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A IMPORTANCIA DOS SIMBOLOS E MONUMENTOS 390
A IMPORTÂNCIA DOS SÍMBOLOS E MONUMENTOS
O Hino, o Brasão e a Bandeira de um País, de um Estado ou de um Município, contêm informações da História e da Cultura de um povo. Assim também são os Monumentos nas praças. Hoje escrevo sobre o “Monumento do Garimpeiro”, instalado na Praça do Centro Cívico. Pouca gente sabe que aquele Monumento é feito de uma argamassa de borracha com alumínio. Você se lembra de que sua cor original era alumínio/prata? Pois é. Alvenaria mesmo, com tijolos, areia e cimento, é somente a base de sustentação da estátua no conjunto arquitetônico. A escultura representa a época da extração de Ouro e Diamante nas terras de Roraima, principalmente no Tepequém e Suapi. História: Em 1968 o governador Helio da Costa Campos, ao visitar a Divisão de Obras, ouviu do Laucides Inácio de Oliveira e do Walter Bastos de Melo, a sugestão para que Boa Vista tivesse um monumento representativo da cidade. E, como na época, o garimpo era uma das principais atividades econômicas do Território Federal de Roraima, foi sugerido um “Monumento ao Garimpeiro”. A sugestão foi aprovada, mas não havia verbas para a construção e o Projeto passou um ano à espera de dotação orçamentária. Finalmente, em outubro de 1969, chegou a verba e o diretor da Divisão de Obras, Walter Melo, dividiu a tarefa entre os companheiros de trabalho: o Laucides Inácio de Oliveira fez o desenho do Garimpeiro segurando uma Batéia (espécie de Cuia para mergulhar na água à cata de ouro e diamante) e o Francisco da Luz Moraes, conhecido como “Japurá”, elaborou na planilha as dimensões (medidas) da estátua e de todo o monumento. Em seguida foi feito um molde e enviado para uma funilaria em Manaus, onde a estátua foi confeccionada com uma mistura de borracha e alumínio. Depois de pronta e embalada num caixote de madeira, a estátua veio transportada em avião e instalada no meio do Centro Cívico, defronte ao Palácio do Governo, onde está até hoje como uma lembrança das nossas riquezas minerais. Em agosto de 1999 o Monumento foi restaurado na administração do Prefeito Ottomar de Sousa Pinto, com trabalhos sob a coordenação do Secretário de Desenvolvimento Social, Antonio de Brito Sobrinho. E, foi ai que alguém teve a ideia de pintar o Monumento em cor rósea e dourado, como se vê hoje. O Monumento do Garimpeiro nos faz lembrar de que há no subsolo de Roraima: ouro, diamante, estanho, nióbio, zinco, caulim, ametista, cobre, diatomito, barita, molibdênio, titânio, calcário, além de conter a segunda maior reserva de urânio do Planeta. No entanto, a maior parte desta riqueza mineral não pode ser explorada porque está em reservas indígenas (46,37% da área do Estado) e sob as grandes áreas de proteção ambiental (mais de 85% de Roraima). Mas, é bom lembrar e prestar atenção: a garimpagem em terras indígenas é ILEGAL e pode gerar sanções penais, ambientais e administrativas, tendo o autor do delito que arcar com responsabilidade de reparar o dano gerado, pois o sujeito passivo da relação jurídica, que teve afetado seu bem pelo ato lesivo, é o Estado e coletividade. Portanto, é PROIBIDA a atividade de garimpo.