Opinião

Opiniao 12 12 2014 393

Gêneros de primeira necessidade –  Vera Sábio* A população muitas vezes não tem conhecimento dos seus direitos, do que são gêneros de primeira necessidade e como agir diante dos espertalhões e dos mal informados que burlam nossos direitos a estes gêneros. Por outro lado, são poucos os que cobram e exigem seus direitos, sendo menos de 20% aqueles que entram na Justiça para reclamar: da água que não é limpa e bem tratada e foi cortada indevidamente; dos postos de saúde sem atendimentos, medicamentos e condições adequadas para proporcionar saúde, sua máxima finalidade; do telefone que pagamos e não funciona; da falta de iluminação pública; das vias públicas intransitáveis; da falta de educação e segurança; das propagandas mentirosas que mostram que o produto faz ou possui o que ele nem faz e nem possui; etc. Isto são gêneros de primeira necessidade, os quais, por tantas aberrações não analisadas, fazem muitos lutarem por coisas pequenas, como os centavos aumentados no transporte público, e não lutarem pelos milhões desviados da Petrobrás. Não adianta jogar a culpa nos gestores, se fomos nós que os elegemos, ou pelo menos não fomos fortes para convencer aqueles iludidos que os elegeram. Sejamos atentos, “se cochilarmos o cachimbo caí”. Sejamos quentes, “os mornos serão vomitados”. Nestes últimos passos para alcançarmos o próximo ano, é importante que cresçamos alguns passos em nossa evolução pessoal para que possamos tornarmos cidadãos conscientes e fiscalizadores de tudo que acontecer ao nosso redor. Tenhamos a certeza que todos estamos no mesmo barco, e um furo neste barco mais cedo ou mais tarde nos atingirá.  O Natal só irá acontecer dentro daqueles que estiverem dispostos a renascer e deixar que os outros renasçam e cresçam ao nosso lado. Sabendo que “unidos nunca seremos vencidos”. E o gênero de maior necessidade é a empatia que permite que todos tenhamos saúde, educação, segurança, lazer, moradia e a partilha justa para uma população mais feliz. *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega. CRP: 20/04509 Cel.: 991687731 E-mail. [email protected] ————————————————————————— As empresas, as mudanças e os desafios para a Educação Superior  – Ruy Chaves* O grande sonho de toda empresa depende absolutamente de sua sobrevivência e de sua perpetuação. Sobrevivência impõe competência. A perpetuação, razão final de toda organização, é a competência continuada. Então, buscar a qualificação permanentemente, ter permanentemente a competência como fim e como meio, como produto e como processo, é impositivo de percepção e de ação. A competência tem compromissos com mudanças, de que são instrumentos a ousadia e a criatividade. É limitado pensar-se que hoje é tempo de mudanças: o mundo sempre esteve em mudanças. Este é um tempo sob velocidade de mudanças. Saber para ser. Saber para transformar. É fundamental estar à frente das mudanças. Mudança é crise. Crise é oportunidade. Nenhum dia é igual a outro. É imprescindível ser outro a cada dia. “Panta rei”, tudo flui, ensinou-nos Heráclito. Mudança significa responsabilidade e crescimento, dizer não às formas de ser e de estar aparentemente confortáveis como os líquidos maternos. Mas o ventre materno quer impelir o seu produto mais nobre para uma nova vida de riscos e de compromissos. Os compromissos com a mudança exigem que a empresa considere a todos como principais. Se todos não estão, mais que envolvidos, comprometidos, se não estão olhando para a mesma direção, não há alternativas possíveis. Para Sócrates, a unidade é o grande bem; o grande mal, a discórdia. A empresa somos todos nós, pessoa única, alma única em corpo único. Se a empresa não está atenta a esta nova ordem, a de ser outra a cada dia, perde a sua competência e compromete a sua sobrevivência. É impositivo um rito de passagem da pirâmide ao círculo integrado. Se a organização não propõe o risco, não permite a oportunidade. Se não há oportunidade, não há crescimento. Nem da pessoa, nem da organização. Ser adulto em crescimento permanente é libertar-se da pirâmide, estrutural em excesso, vertical e condicionante, escrava de circunstâncias. Ser adulto em crescimento permanente é atentar permanentemente para o saber para ser, é cultivar o saber de transformação. Sempre o “quanto mais sei, sei que menos sei”, o sair da caverna tomada por trevas, de que são prisioneiros os homens que  temem a luz. Sair do correr solitário, destrutivamente concorrente, uma pessoa um objetivo, cada um ceifando o seu próprio caminho, caminhos normalmente de conflitos e de derrotas, o homem sempre lobo do homem, inimigo voraz que corrói todas as entranhas: o dedão do pé não pode ser a parte mais proeminente da natureza humana. A nossa empresa é o espaço de todos nós, a soma de todo o nosso poder, o produto de toda a nossa competência e de todo o nosso entusiasmo, não um complexo de feudos em lutas sob traição e ódio, por espaços e por poder. Não sobreviveremos enquanto organização se não mudarmos. Mas não bastam as mudanças de processos se as pessoas não estão preparadas para mudanças. Mudança não significa você desejar que os outros mudem. Mudança significa você dizer não a você. Mudança significa novas visão e formação profissionais. Assim, instituições superiores de educação superior têm papel determinante nesta nova ordem, quebrando paradigmas em seus projetos pedagógicos. É imprescindível um novo professor com capacidade de abrir novas janelas para o mundo na formação de um aluno-cidadão-profissional capacitado para aprender sempre, em qualquer ambiente, sob inovação com qualidade: gente ensinando gente aprendendo sempre. Eis o desafio a que estão submetidas as instituições de educação superior: que profissional ético, com visão de mundo e de futuro, o mercado demandará em 4-5 anos, período médio de realização de cursos de graduação? Como preparar profissionais para um mercado sobre o qual nada se sabe hoje? Sêneca ensina que para quem não sabe aonde ir todos os caminhos levam a parte alguma. Mais que sempre, instituições superiores de educação precisam estar preparadas para seus compromissos com o saber de transformação, com o Brasil e o seu destino. Panta rei. *Diretor da Estácio e membro do Corpo de Conselheiros da Escola Superior de Guerra ——————————————————– Transforma e não muda – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Tudo está em transformação, e, portanto, nada jamais morre. Assim como na vida, também além da morte você continua se transformando”. (Deepak Chopra) Estou com a casa cheia de netos. E haja bagunça de férias. E uma das coisas que mais me irritam é o barulho no televisor. E os caras passam o dia todo assistindo a filmes barulhentos. E foi na violência dos filmes que comecei a pensar sobre a evolução do ser humano. Por que será que a humanidade só progride através das guerras? Toda a história da humanidade está calcada na violência. O que de per si já é uma violência. E como seres humanos, somos inclinados a acreditar mais no negativo do que no positivo. Se alguém lhe disser que você vai vencer a batalha, você duvida. Mas se lhe disserem que você vai perdê-la, você já se entrega. Sempre fomos assim e assim seremos por eternidades afora. Centenas de anos antes de Cristo nascer astrólogos já disseram que as duas luas de Marte eram artificiais. Mil e quinhentos anos depois da morte de Cristo a igreja ainda queimava, na fogueira, qualquer tolo que dissesse que a Terra era redonda. E no que mudamos de lá para cá? Nem tanto quanto pensamos que mudamos. Ainda há quem acredite que quando morrer, dependendo do ritmo de vida que levou pouco antes da morte, irá para o céu, que nem imagina onde fica. A dificuldade é acreditar na racionalidade. Por que será que somos o que somos, mesmo não sabendo o que nem como somos? A verdade é que não morremos. Nossa embalagem é que morre. E quando nos conscientizamos disso, não nos preocupamos com a única verdade em nossa vida: a morte. A única certeza que o ser humano tem na vida é a morte. E se é assim, não há por que se preocupar com ela. Preocupe-se com a vida. Viva-a como ela deve ser vivida. Nossa evolução está nas nossas passagens por aqui. O importante é que tenhamos consciência da nossa responsabilidade na nossa evolução. Não sabemos quantas vezes iremos e voltaremos até que nos tornemos realmente racionais. E isso demanda muitas eternidades. E mais, se você acreditar que surgimos de uma escultura de barro. Cultive sua mente. Esteja sempre pronto para o progresso. E este depende de você. “O reino de Deus está dentro de nós”. O que fazemos é responsabilidade nossa. E quando acreditamos que somos capazes do melhor não fazemos nem vivemos o pior. Tudo que acontece com você é fruto dos seus pensamentos. E não progredimos quando não acreditamos nisso. E só acreditamos quando acreditamos em nós mesmos. E por isso não conseguimos progredir, nem mesmo com a violência das guerras já eternas. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460 —————————————————————– ESPAÇO DO LEITOR SEM ESGOTO O leitor Sebastião Conceição denunciou a falta de asfalto na Avenida Santo Antônio (antiga S-33), no trecho entre as ruas Solon Rodrigues Pessoa e José Casemiro da Silva, a qual constaria como pavimentada. “É um descaso com crianças, idosos e moradores em geral. A rua está intrafegável, com mato e lama. Apesar disto, em um documento da Companhia de Água e Esgoto de Roraima (Caer) consta que a rua está asfaltada e que tem calçada e esgoto. Uma verdadeira mentira estampada aos olhos de quem vê”, protestou. GARIMPEIRO 1 O leitor Hugo Alves Teixeira comentou a proposta de demolição do Monumento ao Garimpeiro: “Esse homem é um sem noção. Ele quer tirar a atenção da operação que ele fez. Estou revoltado por ele querer mexer com o garimpeiro, quer desmoronar uma parte da história de Roraima”. GARIMPEIRO 2 “Pessoal, não se enganem. Isso é para tirar o foco da demarcação da área dos recém-descobertos índios Pirititi. Óbvio que ninguém vai demolir monumento algum, nem o MPF concordaria com isso. É apenas jogada para desviar atenção no Sul do Estado de Roraima”, comentou Rodrigo Colares da Costa. KOREKOREMA “Temos que parabenizar as autoridades e os demais profissionais envolvidos nessa operação [Korekorema II]. Mas a investigação em relação aos financiadores [do garimpo] tem que ser eficiente e transparente, para que a punição seja a altura que a lei determina”, comentou Adailton Silva Oliveira. FUGAS O internauta Gil comentou sobre a Penitenciária Agrícola do Monte Cristo. “A pergunta é: quando o Estado vai assumir o controle daquele lugar? As autoridades já não têm mais nem desculpas para dar nas entrevistas sobre as fugas que acontecem dia sim e dia sim”, afirmou. REMARCAÇÃO Em relação à nota “Remarcação”, publicada na edição de ontem, a direção do Hospital Coronel Mota esclarece que o sistema de agendamento do setor computa previamente os feriados, impedindo que as marcações sejam feitas para estes dias. No entanto, afirma que, “por um problema técnico”, algumas consultas foram marcadas para segunda-feira, 8, feriado municipal. “Estas serão remarcadas e comunicadas aos pacientes por telefone. Em todo caso, a direção da unidade e a Ouvidoria estão à disposição da família para esclarecer o atendimento e registrar denúncia, se for o caso”, diz a nota.