Opinião

Opiniao 07 11 2014 251

‘Síndrome do Facebook’ – Louize Fernanda Campos Silva* E se tratando dele… : Quem precisa de detetive, quando se tem um facebook no “público”?!    Raro é ver, nos dias atuais, alguém que não tenha Facebook. Essa rede social se tornou febre por todo o mundo, é moda, é socialização, é comunicação e praticidade. Adolescentes, jovens, velhos e agora até as crianças (entre os 7 a 11 anos) passaram a usá-lo. Numa visão geral, a informática e as suas ramificações, como os softwares (programas), são extremamente benéficos por todas as áreas e em diversas situações. Apontando alguns dos pontos positivos no Facebook, vemos facilidade de reencontrar pessoas (amigos, colegas, familiares); ter relatórios quase que diários da sua rotina; sentimentos, eventos e etc.; poder enviar felicitações e assim manter um ciclo de interação, comunicação e amizades. Sem contar que temos a possibilidade de ver o perfil de qualquer pessoa, que consiste na idade, estado civil, onde estudou ou estuda, os hobby entre outros (dependendo do que expõem). E se deixarem na opção (configuração) de visualização no público tudo o que postam: fotos, eventos e informações. E por aí vai, ficam disponíveis a qualquer um em qualquer lugar do mundo. É perigoso ter muitas informações expostas. Já vimos muitos casos de homicídios, sequestros, perseguição e várias situações causadas ao exibirem publicamente seus passos ou atos (quanto à localidade).  O ser humano em si, no meu ponto de vista, tem a necessidade de receber elogios e reconhecimento pelo que fez, faz ou pensa. As redes sociais são como pontes que levam à tona essas atitudes e posições entre outros aspectos, ou seja, cada “curtida” que recebe, em algo que pensa (seja crítica, elogios e desabafos), eventos que participou, projetos de vida, emoções ou desejos, aumenta seu ego e o estimula, novamente, a arrancar elogios (curtidas), porque isso nos faz bem. Quando algo nos motiva muito, em alguma área de nossa vida, (talvez inconscientemente) nos dedicamos àquilo, chegando a ponto de tomar nossos pensamentos por muito tempo, é exatamente o que acontece nas redes sociais. Sabendo que várias pessoas, geralmente de nossa afeição, veem nossas postagens, ficamos ansiosos e motivados, ocasionando o que chamo de “síndrome do Facebook”. Sus sintomas são: ficar relembrando palavra por palavra do que escreveu, tentar encontrar algo negativo ou positivo, que alguma forma poderia desagradar ou agradar alguém, ou passar horas buscando palavras chaves, pensamentos miraculosos, algo que cause impacto ou choque  instantâneo, com o objetivo de chamar a atenção. Por ocasiões, atitudes assim são normais, é obvio! Mas, sendo constante, tomando muito tempo do dia e tirando o foco do que realmente é importante e necessário, torna-se prejudicial. Para alguns é até encarada como vício por não conseguirem controlar o tempo e a real objetividade . Como podemos ver no meio juvenil, é mais fácil ficar de três a quatro horas na frente do computador vendo Facebook, ouvindo músicas no You Tube, vendo vídeos “fúteis”, do que passar esse tempo lendo um livro ou mesmo na internet estudando e se iterando de notícias ou em  leituras viáveis e saudáveis. Criticar o Facebook? Não! Não é esta minha intenção, mas sendo eu parte deste contexto, refletindo sobre metas, focos, futuro, é bem aproveitável dizer à geração jovem que foque mais nos objetivos e alvos porque o tempo passa tão rápido e existem oportunidades que, se não a agarramos, poderá nunca mais voltar. Poderemos nos arrepender de perder o tempo com banalidades e fultilidades. Convenhamos que o Facebook é uma distração, assim como tantas outras, que certamente nos faz bem! Então, separe uma hora do dia, um tempo para cada coisa e organize-se: trabalho, estudo, familia, Deus, saúde e diversão. Assim eu fecho com um versículo da Bíblia: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. 1 Coríntios 6:12 *Estudante de informática no IFRR [email protected] ————————————– Contra a violência sexual – Vera Sábio* O sexo com responsabilidade e repleto de amor é o melhor bem que o ser humano recebeu do Criador.   Outros seres vivos realizam o ato sexual para propagação da espécie.Só sentem o instinto sexual em momentos férteis e não praticam o ato se a fêmea estiver gestante. Enquanto o ser humano tem a benção indescritível do orgasmo, tirando-o da realidade e levando-o a níveis de adrenalinas que são capazes de melhorar uma série de mal-estar, diminuindo problemas físicos e mentais. Tudo isto é possível se a atitude sexual puder ser denominada como um gesto de “fazer amor”.  Só dá para fazer amor com muito amor, doação, partilha, liberdade e proteção. O que infelizmente é destorcido pelos atos irresponsáveis daqueles que não têm respeito nem amor pelo próprio corpo, quanto mais pelo corpo de outra pessoa. Quem não ama não sabe doar amor; e este mal acaba forçando aquele que não compartilha do mesmo egoísmo, fazendo o que não quer, da forma que não quer, no dia que não quer e sem quaisquer respeito pelo que quer.  A violência sexual ocorre não somente mediante um ato de estupro puramente classificado nas leis vigentes. Mas também quando a pessoa próxima, a qual esteja indisposta, doente, magoada etc. Ou seja, por diversos motivos não compartilha do mesmo prazer do parceiro, e não é respeitada em sua vontade, sendo forçada a fazer sexo. Esta violência pouco divulgada, muitas vezes escondida, acarreta problemas psicológicos, os quais tornam a pessoa por eles acometida mais retraída, sem libido, triste e depressiva. O ato sexual bem resolvido e com vontade e disposição de ambas as partes forma cidadãos realizados, tranquilos, desestressados e fáceis de conviver. Enquanto a violência sexual é um crime que deve ser constantemente combatido. Por tanto, amai-vos uns aos outros da mesma maneira que desejam ser amados.  Entendam que dois erros nunca fazem um acerto, e que precisamos expor, denunciar e combater todos os tipos de violência em prol de uma sociedade mais humana, amorosa e solidária. *Psicóloga, servidora pública, esposa, mãe e cega  CRP: 20/04509 [email protected] Cel.: 991687731 ————————————————- Parar pra quê? – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Aquele que fica parado esperando que as coisas melhorem verificará depois que aquele que não parou está tão adiantado que já não pode ser alcançado”. Este pensamento estava exposto num quadro pequeno, na sala do Vereador Tarcílio Bernardo, no Bairro de São Miguel Paulista, em São Paulo, no início da década de cinquenta. Nossas famílias eram muito ligadas como amigos. Eu frequentava muito aquela casa, porque era colega de colégio da filha mais velha do Vereador. Era ali que nos encontrávamos, vez por outra, nos fins de semana, com grandes políticos paulistas, como Jânio Quadros, Emílio Carlos, Auro Moura Andrade e tantos outros. No quadro não havia o nome do autor da frase. Anotei-a no meu caderno escolar e a mantenho comigo até hoje. E procurei-a hoje porque estou me sentindo como se tivesse parado no tempo, por não ter ido assistir ao RORAIMEIRA.  Fiquei realmente sentido. Mas não tive como ir. Vou me lamentar por muito tempo. Embora ninguém saiba, eu tive uma ligação muito forte, sentimentalmente, com o grupo do Roraimeira. Foi daquele encontro que logo depois surgiu o “Zecapretando”. Lembra-se Zeca? Se se lembra, sabe o quanto estou chateado por não ter estado lá, com vocês, ontem à noite. Mesmo porque, além de vocês três todos esses figuraços “adicionados” ao grupo na participação do desenvolvimento da música, da cultura e da arte roraimenses, fazem parte do meu grupo íntimo batendo no coração. A todos vocês, meus parabéns e meu abraço quebra-costelas. Eu os admiro e os tenho como elementos indispensáveis ao desenvolvimento deste Estado em desenvolvimento.  Admiro com força, o desempenho de todos vocês. Que nunca parem. Estejam no grupo dos que não precisarão verificar os resultados dos que não pararam. “A vida é luta renhida”. E nela, não vence quem não luta. Sei o quanto foi e é difícil encarar os obstáculos que a cultura enfrente em nosso ambiente. Mas isso só vai fortalecer os que não se intimidam nem se deixam abater pelas dificuldades. O importante é que o Grupo Roraimeira continue como um exemplo do que devemos fazer para o desenvolvimento do nosso Estado. Zeca, Eliakin, Neuber e todos os que formam esse esteio da cultura roraimense, através deste Grupo, meu abraço. Façamos nossa parte. Não importa o que fizermos desde que seja na grade da ética, façamo-lo dentro dos padrões da qualidade que a racionalidade exige. Nosso progresso vai depender do que pensamos hoje, em relação ao nosso futuro. Cabe a cada um de nós, construir sobre os alicerces da inteligência. O importante é que cada um de nós faça sua parte. Pense nisso. *Articulista [email protected]     9121-1460 ———————————————- ESPAÇO DO LEITOR HOSTILIDADE 1 A leitora Raquel Maia relatou o que viveu no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Narazeth, no final de semana passado, onde acompanhava a irmã, que foi ganhar bebê. “Quem já necessitou de atendimento na única maternidade pública de Boa Vista provavelmente sofreu maus-tratos, que vão de negligência a violência verbal. Isso inclui tratamento grosseiro, ameaças, gritos e humilhação intencional. Estes maus-tratos vividos pelas pacientes na maioria das vezes estão relacionados à discriminação dos profissionais em relação à classe social ou etnia da paciente. Com isso, é violado o direito ao atendimento digno e de qualidade durante o parto a toda gestante”, comentou. HOSTILIDADE 2 Na ala das Orquídeas, local onde são realizados os partos, Raquel disse ter presenciado uma “violência institucionalizada” pela qual sofrem as pacientes. O tratamento grosseiro e desrespeitoso, segundo ela, incluía comentários de cunho moralista e discriminatório de médicos e enfermeiros. “Na hora de fazer o bebê, você gostou. Não doeu tanto assim”, diziam. Ou ainda: “Gritar não adianta, pois a dor vai ficar cada vez pior. Não podemos fazer nada”. E não acaba por aí: “As mulheres, que não suportam a dor caladas, são taxadas de ignorantes escandalosas que não têm controle sobre sua fecundidade”, afirmou. HOSTILIDADE 3 “Para as que não suportam a dor caladas, o tratamento é ainda pior. Certa paciente, que teve cerca de dez horas de parto, gritou inúmeras vezes por assistência médica, porém não era atendida. Comovida com a situação, fui em busca de auxílio. A médica me disse com um tom de deboche: “É assim mesmo, depois piora”. Quando finalmente são atendidas, as ‘escandalosas’ sofrem humilhação. Frases como “Nossa! Está gritando agora? Imagina quando o bebê estiver perto de nascer!” são repetidas diversas vezes com o objetivo de aterrorizar as mães. Depois do nascimento da criança, algumas mulheres ainda passam horas sentadas em cadeiras aguardando leito. Isso demonstra que a banalização do sofrimento da mulher é um fato na maternidade de Boa Vista”, relatou. HOSTILIDADE 4 Raquel Maia acredita que nem todos os funcionários são assim. “Evidentemente, não posso generalizar e dizer que todos os profissionais têm tal comportamento. Mas, uma coisa é certa: a maioria deles não está preparada para lidar com o momento do parto”, concluiu.