Cotidiano

Volume de importações volta a crescer

De janeiro a março deste ano, foram contabilizadas 482,3 toneladas de produtos importados

No primeiro trimestre deste ano foi registrado o crescimento de 77% na movimentação de cargas para importação no Terminal de Logística de Cargas (Teca) do Aeroporto Internacional de Boa Vista. De janeiro a março de 2018, foram contabilizadas 482,3 toneladas de produtos importados.

De acordo com informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infaero), o número de importações processou um novo crescimento após dois anos seguidos de queda. Dados de movimentação de cargas da rede apontaram que em 2015 o volume chegou a ser superior do que o verificado este ano, quando foram movimentadas 484 toneladas de importações no primeiro trimestre. Já em 2016, os registros chegaram somente a 286 toneladas e, em 2017, o índice foi ainda menor, de 271,6 toneladas.

Segundo o superintendente do Aeroporto de Boa Vista, George Torres dos Santos, são vários os motivos que apontam tanto o crescimento quanto a queda de importações nos últimos anos. O principal deles é a variação de câmbio do dólar em relação ao real.
“No início do ano, houve uma variação do valor do dólar em relação ao real e consequentemente houve uma variação de 77% no número de importações em relação ao ano anterior. A partir de abril sentimos uma pequena redução, pois o dólar deu uma valorizada de 10% e isso já altera. Com a zona franca, também há uma facilidade de efetuar as importações”, explicou Santos.

Outro ponto é a grande procura por produtos importados, sobretudo provenientes da China, Miami e Venezuela, em face da melhoria da atividade econômica local. Dentre os produtos mais procurados estão as centrais de ar-condicionado, computadores e produtos de informática, eletroeletrônicos, peças de reposição de motos, embalagens plásticas e cubas de ovos.

“O aumento registrado é importante para a Infraero e para o estado de Roraima, pois possibilita o incremento das receitas da atividade de carga aérea e evidencia a melhoria da atividade econômica. Para o restante do ano, a nossa expectativa é um grande aumento no volume registrado das importações, que contribuirá mais eficazmente para o atingimento das metas definidas pela Infraero”, avaliou.

No que diz respeito à queda vivenciada nos últimos dois anos, George acredita que a crise econômica sentida no país nesse período também auxiliou para que houvesse uma redução no número de importações.

O superintendente acredita que o índice deve continuar subindo e fechar em alta também por outro motivo que influencia as importações: a transmissão da Copa do Mundo. “A tendência é que esse ano tenha alta importação também por conta da Copa do Mundo. Então, o setor de eletrônicos vende mais, com televisores, smartphones e receptores de transmissão”, afirmou. (P.C)