Cotidiano

Professores vão discutir hoje nova proposta do Governo

A maior greve de professores do Estado da história já está com 39 dias, superando a greve de 2009 que durou 36 dias

A atual greve dos professores da rede estadual de ensino já entrou para a história como sendo a que durou mais tempo. Hoje (18), está completando 39 dias que a categoria cruzou os braços, reivindicando melhorias salarias e condições de trabalho. Essa greve já superou a maior até então que foi a de 2009, quando os professores paralisaram por 36 dias.

E na manhã de hoje, às 10h, os professores se reúnem para discutir uma nova proposta enviada pelo Governo voltando atrás no anúncio de encerramento das negociações, feito na semana passada. A reunião dos professores será no ponto de concentração dos grevistas em frente da Assembleia Legislativa.

Segundo o presidente do Sindicatos dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter), Ornildo Roberto, mesmo informando que as negociações estavam encerradas, o Sinter enviou cinco ofícios para o Governo do Estado solicitando a reabertura de diálogo. “E ontem [quarta-feira] o governo nos enviou um ofício com uma proposta que nós vamos colocar para avaliação dos companheiros amanhã [sexta-feira]”.

Para o sindicalista, alguns pontos são considerados emergenciais pela categoria e os professores entendem que se essas questões forem atendidas, a greve será encerrada. Ele apontou, por exemplo, a melhoria da estrutura das escolas e a valorização profissional como um dos pontos emergenciais.

“Além do enquadramento dos professores conforme a da lei 892/2013, que até hoje não foi implementada; o pagamento das progressões horizontais e verticais, que devem ser pagas de acordo com o tempo de serviço e a titulação dos profissionais e a incorporação da Gratificação de Incentivo à Docência (GID) ao salário”, completou a lista de pontos emergenciais.

PROPOSTA
Dentre as novas propostas apresentadas, está o pagamento integral das progressões de 2015 e das atrasadas de 2008 a 2010, que seria feito até novembro deste ano. O Governo também se compromete em corrigir de imediato as inconsistências da Lei 892/2013, abonar as faltas com a volta imediata ao trabalho e reposição das aulas perdidas e efetivar as demais propostas acordadas em audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR).

Além disso, o governo manteve a proposta apresentada em reunião com líderes do movimento grevista no dia 24 de agosto, quando sugeriu realizar o pagamento das progressões horizontais, verticais e retroativas de 2011 a 2014, de forma parcelada, até 2017.