Opinião

Opiniao 13 12 2014 394

Fascismo: eles não passarão! – Jaime Brasil Filho Por falta de uma democratização nas concessões nos meios de comunicação, a direita avança com suas ideias simplistas e carregadas de intolerância. As redes abertas de televisão, que só funcionam por concessão pública, jamais atenderam o que estabelece a Constituição de 1988, à exceção das chamadas Tvs  “educativas” ou “culturais”. Tenho a firme opinião que todas as Tvs abertas deveriam ser educativas e culturais, isso apenas para cumprir a lei. Quem quisesse assistir a asneiras, besteiras e bobagens, que procurasse a televisão paga. Mas, infelizmente não é assim. De todo modo, não é difícil democratizar os meios de comunicação, isso porque com o advento da tecnologia digital é possível termos, hoje, centenas ou milhares de canais de rádio e Tv. Ou seja, é só simplificar o processo de concessão, para que cada cidadão possa se tornar um potencial emissor e não apenas uma vítima das opiniões dos grandes grupos de mídia, que por sua vez são ligados ao grande capital, esse mesmo que destrói o mundo com a acumulação de riquezas e com a poluição que gera, esse mesmo que financia guerras matando crianças e velhos. Portanto, a estratégia correta para democratizar a mídia é pulverizar, e não restringir. É aumentar o número de canais de televisão e rádio a ponto de diluir os monopólios midiáticos e que só sobrevivem graças aos empréstimos salvadores do BNDES e às cotas de publicidade governamental. O certo é que os conservadores e reacionários se apropriam da insatisfação popular para incitar o ódio e todos os piores valores que se pode estimular em um ser-humano, valores estes que levaram às abominações do nazismo e do fascismo. Ninguém gosta de pagar altíssimos impostos como nós pagamos e não ter uma boa escola pública e um bom atendimento à saúde de sua família. Ninguém quer pagar tarifas tão altas dos serviços públicos e de concessionárias como, por exemplo, das telefônicas, e ainda ter péssima contraprestação. Toda pessoa honesta e trabalhadora odeia a corrupção. Portanto, as premissas que partem do combate a tudo o que está errado no nosso país está correto. O problema é o desenvolvimento e a conclusão, é a apropriação do discurso contra o que está errado para defender um mundo totalitário e excludente. Os reacionários se aproveitam de bandeiras legítimas do povo, que deseja ética e retidão no trato dos recursos públicos, para defender a força bruta como solução. Como se a punição por si só mudasse uma cultura. Não muda. A direita quer dar a entender que há um mundo “perfeito” e “idealizado” onde não há desvios, não há diversidade, não há diferentes, e quando eles existem, podem ser segregados e, se possível, eliminados. Esse é o mundo do terror, da eugenia, do genocídio, do racismo, do determinismo social, do apartheid. A partir de problemas que todos querem resolver, os conservadores misturam alhos com bugalhos. Assim, falam mal de um político corrupto e imediatamente ligam o discurso ético com o preconceito. São contra os homossexuais, contra a descriminalização das drogas, querem por adolescentes na cadeia (à exceção dos filhos deles, claro), como se o sistema prisional servisse para alguma coisa boa. São a favor do desmatamento, da apropriação privada dos bens da natureza, são contra as áreas indígenas, chegam a negar a existência de mudanças climáticas causadas pelo homem em sua ganância desmedida de acúmulo de riquezas efêmeras. Eles são intolerantes, arrogantes, cruéis e insensíveis. Há alguns membros da direita letrados, é verdade, bem poucos, é bem mais verdade, mas, mesmo esses que já leram e estudaram algo que não sejam cartilhas e discursos fanáticos, não fogem de uma característica básica que revela o caráter intolerante das suas ideias. A primeira coisa que eles fazem em um debate é adjetivar o argumentador, para somente depois tentar com muita precariedade, atacar os argumentos, por isso palavras como “imbecil”, “idiota”, “cretino” etc., dão sempre início aos argumentos fracos e cheios de ódio. Também é moda entre os “ativistas” de direita ir contra as políticas propositivas e de compensação social, a exemplo das cotas, usando argumentos vazios e aprioristicamente falsos. Eles querem que os homens tenham o mesmo tratamento das mulheres, que os brancos sejam igualados aos negros e que os heterossexuais tenham as mesmas políticas públicas destinadas aos homossexuais. Em resumo, eles querem igualar os desiguais. E nisso, não há desigualdade maior. A própria Constituição de 1988 adota o princípio da isonomia substancial, o que significa dizer que para diminuir as desigualdades devemos tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, para compensar a desigualdade entre uns e outros. Assim, negros, mulheres e homossexuais sofrem preconceitos e são historicamente credores da nossa sociedade, eis que vítimas de discriminação e racismo. Mas, os fascistas usam o discurso mais raso possível para tentar tirar dos hipossuficientes os direitos que eles merecem ter efetivados. O fascismo é a sociedade da paz dos cemitérios, do silêncio imposto, da ordem mantida pela opressão. O mundo idealizado pelos fascistas é o mundo dos falsos moralistas, dos hipócritas, dos fariseus. O fascismo está aí. Teremos um Congresso Nacional mais conservador e reacionário que o atual. É bom ficar atento e ir à luta. Defensor Público —————————————————– A escolha do cliente: click, call ou face? – Marco Antunes A comunicação entre clientes e empresas no Brasil nunca esteve tão online como nos dias atuais. É uma revolução causada pela crescente utilização de meios digitais, incluindo as mídias sociais, por ambas as partes, e também pela grande mobilidade tecnológica dos quase 120 milhões de smartphones e tablets utilizados pelos brasileiros. As marcas, expostas em ambiente virtual, automaticamente proporcionam às companhias um canal poderoso de contato e isso modificou o comportamento dos clientes, que passaram a ter um papel mais atuante. Se antes as pessoas se conectavam à internet apenas para ler notícias, conversar com seu círculo de amizade e postar novidades, agora utilizam esses meios para estarem mais próximos das empresas, interagindo, compartilhando ideias, expondo elogios e também fazendo críticas, cobrando respostas imediatas e, muitas vezes, viralizando opiniões e experiências boas ou ruins que tiveram com as organizações. Essa nova forma de relacionamento com os clientes fez com que as empresas passassem a investir em equipes especializadas no atendimento digital, especialmente nas redes sociais. Uma estratégia indispensável e eficaz, já que são ambientes coletivos que se tornam cada vez mais o canal predileto de contato para resolução de questões, em geral, de baixa complexidade. No Facebook, por exemplo, considerada a rede de maior alcance do mundo, com 1,35 bilhão de usuários mensais e 864 milhões de visitas por dia, a participação brasileira é de 89 milhões de pessoas por mês e 59 milhões de acessos diários com média de permanência de 29,7 horas por mês – sete horas a mais do que a média mundial. A dimensão desses números exprime a importância de as companhias estarem dentro das redes sociais se comunicando o tempo todo com seu público e clientes em potencial, de forma interativa, ágil e personalizada. Definitivamente, as mídias sociais são valiosas para estreitar o relacionamento entre empresas e clientes. Elas não concorrem, mas sim complementam as opções de canais disponíveis ao lado dos tradicionais call center (telefone), chat e e-mail, que continuam sendo peças-chave para casos de maior complexidade. A SulAmérica, por exemplo, vem trabalhando para integrar todas essas frentes sob o conceito Click Call Face, que preza pela pluralidade desses canais, explorando o que cada um deles tem de melhor a oferecer. A tendência que estamos aplicando é que o canal online, o “click”, seja a primeira opção de segurados, corretores e prestadores para a solução de questões mais simples -, passando para o atendimento telefônico, o “call”, se a dúvida ou reclamação persistir, até chegar ao presencial, o “face”, para casos de maior complexidade, quando nenhuma das etapas anteriores suprir as necessidades em questão. Esse novo conceito permite que os clientes, corretores e prestadores possam entrar em contato e interagir com a SulAmérica quando e como quiserem, seja por chat, e-mail, whatsapp, call center, páginas no Facebook e Twitter, portais de atendimento ao cliente, corretor e prestadores e até via aplicativo mobile desenvolvido pela companhia. Este último utilizado atualmente por 400 mil segurados de Saúde, com funcionalidades que fizeram com que a procura pelo call center diminuísse em 60 mil ligações em 2013. As demandas do cliente, portanto, não podem ser centralizadas em um único canal de atendimento, e sim devem ser integradas aos mais diversos meios de contato para facilitar seu acesso às companhias da forma como ele preferir. Marco Antunes é vice-presidente de Operações e Tecnologia da SulAmérica —————————————————————– Sempre atrás da porta – Afonso Rodrigues de Oliveira “Uma nação que se abandona a si própria, é uma nação oferecida à conquista”. (Rui Barbosa) Os brasileiros são um povo que sempre viveu escondido detrás da porta, em relação aos países desenvolvidos. Sempre esperamos que os norte-americanos, na ciência, na tecnologia, ou no que quer que seja, façam ou inventem alguma coisa para que aplaudamos e os copiemos. Vivemos assim e, pelo que me parece, vamos continuar assim, ou mais. A impressão que tenho é que, no Brasil, a língua inglesa-americana está mais importante do que o português-brasileiro. Uma das maiores dificuldades nos exames escolares é a redação. E isso porque ela tem que ser em português. Se fosse em inglês, não haveria dificuldade nenhuma. E o que estamos fazendo para sanar o problema? Nada, porque ainda não fomos suficientemente esclarecidos para perceber o problema. Pensa que estou exagerando? Procure um emprego. Veja se a empresa exige de você um bom conhecimento do português. Tá nem aí. Mas se você não tiver um bom conhecimento do inglês, cara, tá fora. Você pode até nem saber ler e escrever corretamente, o que é muito comum entre os brasileiros, mas tem que saber ler e escrever corretamente em inglês. Não sei se isso preocupa você. Mas me preocupa. Venho observando e vivendo isso há décadas. Sempre fomos mais admiradores dos estrangeiros do que de nós mesmos. Sempre nos curvamos aos estrangeiros, desde que não sejam negros. Ou você nunca prestou atenção a isso? Ou acha que os brasileiros não são tão preconceituosos? Já falei disso. Foi no final da década dos quarentas. Estávamos no portão da Base Aérea de Natal, em Parnamirim. Na guarita da saída, o rádio só tocava música norte-americana. Um sargento, da Aeronáutica, que estava do meu lado, saiu e foi até aguarita. Pegou o telefone e ligou para a estação de rádio e perguntou se na emissora não havia música brasileira. Ouve muitas desculpas. Não sei se válidas. Foi aí que conheci o sargento. Eu tinha pouco mais de quinze anos de idade, mas na conversa, fiz amizade com aquele sargento, que era um dos grandes compositores do Rio Grande do Norte. O Sargento Nonô. Responsável pela maioria das músicas carnavalescas e juninas locais e da época. Naquela conversa ele me falou mais ou menos o que falo hoje, sobre por que valorizávamos tanto a música estrangeira e nem sempre dávamos tanta importância à nossa música. Se prestarmos bem atenção veremos que somos uma nação que não se preza no valor que realmente tem. Não seguimos a nossa moda, mas a lançada pelo exterior. E se vem dos Estados Unidos, melhor ainda. Pense nisso. [email protected]     99121-1460 —————————————————————– ESPAÇO DO LEITOR MATERNIDADE “Considero uma agressão às mulheres ou mesmo tortura. Eu passei 11 horas em trabalho de parto e, por isso, tive complicações pós-parto e isso não tem nada de normal. Para mim, esperar por no máximo cinco horas já era tempo suficiente. Mas cesárea dá trabalho aos doutores, afinal eles devem sair do conforto médico”, comentou a internauta Ana Regina Campos Barreto sobre a morte de bebês no Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth. PCCR 1 “Não é possível que esses vereadores concordem com esse PCCR [Plano de Cargos, Carreira e Remuneração]. Queria ver se fosse o deles, com esse salário que a prefeita está propondo para as categorias, fora a Enfermagem e os médicos que foram beneficiados. Vamos pra frente da Câmara estampar nossa insatisfação com mais essa pouca vergonha que a prefeita quer mais uma vez nos empurrar goela abaixo”, protestou a internauta Monica da Silva Peixoto. PCCR 2 “Sem falar que ela não deu publicidade nesse PCCR ao sindicato que tanto solicitou e até aos próprios servidores, falou apenas da tabela salarial, o que já desagradou a maioria. Mas um PCCR não é feito apenas de tabela salarial, tem tantos outros direitos que não foram mostrados”, disse a internauta. PCCR 3 Ela sugeriu que os vereadores pedissem a opinião dos servidores municipais, que são os grandes beneficiados com o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração. “Só esqueci que a maioria de vocês vende ou troca os votos. Lamentável. Afinal são os donos do título de vereador, mas não têm autonomia nem para votar”, afirmou Monica da Silva Peixoto. PREFEITURA O internauta Marcus afirmou que a prefeita Teresa Surita não está preocupada com a situação de Boa Vista. “Ela só está preocupada se os canteiros da cidade estão com flores, se a rua está limpa ou se a cada esquina existe faixa de pedestre. Ela não quer saber se tem segurança nas praças, nem quer saber se os hospitais estão funcionando bem. Ela mostra nos vídeos uma cidade que não condiz com a realidade, mas se os salários dos vereadores e da prefeita fosse um valor igual ao dos servidores. Duvido se eles não estariam reclamando também”, disse.