Jessé Souza

Que venha 2015 31 12 2014 454

Que venha 2015! Jessé Souza* Mais um ciclo se fecha hoje. O ano de 2014 não foi bom para o roraimense. Um novo ano começa amanhã, quando os desafios são renovados e recomeçam as perspectivas de que possamos mudar os rumos do Estado de Roraima. O que não podemos é perder as esperanças, pois é exatamente isso que aqueles que fazem política querem: que sejamos apáticos, desesperançados e que passemos a acreditar que mudanças podem piorar a situação. Há décadas essa tática vem dando certo para eles, quando o discurso apocalíptico serviu como base para amedrontar os roraimenses a fim de que os mesmos políticos se apresentassem como “solução”. Assim o povo habituou-se a acreditar nas grandes tramas pregadas pelos políticos que conseguiram se enraizaram no poder. Boa parte dos deputados estaduais está há mais de duas décadas no poder, praticando a mesma política de grupo e de interesses pessoais, sem que haja preocupação em solucionar os problemas do Estado. Em Brasília, os políticos influentes eleitos por Roraima só usam seu poder em favor de interesses próprios e da politacalha do governo central. O nosso Estado sequer é tratado em seus discursos. O exemplo disso foi quando o senador Romero Jucá (PMDB) surtou, em plenário, e atacou o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB). Antes de discursar, Jucá pediu desculpas para pronunciar o nome do Estado de Roraima. Não há interesse de livrar Roraima do caos, porque é através dessa situação crítica que os maus políticos conseguem impor o medo ao roraimense, o subjugando, e ainda conseguem recursos federais adicionais para alimentar seus esquemas. Vejamos a questão da saúde pública, na Prefeitura de Boa Vista e no Governo do Estado, onde foi decretado estado de emergência para que processos licitatórios deixassem de ser feitos e assim recursos públicos fluíssem facilmente para o ralo. É por isso que, em 2015, o cidadão não pode permitir que a política do “quanto pior melhor” continue imperando no Estado, mantida pelos políticos que tentam se apoderar do Estado para que seus negócios continuem operando de forma eficiente. As eleições deste ano serviram para frear a sanha dos que queriam se apoderar definitivamente do Estado, para que ficassem com as chaves dos cofres do Município e do Estado, na tática do Imperador do Monte Roraima que acabou por terra. Então, enquanto eles estão tentando se erguer, é preciso chutar-lhes os braços antes que consigam ficar de pé.   Neste ano que se inicia, é essencial que o povo roraimense fique atento a estes movimentos muitas vezes ocultos e outras vezes escancarados por meio de falsos alardes para manter as pessoas com medo ou desesperançadas. O eleitor já provou, nas eleições deste ano, que as máquinas governamentais não são imbatíveis quando o povo decide que quer mudar. E percebeu que as mudanças dependem da atitude e da participação. Sendo assim, que em 2015 as pessoas possam ser protagonistas para mudar aquilo que nos aflige na política e em nossas vidas de uma forma geral. Feliz Ano Novo e que venha 2015 com seus desafios. *Jornalista [email protected]