Opinião

Opiniao 05 01 2015 463

O RESULTADO DO AMOR, NA MATEMÁTICA DA VIDA – Vera Sábio* Não pareço uma pessoa romântica; na verdade os golpes da vida, por muitas vezes me fizeram endurecer. Mas afirmo com todas as letras: “os brutos também amam.” Por isto, resolvi não escrever sobre assuntos sociais, política e de utilidade pública. Pensei, se permitido for, pelo jornal que solidário com que penso, publica meus textos. Poderia deixar a vocês o sentimento de uma pessoa apaixonada pela família. Grata ao marido: (amigo, parceiro, confidente, cúmplice, querido e principalmente meu eterno amor); como também pelo amor incondicional dispensado ao meu filho: (adolescente, estudante, trabalhador, honesto, amável, e extrovertido etc.) Família, benção indescritível, presente raro e tudo que preciso para ser quem sou. A felicidade está em agradecer pelo que possuímos, ao invés de lamentarmos pelo que ainda não alcançamos. E neste pensamento, faço uma retrospectiva a respeito do ano que acabou, no sentimento prazeroso de afirmar: “Obrigada meu bom Jesus, foi bom demais”. Obrigada pela saúde, pela paz, pelo trabalho, pela partilha, pelas conquistas e pelas derrotas; enfim por todo o aprendizado, dividido e compartilhado com meus familiares. Razão pelos quais, sou feliz. No que poderia ser melhor, comprometo-me em tentar de novo; sabendo que as perdas fazem parte do processo e do aperfeiçoamento para uma vitória mais sólida. E em relação às vitórias, meus mais sinceros agradecimentos a Deus e a todos que compartilharam e ajudaram nestas conquistas. Somos felizes quando somamos as vitórias, diminuímos as derrotas, dividimos os aprendizados e multiplicamos as lutas. Assim, com muito amor; na matemática da vida; sempre teremos um saldo positivo. *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/04509 [email protected] cel. 991687731 ——————————— Para fazer melhor  –  Luiz Gonzaga Bertelli*   Os jovens sonham com negócio próprio. A meta de conseguir um emprego formal, com carteira assinada e direitos trabalhistas – como o 13° salário e férias –, está ficando para trás. Eles querem tocar sua empresa, atuar com aquilo que tem vocação, exercitar a criatividade e, quem sabe, alcançar boa remuneração com horários mais flexíveis. Em pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com 318 jovens e adultos, de 18 a 32 anos, 75% pretendem estar empreendendo, daqui há dez anos; 21% querem seguir carreira executiva e 4% esperam estar no serviço público. A pesquisa mostra a vocação do brasileiro para empreender. São mais de 20 milhões de pessoas que tocam negócio próprio, abrindo novas frentes de trabalho e movimentando a renda e o consumo no país. Esse contingente coloca o Brasil entre as nações mais empreendedoras do mundo – já tem o maior índice entre os países do G20, com 17% da população. O número, no entanto, poderia ser ainda mais expressivo se houvesse menos burocracia e mais incentivo. Cerca de 100 dias é o tempo médio estimado para se abrir um negócio no Brasil, enquanto em outros países pode-se conseguir um alvará de funcionamento em 48 horas. Nas escolas, empreendedorismo parece ser um assunto tabu. Não existe disciplina que cubra esse tema tão importante e os alunos saem da escola sem saber, muitas vezes, o que é empreender. Mesmo nas universidades, a questão não é encarada como prioridade. Estudo das Nações Unidas mostra que 97% das pessoas aprendem a empreender. Para isso, são trabalhadas características como liderança, iniciativa, organização e controle. Empreender é não se conformar com o normal. É acreditar que pode fazer e fazer melhor. É enxergar à frente, adiante do seu tempo. É ter a oportunidade de colocar seus sonhos na prática. São vários os exemplos de personalidades que investiram em uma ideia e conseguiram mudar o rumo da história. Empreender é não se conformar em ler no escuro, como fez Thomas Edison. É acreditar que podemos produzir aviões e exportá-los para nações desenvolvidas, como Ozires Silva com a Embraer. O jovem brasileiro tem características semelhantes. É arrojado por natureza e, por isso, demonstra desde cedo esse desejo, que tanto bem pode fazer à nação. *Executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp. ———————————— Avançando o pacto federativo – Ricardo Berzoini* Comemoramos recentemente a promulgação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que aumenta em um ponto percentual o repasse da União para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A medida é resultado de ampla negociação entre o governo federal, entidades representativas municipais e o parlamento e irá atender justa reivindicação dos municípios que, em sua maioria, enfrentam problemas em suas contas. É a segunda vez que o governo federal eleva o percentual de repasse aos municípios desde 1993, quando era de 22,5% dos recursos arrecadados pelo Imposto de Renda (IR) e pelo Imposto sobre Importações (IPI), que compõem o FPM. O primeiro incremento, em 2007, no governo Lula, foi um aumento de 1 ponto percentual e a segunda, agora em 2014, com Dilma, em mais um ponto percentual. Esses dois pontos percentuais demonstram o compromisso desses governos em fortalecer as finanças dos municípios brasileiros. Na prática, os municípios receberão uma fatia maior do bolo tributário via repasse feito pela União às prefeituras. O reajuste será feito em duas etapas, com o acréscimo de meio ponto percentual em julho de 2015, e a outra metade em julho de 2016. O aumento representa uma injeção de R$ 3,8 bilhões nos repasses feitos às prefeituras. Vale lembrar que a elevação do repasse do FPM não é um ato isolado: ele integra uma política do Governo Federal que visa fortalecer os municípios, assim como a sanção integral da medida que renegocia o indexador das dívidas de municípios e estados, que significará ainda mais fôlego às contas dos entes federativos. Nesse caso, a economia para alguns municípios varia de acordo com a dívida com a União – o abatimento pode chegar a R$ 24 bilhões, caso de São Paulo.  A lei complementar sancionada pela presidenta Dilma Rousseff altera o indexador das dívidas, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e reduz os juros das dívidas, dos atuais 6% a 9% ao ano, para 4% ao ano. Na prática, o governo federal alivia as finanças dos entes federados.  A alteração é retroativa a até 1997, o que significa ainda mais ganhos para os cofres municipais.  A atenção da presidenta Dilma aos desafios municipais enfrentados pelas prefeituras em todo o Brasil fica demonstrada mais uma vez, pela atitude concreta e pelo compromisso de prosseguir dialogando e construindo as mudanças no pacto federativo que podem consolidar a relação madura entre União, Estados e Municípios.  *Ministro das Comunicações e ex-ministro de Relações Institucionais da Presidência da República ———————————— O que será que será?  –  Tom Zé Albuquerque* E 2015 chegou. Há tempos que não tínhamos no Brasil um início de ano tão instável. A sociedade lúcida está atordoada com o que está a vir, ante os prenúncios sombrios, pelos enlaces políticos, pela ingerência patente dos últimos anos. O governo federal não pode mais colocar a culpa do caos econômico no qual o país está mergulhado em ninguém, porque tudo que foi desconstruído e dilapidado foi de autoria do próprio governo. O que tinha tudo para ser um momento de reconstrução, por um novo modelo de gestão, mas o inacreditável aconteceu: a definição dos ministérios ao levar em conta os berços partidários, cujos ministros foram selecionados não pela sua capacidade técnica, mas pelo posicionamento vantajoso que cada um pode dar para a governabilidade do poder central. Por conseguinte, os corpos gerencial e operacional seguem a mesma linha. Meritocracia, definitivamente, não é algo aceitável no partido estrelado. O Filósofo Paulo Rabello de Castro suscitou recentemente quão os governos são provocadores de esperança, pela representação de vontades individuais em harmonia, e que dão significado à vida compartilhada por todos na política. Menciona que “Desde que não seja mera tirania, já que o tirano prescinde, em larga medida, da opinião dos tiranizados, o governo dos cidadãos surge como maneira prática de o coletivo realizar as esperanças dos representados”, mas dada a ingenuidade da sociedade brasileira, aliada à falta de conhecimento holístico, ajuntado ao imediatismo dos ególagas, temperado pelo farto número de analfabetos funcionais que compõe boa parte do eleitorado, acabamos por ser geridos por déspotas do poder. Falta no Brasil senso crítico de seu povo. Essa aberração ganhou contornos estratosféricos no governo Lula, no qual tudo se negociava na seara política, e a repartição da coisa pública entre os pares fiéis passou a ser algo natural, institucionalizado. Esse mesmo ex-siderúrgico, que hoje mora em um apartamento triplex (com elevador pessoal para vagar entre os 3 andares), avaliado em dois milhões de reais, é referenciado por milhares de brasileiros (que se auto-intitulam de probos) que o exaltam, como exemplo de homem. Olavo de Carvalho, o mais brilhante dos filósofos brasileiros na era atual, mirou Lula com o lúcido comentário: “Sua consciência moral, em suma, é deformada pelo longo hábito, meio partidário, meio mafioso, da separação estanque entre os ‘amigos’ e os ‘outros’, entre ‘gente nossa’ e ‘aquela gente’. Se seus acessos de bondade vêm a ser sempre politicamente oportunos, não é porque os planeje, mas porque, no fundo de sua alma, não consegue conceber o bem senão sob a forma estreita e específica de uma estratégia partidária, sendo perfeitamente indiferente a tudo o que fique fora ou acima dela”. O que será que irá acontecer no Brasil em 2015? Como será que estaremos em 2016, 2017, 2018… vale uma análise calcada em tecnicalidades, no cientificismo, não na farsa, na superficialidade ou na artimanha de consumistas natos que transpassam para a sociedade uma visão socialista. Argumentos leoninos dos hipócritas de plantão! Num país gerido por um governo de uma democracia representativa tosca, que anseia por amordaçamento dos meios de comunicação que não bajulam o poder, que acortina uma guerra interna de 50 mil assassinatos por ano, deixa qualquer leigo inteligente descrente de um futuro promissor. Oremos… *Administrador ———————————- ESPAÇO DO LEITOR SECRETARIADO “Vejo tantos apontar defeitos, mas nunca uma solução. A mim, não interessa se emprega a família toda e os amigos, desde que eles trabalhem, melhorem a saúde, a educação e a segurança pública. Já está de bom tamanho. Coisa que os déspotas anteriores não fizeram”, comentou o internauta identificado como Roraima sobre os novos secretários do Governo do Estado. NEPOTISMO 1 O internauta Santos disse estar decepcionado com o ‘nepotismo’ instalado no Governo do Estado. “Depois dos ataques desferidos por Neudo Campos enquanto candidato aos governos anteriores, causa-me espanto o nepotismo que representa o secretariado pela governadora Suely Campos”, disse. NEPOTISMO 2 “Nada devo aos governadores anteriores, não sou advogado deles nem nomeado defensor, mas creio que um mínimo de decência e completa ética é cabível quando se trata da coisa pública e tal passa pelo não cometimento dos mesmos erros repudiados.  Tomara que eu esteja errado, mas pelo andar da carruagem dificilmente este Estado tomará o rumo do desenvolvimento, posto que mais se assemelha a um feudo retalhado entre os membros da família mandatária. Voltamos ao tempo das Capitanias?  Quem será o Capitão-do-Mato?”, questionou Santos. PARENTISMO O internauta Sérgio Pereira concordou: “É Santos, você está coberto de razão. Pode até não ser nepotismo para uns, mas isso é puro ‘parentismo’. Não tenha dúvidas”. ESPERANÇA “Bom, acabou o período de eleição, o Natal , o ano velho e finalmente chegou o ano novo. Hora de desejar que tudo dê certo para o nosso Estado, que os políticos de oposição e situação procurem se unir em prol da sociedade, por um Estado produtor, rico, com segurança, educação de qualidade e uma saúde digna para um ser humano. Olhemos para o futuro com esperança de dias melhores, mas não podemos esquecer do passado, pois só assim poderemos consertar o presente para não termos  que remendar o futuro”, disse Sérgio Pereira. REAJUSTE A internauta Letícia Cardoso protestou contra o reajuste do preço da tarifa do transporte coletivo. “Se aumentam o preço das passagens, deveriam aumentar a frota também porque todos os dias eu vou em um ônibus lotado. A gente paga por um transporte coletivo que nunca melhora”, comentou.