Opinião
Opiniao 06 12 2014 365
A SANHA+ALIENAÇÃO= DANA À NAÇÃO. – Waldecir R. de Andrade* Sentado em uma fazenda de grande porte e de imenso requinte; bebendo uma água ardente que custa R$1.500,00 a garrafa de 600ml. Imaginem ou pelo menos tentem imaginar, quanto custa o scoth e o champanhe. O caviar é iraquiano, ou será Russo? Como canta Zeca Pagodinho: “nunca vi, nunca comi e não posso comprar, só ouço falar.” O dito proprietário olha para o horizonte; enquanto perto dele, seu neto inocentemente, brinca com carrinhos e aviões que custaram fortunas. Avista diretamente uma mata virgem, que se encontra há alguns quilômetros de sua propriedade; seus olhos expressão ganância. Ele pega seu super celular e dá a ordem: -Já mandei desmatar esta área com milhares de árvores centenárias e vocês não se mexem. Perderam a noção do perigo? Querem perder seus cargos? -Então tratem de se mexer. Desliga o telefone, calculando quanto vai lucrar com a madeira tirada ilegalmente desta área de proteção, que ele com muita malícia conseguiu passar para seu nome. Claro que com a ajuda de mais alguns políticos do seu naipe. Passa pelo neto, sem nenhum gesto de carinho; pensando nos lucros que o desmatamento vai render. Lembra-se com grande satisfação de como desviou as verbas para o saneamento da cidade. Confia na impunidade; de que o povo para os políticos são parte do seu ciclo alimentar. Poderoso ele olha de cima, para os plebeus. Não os considera gente; e sim, seres inferiores que ajudam a alimentar sua sanha de poder. Seu neto o olha; carente de um afeto, de uma palavra, de um simples gesto de carinho. Mas a fome de poder e dinheiro, castram estes seres de qualquer sentimento e emoção. Não importa, que reportagens mostrem as pessoas morrendo nas filas de hospitais; não importa se nossos jovens estão se viciando; não importa a falta de educação e cultura; não importa a falta de segurança e etc… O que importa, é o poder e o dinheiro; o resto, é resto. O povo simples e iludido; eles compram com dinheiro sujo. Sujo de sangue; sangue dos hospitais, do trânsito, da falta de segurança. Enfim, todo sangue e suor de uma nação tão sofrida… Pensem e reflitam: Quanto valem, estes mandos e desmandos com a verba pública? Quanto vale o ouro e diamante, que ainda existe neste Estado de meu Deus? Quanto vale o tão cobiçado nióbio que abunda em nosso solo? E para terminar, ainda lhes pergunto: Até quando vamos deixar este tipo de gente, levar não só nossas riquezas, mas a vida de muitos; por falta de administração..? Quando o gigante adormecido irá acordar? Terapeuta Corporal, pai, esposo, cego e cidadão consciente. e-mail. [email protected] ———————————————————————- A sociedade contemporânea, o Natal e a solidão – Eline Kullock O Natal já está aí e a mídia – social ou tradicional – insiste em nos lembrar que é tempo de celebrar e oferecer um mimo para quem queremos bem. Ou seja: é hora de comprar presente e gastar dinheiro. E, convenhamos: há poucas coisas que nos dão tanta satisfação quanto voltar pra casa cheio de sacolas. Mas você sabe por quê? Simplesmente porque o ato de comprar libera em nosso organismo uma substância produzida pelo cérebro – a dopamina –, também conhecida como “a droga do prazer”. Assim, consumir provoca uma onda de dopamina, nos invadindo de sensações prazerosas como o poder, a segurança e o sentimento de estar no “controle” (mesmo sem, na verdade, estarmos). Afinal, é sabido que não comandamos nada: o mundo é imprevisível e o futuro, incerto. Apesar da sensação de “viver a vida intensamente” que esse consumo forçado nos dá, em especial no fim do ano, as incertezas sobre o amanhã geram angústia. Vamos ter água no ano que vem? A inflação vai aumentar e pesar no cotidiano? O custo da energia vai subir muito? Tudo isso hoje é quase imprevisível. Este “flutuar pela vida sem pouso certo e em alta velocidade” é característico dos novos tempos. Eu costumo brincar dizendo que estamos todos em uma montanha russa dentro de um trem fantasma. Acho que é uma frase que traduz bem a sociedade do hiperconsumo. Dessa forma, estimulados por uma sociedade que diz, o tempo todo, “viva o dia, não deixe para curtir no futuro porque ele é incerto”, saímos feito loucos obedecendo cegamente ao “espírito de Natal”. Até o Papa aparece na TV dizendo para vivermos com intensidade o presente! Ora, se até ele autoriza o “presentismo”, o que há de errado nisso, então? Aparentemente nada, porque, mesmo sabendo de tudo isso, entramos nessa roda viva e dizemos para nós mesmos (tentando nos livrar da culpa e do egoísmo): “Não estou comprando para mim, então tudo bem”. Talvez porque esse ato de presentear com data marcada também seja uma forma de nos sentirmos mais perto das pessoas. Afinal, vivemos em uma sociedade sem tempo para os amigos. As agendas estão lotadas de compromissos e não deixam brechas para um encontro real e presencial, sem pressa, para rir um bocado e relaxar. Comprar nos preenche também esse vazio da solidão cotidiana, acentuado por vermos sempre nossos amigos pelo Facebook comemorando com outras pessoas. “Como eu não estava nessa festa?”, pensamos, frustrados… Por outro lado, quem publica na rede social os momentos de celebração, para provar a si próprio que tem um círculo bom de amigos, acaba acentuando a solidão dos que não estiveram em cada encontro… Mundo de contradições esse nosso. A angústia, a solidão, a dopamina, a necessidade de estar no controle, o prazer da compra, a autoconfiança proporcionada pelo consumo, tudo isso passa por todos nós durante o período que chamamos “de festas” (como se não pudesse haver festas em outras épocas!). E nem nos damos conta. Somos apenas levados pela onda… Se compramos para os filhos, então, o prazer é dobrado. “Quero dar a eles o que não tive” e “faço tudo pelos meus filhos” são frases que escuto constantemente no meu cotidiano. Parece que cada vez mais os pais precisam ter certeza do afeto dos filhos em uma inversão de valores impressionante. Não são mais os filhos que mostram aos pais o seu apreço; agora é o momento dos pais da Geração Y provarem que amam sua prole. Fica a impressão de que tentamos diminuir distâncias emocionais com os presentes dados, embora, lá no fundo, saibamos que há outras formas de fazê-lo. O grande problema é que o mês das festas passa. E aquela sensação de prazer ao comprar presentes acaba quando o presente é dado. E o nosso cartão de crédito chega em janeiro incomodando, e lembrando que talvez poderíamos ter poupado algo para aliviar o bolso em uma época tão cheia de contas extras para serem pagas. Acho que não podemos restringir às festas nossa tarefa de manter os laços de afeto com quem amamos. E nem culpar a sociedade de hiperconsumo em que vivemos por não fazermos isso de outra forma e com mais regularidade. Sabemos que não será a partir de presentes que nossos filhos, pais, parceiros ou amigos vão gostar mais ou menos de nós. Esse afeto precisa ser mantido ao longo do ano e não só no final dele (ou nos dias de aniversário!). Temos que repensar nossas ações se quisermos nos sentir um pouco menos isolados e solitários. Há outras formas de prazer e de produção de dopamina no nosso cérebro que não implicam em gastar dinheiro e retroalimentar a sociedade do consumo. Temos que sair do lugar comum e refletir de que forma somos mais felizes, planejando o uso do nosso tempo que é um bem tão escasso nos dias de hoje. Se deixarmos para comemorar somente no Natal e por meio de presentes, corremos o sério risco de nos deprimirmos passado o calor do evento, porque concentramos nossos esforços em uma atividade que, por definição, acaba. O Natal resume-se a uma noite e um dia, não custa lembrar. Já o projeto de felicidade é contínuo e não pode se restringir a “comprar”. Mesmo que seja para os outros. Devemos expressar nosso afeto de outras formas. E eu sugiro que seja pelo abraço, pelo beijo, pelo carinho. Que seja por dizer ao outro que ele é importante. E que seja um projeto de ano inteiro, sem começo e sem fim. Tenho certeza que a dose de dopamina será muito mais intensa. E constante. * Presidente da Stanton Chase Internacional, multinacional baseada em Londres e especializada em seleção de executivos. ——————————————————————— Soluços da vida – Afonso Rodrigues de Oliveira “Os soluços longo dos violinos de outono ferem-me o coração com monótono langor”. (Voltaire) Durante a Segunda Guerra Mundial os aliados usaram esta joia-prima, do Voltaire, como senha para a invasão da Normandia, no conhecido dia D. Os seres humanos somos assim mesmo. Podemos usar os soluços da alma para a catástrofe da mente. Mas o que isso importa para quem sabe viver? E só quem sabe viver sabe como viver cada momento da vida. Maior parte do nosso tempo a desperdiçamos porque não sabemos pensar. Alguém já nos disse que nunca conhecemos nem vimos alguém que tenha morrido no passado ou no futuro; só morremos no presente. Mas continuamos pensando e acreditando que nossos antecedentes morreram no passado. Quando na verdade eles faleceram no presente da vida deles. Nós é que estamos pensando errado em relação à morte deles. Morrer no futuro, nem pensar. É tolice. E por isso vamos parar de falar de morte. Aproveite seu fim de semana com amor, descanso e muita alegria. Não permita, em momento nenhum, que a tristeza e o aborrecimento tomem conta de você. Uma nova semana vem aí e você terá que encará-la pensando em você. Aproveite seus momentos de descanso com uma leitura agradável e amena. Nada de ficar diante do televisor assistindo a notícias desagradáveis. As coisas acontecem para o nosso crescimento e enriquecimento. E nem crescemos nem enriquecemos com nossos pensamentos presos à pobreza e ao fracasso. É claro que você não vai evitar a presença do aborrecimento. Sua grandeza está precisamente em não permitir que ele faça de você uma marionete. Quando se olhar no espelho, neste fim de semana, olhe e mire firme nos seus olhos. São eles que vão mostrar, no reflexo, sua felicidade. É no seu olhar que você diz quem você realmente é. Só quando nos amamos nos olhamos com amor. E não há outra maneira mais eficaz de você expressar sua felicidade, do que no seu olhar. Ele não mente nem finge; expressa sempre seu estado emocional. E na sua emoção deve que estar seu controle. Quando não somos capazes de controlar nossos sentimentos não somos capazes de ser feliz. E tudo está na simplicidade. E só somos simples quando respeitamos as diferenças entre nós e as outras pessoas. Só nos sentimos bem quando sabemos que somos todos iguais nas diferenças. E só quando formos realmente racionais, acabaremos com a hipocrisia da discriminação. Só discriminamos quando somos inferiores e incapazes de respeitar as diferenças. E estas são superficiais. Afinal de contas, só lutamos pela igualdade quando nos sentimos inferiores. Não há como ser diferente. Pense nisso. [email protected] 99121-1460 ——————————————— ESPAÇO DO LEITOR PRÊMIO 1 “Tive a honra de trabalhar com ele na Extensão Rural de Roraima nos tempos idos de Acar-RR. Sempre se destacou profissionalmente como engenheiro agrônomo, sempre voltado para a pesquisa agrária. Parabéns meu amigo”, disse o internauta Walter da Costa Ferreira ao pesquisador Vicente Gianluppi, vencedor do Prêmio Cindra de Desenvolvimento Regional 2014. PRÊMIO 2 A internauta também parabenizou o pesquisador. “Parabéns professor Gianluppi. A pesquisa científica melhorou muito nosso país e trouxe inovações tecnológicas, mas pouco se divulga isso”, afirmou. INVASÃO O internauta José David Monteiro Fernandes disse que ‘daqui a pouco a Emhur estará prolatando sentenças de mérito’. “Invadir é crime sim, mas só quem ordena a reintegração é o Judiciário”, disse. BURAQUEIRA “Em Boa Vista é assim. A população é que tem que sofrer e ser penalizada pela incompetência e o descaso do poder público. A cidade é organizada e bonita no Centro, enquanto os bairros, onde a população mora e que precisa de mais estrutura, estão cheios de valas, buracos, rua intransitáveis, matagal sem fim. Mas não, a Prefeitura prefere mudar a rota e tirar o bem-estar da população. Agora as pessoas que necessitam desse ônibus terão que andar cerca de 30 minutos até a parada mais próxima e que não tem cobertura. Então eu pergunto: e no inverno, como essas pessoas ficarão? Eu respondo: andará 30 minutos na chuva”, relatou a internauta Mônica da Silva Peixoto sobre a mudança de rota de um ônibus que passa pelo bairro Cidade Satélite. PICHAÇÃO O internauta identificado apenas como Marcus questionou a falta de segurança nos locais públicos de Boa Vista, como o prédio da Secretaria Municipal de Relações Institucionais pichado por criminosos do Comando Vermelho: “O que adianta limpar a cidade mais deixar os locais públicos sem segurança. As praças estão sem nenhuma proteção, o pai de família não pode passear por causa dos marginais”, criticou.