Bom dia, “Sete pecados sociais: política sem princípios, riqueza sem trabalho, prazer sem consciência, conhecimento sem caráter, comércio sem moralidade, ciência sem humanidade e culto sem sacrifício” – Gandhi RANKING 1 Com a menor população do país, o Estado de Roraima está no topo da lista das eleições mais caras do Brasil. O ranking do “custo do voto”, divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no final de semana e repercutido pela imprensa nacional, aponta Mato Grosso como campeão, proporcionalmente, no ranking do gasto mais elevado, seguido de Roraima e Tocantins. RANKING 2 Em Mato Grosso, com 1,8 milhão de eleitores e três candidatos disputando o governo, foram gastos R$31 milhões na campanha, resultando em um gasto de R$17,06 por eleitor. Roraima, com 299 mil eleitores e quatro candidatos, gastou R$15,37 por eleitor. Tocantins, com 996 eleitores, registrou gasto de R$8,63 por cada um deles. POLÍTICOS A oposição quer aproveitar o embalo da sétima fase da operação Lava-Jato, deflagrada na sexta-feira passada, que prendeu executivos e empresários de nove empreiteiras, para também investigar os políticos envolvidos no propinoduto da Petrobras. Antes dessas prisões, o PT e o Governo Federal fizeram uma “operação abafa” para evitar avanço de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso para apurar irregularidades na estatal petroleira. BARBAS Já existe político de alto coturno em Roraima com as barbas de molho, pois se o PT e o Governo Federal perderem esse embate no Congresso para a oposição, vai ter gente que terá de dar muitas explicações daqui para frente. Líderes do DEM e do PPS afirmam que, pelo avanço da operação Lava-Jato, os políticos serão os próximos alvos de um dos maiores escândalos na política brasileira. BAIXA Ao que tudo indica, o primeiro escalão do Governo do Estado sofrerá mais uma baixa. O chefe da Casa Civil, Leocádio Menezes, pediu exoneração do cargo. Fontes afirmam que o desentendimento com a cúpula governamental já vinha aflorando desde a campanha eleitoral. E tudo indica que o governador Chico Rodrigues (PSB) deverá aceitar o pedido. MOVIMENTO 1 Um grupo de professores criou um movimento que promete dar muita dor de cabeça principalmente para a Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter). Com o nome de Movimento Organizado dos trabalhadores em Educação (Mote), o grupo de oposição sindical vem ganhando força a partir da bandeira em defesa da aprovação dos projetos de lei enviados à Assembleia Legislativa pelo Governo do Estado, como auxílio alimentação e a Gratificação de Incentivo à Docência (GID). MOVIMENTO 2 Se vai vingar ou não, não se sabe. Mas o certo é que o Movimento tem incomodado os sindicalistas. O grupo de oposição já fala em pedir afastamento da direção do Sinter e prestação de contas do desconto sindical e dos precatórios destinados aos professores federais, um assunto polêmico e que se arrasta de outras diretorias. CRISE 1 Se nos setores essenciais a crise se agravou no Governo do Estado, não seria de se esperar situação melhor nos demais. Ontem, por exemplo, a internet não estava funcionando porque a conta não foi paga. Em consequência disso, vários serviços não vêm podendo ser realizados. Nem consultas públicas podem ser feitas, a exemplo do Diário Oficial do Estado. CRISE 2 O governo estadual também não tem quitado as contas de energia, e a ameaça de corte no fornecimento de várias secretarias é iminente. Ontem houve a maior correria porque a empresa que fornece energia já estava com a ordem de corte pronta para ser executada, inclusive na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Mas, de última hora, parece que houve entendimento. TERCEIRIZAÇÃO Já que os governos locais não mostram nenhum interesse em extinguir contratos com empresas terceirizadas, parece que somente a Justiça dará um ponto final nesta vergonhosa forma de privilegiar empresas geralmente ligadas a políticos. Um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) considera fraude à legislação trabalhista a terceirização de atividade-fim em empresas. O posicionamento foi dado em recurso que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). TERCEIRIZAÇÃO 2 “A interposição da pessoa jurídica prestadora dos serviços [na atividade-fim] é mecanismo de fraude”, diz o parecer, assinado pelo subprocurador-geral da República, Odim Brandão Ferreira, e aprovado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A decisão que for tomada no STF terá impacto direto na discussão sobre terceirização de mão de obra no país, pois dá repercussão geral ao tema. TECERIZAÇÃO 3 Em Roraima, o contrato de empresas terceirizadas com o governo só serviu para adiar a realização de concurso público e beneficiar algumas empresas que têm ligações incestuosas com parlamentares. Enquanto estas têm seus pagamentos em dia por ceder mão de obra para várias secretarias, outras não recebem por seus serviços, deixando os funcionários terceirizados à míngua, com meses sem salário. PEDIDO Em Roraima, ir a eventos públicos ou pegar um voo saindo (ou retornado) de Roraima é garantia de encontrar políticos ou autoridades. Em um desses voos, internautas começaram a relatar, em tom de ironia, que estavam em um avião junto com “um governador cassado, uma governadora eleita, um senador não reeleito, uma deputada reeleita pela oitava vez e uma vereadora”. E um deles pediu: “Senhor, que este avião não caia. Amém”. Logo em seguida, começou a circular uma informação mentirosa de que um avião teria caído.