devidas providências em relação caso”, completou.

Alexsander Lopes ressaltou ainda que, antes de fechar qualquer tipo de negociação, os clientes precisam estar atentos ao histórico da empresa que realiza a oferta da passagem. “As pessoas precisam ter cuidado quando forem procurar essas agências de viagens. A orientação da DPJC é que elas optem por aquelas empresas legalmente constituídas, que já possuam referencial no mercado, que não tenham histórico de problemas e que possua cadastro junto ao Ministério do Turismo”, concluiu.

CASO – Um estudante procurou a Polícia Civil para denunciar que foi vítima de um golpe referente à venda de bilhetes de passagens aéreas. No depoimento, ele contou que havia comprado uma passagem ida e volta para São Paulo, agendada para o dia 3 de julho.

Toda a transação foi realizada em uma empresa de viagens local e a dona do estabelecimento teria fugido com o dinheiro dos pagamentos e o trecho foi cancelado. Ele contou ainda que foi avisado, de que a mulher tinha tomado rumo ignorado, pelos funcionários da empresa, uma vez que ela também não teria pago fornecedores e empregados.