Opinião

Opiniao 19 01 2015 519

O bolso furado do povo brasileiro – Tom Zé Albuquerque*         É bíblico: “Dai, pois, a César o que é de César…” – Mateus 22:21. Trata-se a frase de um embate entre Jesus Cristo e adversários hipócritas no intuito de adquirirem apoio explícito para o não pagamento do imposto devido ao império romano. E mesmo diante de fartas bajulações perante a imparcialidade e senso intocável de justiça do Cristo, visando fragilizá-lo pelo ego, o líder-mor se manteve intacto às normas sociais não se opondo ao pagamento do devido. Até os dias atuais essa passagem do Livro da Lei é suscitada para reflexão sobre o papel da sociedade na alimentação financeira ao poder. A palavra “imposto” já configura o poder coercitivo, portanto, se fosse o contrário seu nome seria “voluntário”. Toda nação rica, desenvolvida, tem uma carga tributária alta. Mas estes mesmos países devolvem à sociedade o que é cobrado em forma de serviço. A Dinamarca, por exemplo, tem uma das maiores cargas tributárias do planeta, mas seu sistema de saúde público é um dos mais completos do mundo (plano de saúde privado lá soa como blasfêmia). Assim como o sistema educacional público beira à perfeição, ao ponto de uma criança de 10 anos de idade já ser fluente em, no mínimo, três idiomas (portanto, arcar com escolas paralelas de línguas estrangeiras, nem pensar!), estudar naturalmente música, filosofia, cultura e arte. Lá, os veículos duram uma geração inteira porque as estradas são normais… Sem buracos, desníveis ou remendos. O índice de criminalidade é baixo porque o sistema de segurança é eficiente, com tecnologia de ponta e profissionais valorizados. É o retorno da carga tributária para a população. No Brasil, óbvio, tudo é diferente. A economia está em frangalhos, a corrupção tem abocanhado boa parte do dinheiro dos cofres públicos, a ineficiência na gestão de recursos virou regra, e reduzir despesas ou custos parece um palavrão para o governo petrolão. Não há política de desenvolvimento, projetos econômicos sólidos, planejamento racional para crescimento do PIB. Resultado dessa bagunça toda: cofres esvaziando, país em derrocada. Aí vem a pergunta… Quem vai pagar a conta pela má gestão? Ora, como sempre, o povo! A prova disso é o recente saco de maldades empurrado goela abaixo na sociedade pelo governo federal – após os 40% de reajuste da energia elétrica – com o aumento de alíquota do PIS/Cofins, e na adequação da cobrança da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico, a famigerada CIDE. Alguém duvida que a exumação da CPMF está em curso? Observe, caro leitor, que enquanto os países bem administrados recolhem tributo e devolvem ao seu povo, o governo brasileiro toma da população para bancar seus rombos, empobrecendo, assim – mais ainda – a sociedade. Em 2015 – bem antes do final do ano – o Brasil vai atingir o inacreditável patamar de 1 trilhão de arrecadação de imposto, uma vez que até o dia 16 do mês corrente já havia caído nos cofres públicos a bagatela de 100 bilhões de reais (www.impostometro.com.br). Ótimo, mas quanto desse montante retorna ao povo em forma de serviço? Quanto será destinado para pagar juros externos não contraídos pela sociedade brasileira? Quanto irá para os bolsos dos companheiros corruptos? O Brasil não irá mudar tão cedo, porque dentro dele existe um outro Brasil, mesquinho, feral, canalha e aviltado. É o atraso do país, pela incompetência, pela improbidade e pela usurpação da renda e dos bens dos trabalhadores. *Administrador ——————————– Espelho da política – I – Afonso Rodrigues de Oliveira* “A política é uma guerra sem derramamento de sangue; a guerra é uma política sangrenta”. (Mao Tsé-Tung) Joaquim Rodrigues Ferreira nasceu na fazenda Boa Vista, em Pendências, no Rio Grande do Norte, em 26-10-1827. Era filho do português Manuel Rodrigues Ferreira. Era Coronel da Guarda Nacional, fazendeiro, político e grande comerciante. Pertenceu sempre ao Partido Republicano. Exerceu o cargo de Administrador da Mesa de Rendas Estaduais de Macau. Foi o fundador do hoje município, Alto do Rodrigues. Foi ali que ele construiu a primeira casa da região, montou sua fazenda e registrou o lugar com o nome de Alto do Rodrigues. Bem modesto, o cara. Alto do Rodrigues é um dos grandes produtores de petróleo do Brasil. Joaquim Rodrigues Ferreira faleceu em 23-03-1904. Deixou 22 filhos, 43 netos e 28 bisnetos, de dois casamentos. Antes de ele falecer, em outubro de 1902, nasceu seu bisneto, que recebeu o nome de Joaquim Rodrigues Ferreira. Que, em 1934 gerou o filho, Afonso Rodrigues de Oliveira. Este chato que está perturbando você com esse assunto. Em 2009, recebi um exemplar do último livro do escritor e jornalista de Natal, o Gilberto Freire de Melo. O livro é: “ALTO DO RODRIGUES, Uma História de Amor e de Progresso”. Na dedicatória do Gilberto, ele diz: “Afonso, tudo quanto se referir a Rodrigues, neste trabalho, tem relação com sua família”. Não é pequeno o número de parentes meus, relacionados com a política, a administração pública, o comércio e a cultura. No final da década de oitenta, meu irmão, João Rodrigues de Oliveira, morreu na cidade de Vassouras, no Estado de São Paulo. Foi um acidente de automóvel muito duvidoso e que a família ainda não o aceitou como acidente. Era tarde da noite e ele vinha de uma reunião política, onde ele era candidato a vice-prefeito da cidade. Como podemos ver, a política sempre fez parte de minha vida. Tenho uma profunda admiração por ela. E, sobretudo, um profundo respeito. E como meu espaço aqui não vai além de 2600 toques terei que parar porque já o esgotei. Mas amanhã continuarei neste assunto, para lhe dizer por que toquei nele, hoje. Nada de exibicionismo nem balela. Estou me sentindo na obrigação de esclarecer por que estou sendo tão frequente com o assunto. Meu relacionamento com políticos já está maduro. Desde criança sempre estive nos momentos mais importantes nos períodos eleitorais. Mas deixemos para amanhã. Mas não nos esqueçamos de que a politica é uma guerra sem brigas. Quando brigamos é porque não somos políticos. E é aí que me confundem. Embora isso não me preocupe. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460 —————————————— TEMAS, DISCURSOS E DISCUSSÕES. – João Silvino* Brasileiros convictos ou não, em suas mais variadas opiniões e ideologias políticas, discutem vários temas como maioridade penal a partir dos 13 anos de vida, resquícios da ditadura militar, minerais para alta tecnologia, desigualdades sociais, importância da relação saúde ambiental e responsabilidade social na atividade agrícola, reforma política, agrária ou agrícola, que, aliás, foram bandeiras de luta do entãocandidato a presidente Lula, polêmica das biografias, impacto da atual legislação tributária e de comércio exterior sobre o desenvolvimento do país, mobilidade urbana, o papel da família na sociedade, sobre apagões e falta de água, relação patrão e empregador, dona de casa e sua importância nos meios sociais, política de atenção aos drogados, redução de salários dos políticos eutanásia, natalidade, resquícios da ditadura militar, responsabilidade política para que possamos resolver os mais graves problemas, entre outros consideravelmente importantes. Existe até pequeninos grupos que discutem sobre liberação do uso indiscriminado da maconha, fórmulas revolucionárias de se chegar ao poder, legado de líderes revolucionários e outros vários que jamais chegam ao conhecimento da grande massa, massa esta influenciada pela mídia burguesa que oferece distrações alucinógenas, influenciada pelos políticos pilantras que vão a público e falam um montão de coisas mentirosas. Os temas mais importantes jamais saem, ou sairão do papel, posto que, somos indiscutivelmente o país da conversa fiada. De cada dez temas discutidos, menos da metade de um dos brasileiros, conhecem sobre tais assuntos. E vamos discutindo, discutindo e discutindo até que outros exploradores de outros países, agora sem caravelas, mas em exocet’s e novas multinacionais nos redescubram mais uma vez. *Síndico – Santa Rosa/Guarujá/SP ————————————— Carta de Van Gogh – Roberta Cruz Todos os dias, eu acordo sendo o amarelo a cor essencial da luz da vida. Penso em todas as cores de forma intensa, mas nada substitui o brilho amarelar solar, meu tom predileto. Perco horas olhando as batidas do dia e da noite, o dia me intensifica, a noite me assombra quando acordado num pesadelo de cores… Pelo o que fizeram os impressionistas, sinto-me leve, e vou compartilhar ao ar livre meus tons de traços, sem muita preocupação, “o que tinha que ser chorado já foi chorado”. Me lanço a pintura, sem nenhuma certeza, no insano da clareza, significando o que  não sou,  só intensamente preocupado com o sentimento de vazio de uma tela em branco. Não procuro ser entendido nestes tempos em que tudo segue regras e padrões, desenho ao relento ou trancado no quarto. A luz floresce nos meus olhos e não me importo tanto, meu destino está selado no incerto dos meus sombrios sonhos, tão significativos para meus tons. Incertezas, palavra que me define e por outras tantas sou mal entendido quando se abrem janelas de curiosos para observar o pintor perdido. Será isso uma resposta? Não sei… Estou preso numa casa de repouso agora, devido a espasmos sombrios. Pinto as estrelas, a lua e, claro, elas são amarelas, retorcidas em traços de uma noite inesquecível de uma tela. O que sou afinal? Sou amarelo, ponto, com mil significados de cores até que não cesse brilho e contrastes nos meus destemperados imaginados desenhos. Serei Van Gogh, um nome, um talento. Por agora, sigo o pincel e meus humores, aceito o misterioso e tenho algumas obras prontas, que meu irmão gosta. Ele comprou uma, meu único quadro vendido, neste sonho sem significado algum. ———————————————– ESPAÇO DO LEITOR INSEGURANÇA 1 O leitor Rosinaldo dos Santos da Silva relatou que há duas semanas furtaram a motocicleta dele. “Dois elementos em uma Titan Fan, preta, abordaram-me. O da garupa desceu com um revólver calibre 38, apontou-o para mim e pediu a chave da minha moto. Esses elementos estão furtando várias motos de altas cilindradas para praticarem assaltos, furtos e desmanche ou para trocá-las por drogas. A PM ainda consegue recuperar algumas motos, porém, falta mais empenho das nossas autoridades na área da segurança pública em fazer blitz, policiamento ostensivo e investigações. Você trabalha honestamente, paga seus impostos e um vagabundo leva seu bem na maior facilidade”, comentou. INSEGURANÇA 2 O leitor Sérgio Martinak Siervo viveu situação semelhante em novembro. “Fui assaltado ao chegar à residência de um amigo no bairro Caranã, onde fui ameaçado por dois jovens que me portavam um revólver e estavam em uma Titan preta. Eles levaram minha motocicleta. Desde então, vivo em constante peregrinação nas delegacias para saber se encontraram minha moto, o que é muito difícil. Gostaria que as autoridades facilitassem esta busca, talvez fornecendo dados das motos recuperadas nas redes sociais, nos jornais ou até fixando as informações nas delegacias. Facilitaria muito a vida de quem já foi usurpado do seu direito à segurança”, sugeriu Siervo. POEIRA Sobre a falta de pavimentação nas ruas do bairro Cidade Satélite, o internauta Joelcio comentou: “O problema da avenida Universo é antigo. A falta de pavimentação na via afeta, principalmente, a saúde das crianças e dos idosos. A poeira é intensa”. PRISIONAL “Esse tipo de trabalho com os reeduncados já deveria ter sido feito há muito tempo”, afirmou a internauta Arlida Silva. Dez reeducandos da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC) estão trabalhando na capina de mato em regime de remissão de pena.