Opinião

Opiniao 15 12 2014 399

Pátria banal – Tom Zé Albuquerque* Era década de 1970, eu era um estudante dedicado em uma escola particular de sistema rígido em uma capital no nordeste do país. A instituição era gerida por padres e freiras, que também eram professores; pobre como eu era, estudar em uma escola assim só graças a uma bolsa de estudos bancada por um político qualquer. Os valores morais e éticos, naquele ambiente escolar, estavam acima de tudo: respeito à família e ao próximo; cumprimento de regras; disciplina irrestrita. Naquela época me deparei com duas matérias de extrema relevância: Organização Social e Política Brasileira – OSPB, e a Educação Moral e Cívica. Eram estudos obrigatórios, em escola particular e escola pública, em todos os níveis; estudavam-se símbolos, normas, respeito, retidão, formas de defender e amar o país. Época que os dirigentes e gestores do Brasil eram patriotas natos, e respeitavam a nação. Seus escopos eram amor aos princípios, à dignidade humana; à preservação, o fortalecimento e a projeção dos valores espirituais e éticos da nacionalidade; e o fortalecimento da unidade nacional. Visava-se o culto à pátria, aos seus grandes vultos da história, às tradições. Tinha também como finalidade o aprimoramento do caráter, com apoio da moral, na dedicação à família e à comunidade. Buscar-se-ia o conhecimento da organização sócio-político-econômica do país, assim como o exercício das atividades cívicas com fundamento na moral, no patriotismo e na ação construtiva, visando o bem comum. Ainda criança, eu ouvia e cantava quase que diariamente os hinos do meu país e da bandeira. Perfilava-me para o lábaro sempre quando era hasteada, por honroso orgulho de minha pátria. A prática educativa da moral e do civismo patentes nas escolas daquela época fazia com que enxergássemos nosso país como nosso, um território a ser preservado, metodicamente protegido. Talvez por isso eu sofra tanto com a realidade atual, os desmandos, a bagunça, o saque aos cofres públicos, a bandalheira e a bandidagem à solta fazendo o que bem entende neste surrupiado país. Atualmente, não muitos estudantes conhecem os símbolos nacionais, que ao invés de cantarem o hino preferem dançá-lo ao som do Olodum, de quatro em quatro anos, num torneio mundial de futebol, um artifício mercenário para robustar os cofres de mais uma instituição nebulosa. Bem, mas a impressão que se tem é que é crime, blasfêmia ou injúria alguém defender o que era bom, verdadeiro e útil para o país entre os anos de 1964 e 1985. A mídia e os pseudo-socialistas (os mesmos que andam em carros novos, moram em carros luxuosos e degustam vinhos de Bordeaux em férias na Europa) pregam que os governos militares promoveram injustiças, carnificinas e foram os responsáveis pela miséria no Brasil. Em verdade, os excessos dos militares foram nocivos, muito menores como são os excessos atuais da gestão “democrática”… com roubos, fatiamento dos cofres públicos, mentiras, corrupções institucionalizadas, obras que não acontecem e nem finalizam, mortes, muitas mortes nas estradas encrateradas e nos chãos dos corredores imundos dos hospitais em todo território brasileiro. Os saqueadores de banco de ontem penduram as chaves dos cofres públicos de hoje. O artigo 5°. da Constituição Federal vigente é, pois, uma comédia pastelão, serve para embelezar a Carta Magna e frustrar os ingênuos que um dia acreditaram em sua aplicabilidade. Constituição Cidadã?!?!? Isso só pode ser paródia…      *Administrador ———————————————— Ensinando com Shakespeare – Ronaldo Mota (*)   Nascido na Inglaterra em 1564 e tendo vivido até 1616, Willian Shakespeare foi contemporâneo da descoberta do Brasil pelos portugueses em 1500. Raros deixariam de citá-lo como maior poeta e dramaturgo de todos os tempos no idioma inglês, bem como entre aqueles poucos que decifraram de forma tão profunda a alma humana, tendo escrito peças que capturaram de forma completa as emoções associadas aos eternos conflitos humanos. Shakespeare, sendo eterno e universal, pode ser muito útil ao processo ensino-aprendizagem, especialmente no Brasil atual. No Reino Unido, a Royal Shakespeare Company, baseada em sua terra natal, Stratford-upon-Avon, desenvolve programas educacionais com resultados surpreendentes, especialmente como estímulo à criatividade na educação básica. Mas há algo mais no que diz respeito às metodologias educacionais, indo além dessa iniciativa, e que tem motivado abordagens inovadoras e plenamente compatíveis com o mundo contemporâneo. Shakespeare escreveu mais de 30 peças teatrais sobre temas e ambientes os mais variados, tendo um ponto em comum em todas elas: não há mocinhos e bandidos; ao contrário, os anjos e demônios habitam e influenciam cada um de seus personagens.  Tal característica propicia um conjunto de experiências educacionais inovadoras e transformadoras. A relativização do bem e do mal extremos ajuda na construção do caráter do educando, especialmente naquilo que a educação pode contribuir no complexo processo de formar cidadãos, colaborando em moldar comportamentos e hábitos. Um exemplo de procedimento educacional com tal inspiração seria adotar na abordagem de temas complexos e polarizadores uma metodologia que explorasse extremos ao avesso para estimular tolerância e combater intransigência. A título de ilustração, o tema aborto (ou política), que, em geral divide ao meio opiniões, permitiria ser tratado de tal forma que os estudantes que tendem a discordar do aborto apresentassem os argumentos consistentes que justificam ser a favor. Da mesma forma, caberia ao grupo de alunos que tende a reprovar o aborto explicar os mais plausíveis raciocínios e circunstâncias específicas que levassem a admiti-lo. Tal abordagem não tem nenhuma intenção de demover alguém de sua convicção, mas, sim, de propiciar a vivência de raciocínios e caminhos que levem a posições distintas das suas. Ao longo desses exercícios educacionais, o educando percebe que a imensa maioria dos assuntos que dividem a sociedade permite múltiplos, legítimos e consistentes enfoques que levam, eventualmente, a posicionamentos finais bastante divergentes. Ou seja, por mais que alguém esteja convicto de algo, é respeitável que, à luz de argumentos diversos, chegue a conclusões bastante diferentes da sua. E isso não o faz mais certo ou menos errado, mas certamente o torna alguém mais tolerante, flexível, menos intransigente e mais bem preparado para enfrentar, de forma saudável, o mundo contemporâneo.   (Ronaldo Mota é reitor da Universidade Estácio de Sá e professor titular aposentado da Universidade Federal de Santa Maria) —————————————————————— Saúde privada: aumentos abusivos na terceira idade – Joanna Porto* Neste período de pré-início de ano tudo parece festa, comemoração, vida nova. Mas por outro lado, o bolso do trabalhador sofre muito com IPTU, mensalidades e matrículas de colégios, IPVA e diversos outros gastos responsáveis por apertar ainda mais as contas. E não para por aí: os usuários de planos de saúde ainda têm que lidar com reajustes abusivos e irregulares. Como quase tudo que envolve planos de saúde, a maioria dos usuários não sabe que os reajustes de valores são proibidos acima dos 60 anos. Com o surgimento do Estatuto do Idoso, tal prática – que representa, na maioria das vezes, aumentos exorbitantes – foi considerada como discriminação dos idosos, ficando proibidos os reajustes na chegada à terceira idade. De fato, com o avanço da idade as pessoas se tornam mais suscetíveis a apresentar problemas de saúde e, assim, utilizar o do plano de saúde mais freqüentemente. Aproveitando-se disso, as seguradoras, de forma abusiva, costumam aumentar abusivamente os preços com o passar do tempo. Os clientes que contribuíram durante toda a vida são muitas vezes impossibilitados de arcar com essas despesas no momento de maior necessidade. Para evitar essa situação, a partir de 2004 (ano que passou a vigorar o Estatuto do Idoso), os planos foram obrigados a padronizar dez faixas etárias com o objetivo de proibir o aumento de mensalidade a partir de 60 anos. No entanto, é importante observar também que os aumentos continuam a ser praticados, mas para burlar as normas, agora concentrados nas faixas dos 44 e 48 anos, e na faixa dos 59 anos. O intuito dos planos de saúde, ao elevar desproporcionalmente o valor, é o de fazer com que o cliente se descredencie da operadora. Isso tem acarretado outros problemas, como por exemplo, o novo credenciamento em outro plano, no qual o cliente terá que cumprir novo período de carência. De qualquer forma, o reajuste após os 60 anos é ilegal, não importando se o contrato foi firmado antes ou depois da entrada em vigor do Estatuto do Idoso. Além disso, em reajustes nas faixas anteriores aos 60 anos, um aumento superior a 30% do valor anteriormente pago caracteriza-se como abusividade na cobrança, o que permite que seja realizada uma revisão judicial do valor. Portanto, os usuários de plano de saúde devem ficar atentos para as variações de preço por faixa etária.  Advogada especializada em Direito do Consumidor na área da Saúde @Email:  [email protected] ——————————————————- A magia da audácia – Afonso Rodrigues de Oliveira “O que pode fazer, o que sonha que pode fazer, comece a fazê-lo. A audácia compõe-se de gênio, de poder e de magia”. (Goethe) Quando acreditamos em nós mesmos acreditamos que podemos fazer. Mistura de gênio, e poder. E as duas coisas estão em você, se você acreditar. As oportunidades estão ao seu alcance o tempo todo. Elas estão sempre do seu lado. Você é que não lhes dá atenção. Alguém já disse que é exatamente neste momento, que você está catando ervas daninhas no quintal; e não tem tempo para perceber a presença da oportunidade. E ela está aí do seu lado, esperando que você acorde. Todos acreditam em milagres. Mas só acreditam nos milagres dos outros. Ele deixará de ser milagre e passará a ser realidade, no momento em que você se conscientizar de que pode fazer o milagre. E todos nós somos capazes disso. Só não somos capazes de acreditar nisso. Quantos milagres você já fez e os creditou a Deus, sem perceber que Ele lhe deu a força e o direito de você fazer o milagre. “O reino de Deus está dentro de nós”. Só quando nos respeitamos não nos intimidamos com os fracassos. Mesmo porque, na realidade, eles não são fracassos; são lições trazidas através dos erros. E os erros são lições. Quando ele extrapola devemos pagar o custo do prejuízo caudado a alguém. Mas o custo não é custo quando aprendemos com o erro. Se estiver a fim de seguir exemplos, siga apenas os bons exemplos. Mas cuidado para não cair no rodo da imitação. Nunca tente imitar alguém. Se você for capaz de imitar será capaz de fazer melhor. É só acreditar na sua capacidade. E comece acreditando que você não é inferior a ninguém. Se alguém realizou, você é capaz de realizar também. Então realize. Henry Ford disse que: “Se você acha que pode você está certo. Se acha que não pode, está igualmente certo”. Seu fracasso ou seu sucesso estão ligados à sua capacidade de realização. E você é capaz se achar que é; não será se achar que não é. Não há como fugir a esta realidade. Ser feliz ou infeliz é sempre uma opção sua. Sua e de mais ninguém. Ninguém, além de você mesmo, tem a capacidade de fazer você se sentir feliz ou infeliz, se você não estiver a fim. Caia fora da pantomima de achar que a autoestima é uma fantasia, acorde e erga sua autoestima. Porque sem ela você não será mais do que um fracassado, embriagado pela ilusão do sucesso efêmero e fantasioso. Não há sucesso sem felicidade; e a felicidade é íntima. Está no espírito. Quando olhamos para uma pessoa feliz nos sentimos feliz. E isso independe do estado social ou financeiro da pessoa. A felicidade está em você. Pense nisso. [email protected]     99121-1460        ——————————————————- ESPAÇO DO LEITOR DENÚNCIAS Sobre as denúncias de pagamento de propina por uma empresa americana de manutenção de motores à FAB (Força Aérea Brasileira) e a servidores do Governo do Estado, durante a gestão de Anchieta Júnior (PSDB), um internauta, identificado apenas como Marley, faz o seguinte comentário: “Durante toda a gestão desse cidadão, sempre mantive a postura de efetuar críticas fundamentadas em relação as ações institucionais dele. Talvez, através desta empresa de mídia, eu tenha feito mais Críticas que qualquer cidadão de Roraima sobre a gestão desse senhor .A partir de 2015, Roraima como todo, começará a saber e/ou descobrir tudo que foi trilhado por mãos incompetentes. Basta já! É a hora de começarmos a fazer uma faxina moral do que sobrou de Roraima”, opinou. SAÚDE 1 Um morador do município do Uiramutã, que pediu para não ser identificado, escreveu para Redação da Folha para falar sobre a indignação dele quanto a situação atual da Saúde na cidade dele. “Tem uma ambulância que está parada sem bateria na representação do Uiramutã em Boa Vista há um ano ou mais. Ainda tem o fato da ambulância do modelo S- 10 da unidade semiplena de Uiramutã, que também está há anos em Boa Vista para arrumar e até hoje o hospital está sem transporte”, relatou. SAÚDE 2 Ele prossegue falando sobre os problemas na área: “Servidores do Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] deste município estão sem receber há dois meses e o carro oficial da Prefeitura está sendo usado pelo diretor do hospital para fins particulares, sem falar nos carros oficiais de Uiramutã, que são guardados  na  garagem da  casa de servidores”, reclamou. SAÚDE 3 Já na Capital, a reclamação recai mais uma vez sobre o HGR (Hospital Geral de Roraima). Um internauta, que pediu para não ser identificado, afirma que neste fim de semana estava faltando materiais diversos na maior unidade de Saúde do Estado. “Materiais dos mais variados estão em falta para o devido funcionamento do local, como mangueira de soro, as camas estão com defeitos e também não há medicamentos no hospital”, reclamou.