Opinião

Opiniao 22 01 2015 531

Fragmentos – Dolane Patrícia* Expressar o pensamento é um direito de todo cidadão brasileiro, e é algo relevante porque não importa se vão gostar ou não do que se publica, pois se trata do sentimento do autor. Por isso, escrever também é uma arte. Nasci em Itapetinga, cidade do interior da Bahia, localizada entre Itabuna e Vitória da Conquista. A população da cidade em 2013, segundo estimativa populacional do IBGR, era de 74.652 habitantes, assim a vigésima quinta cidade mais populosa da Bahia. Filha de Silvia Soares Santos, conhecida por todos como Senhorinha, e Durvalino Olímpio da Silva. Meus pais se separaram quando eu era muito pequena e fiquei sob a responsabilidade da minha mãe. Recordo-me o quanto minha mãe sempre se esforçou para que eu me tornasse uma cidadã decente. Para isso, investiu na minha educação da melhor forma possível. Éramos apenas nós duas e muitas vezes ela custeava as despesas escolares com os bordados que fazia. Estudei na Escola o Sossego da Mamãe e lá tinha um ensino excelente, aprendi a ler cedo e rápido. Tia Creuza era a proprietária da escola, era muito doce e nos levava para a Concha Acústica. Estudei na Escola Jandiroba apenas no quinto ano, antiga quarta série, com uma professora maravilhosa que me ensinou técnicas de memorização.  Depois disso estudei no Ginásio Agro Industrial. Recordo-me do professor de Historia, Faustino, excelente profissional, eu era a melhor aluna de história da sala. Já no ensino médio, fui estudar Magistério no Centro Educacional Alfredo Dutra. Tive o prazer de ter como padrinho Eduardo Hagge, filho do ex-prefeito e ex-deputado Michel Hagge. Iracema, sua esposa, mulher virtuosa, me inspirou coragem para lutar. Frequentava a biblioteca infantil da cidade e eu me lembro de ter lido quase todos os livros daquela biblioteca, que sempre foi minha fonte de inspiração. Comecei a trabalhar logo depois que me formei no ensino médio, era professora da Creche Municipal. Em Itapetinga, dei aula em quase todas as séries que se possa imaginar, até alfabetizei adultos. Lecionei também na Escola Rosalina Vésper de Souza! Algo inesquecível para mim. Neide Ferraz era a diretora. A melhor do mundo, resumindo. Ulda também foi diretora e ela me ensinou ver o mundo de uma forma incrivelmente bela. Eu me lembro da peça de teatro que fizemos junto com os alunos da quarta série: “Nós gatos já nascemos pobres, porém… já nascemos livres…” As crianças eram muito inteligentes! Mas, na Escola Rosalina, eu passei momentos inesquecíveis, também com os alunos, e eu ensinava as crianças a cantar e algumas professoras se irritavam com aquilo, mas eles aprendiam tudo mais rápido. Amigos? Como esquecê-los? Foram muitos, me lembro de cada um de vocês, mas em nome de Cláudia Feitosa deixo minha homenagem a todos. Nós brincávamos de banco todos os dias. Quando cheguei a Roraima, cidade que eu amo, tive meu primeiro trabalho no Baner, onde era chefe da Divisão Financeira, havia sido aprovada no concurso. Lembro-me de cada segundo daquela época. Laudinete fez meu vestido de casamento que viria usar em Roraima. O casamento não deu certo, fazer o quê? Quem sabe o próximo… Eu sou brasileira e não desisto nunca! Cidade fascinante! Tem uma Lagoa, ponto turístico da minha Terra. Ah minha terra… “Lá tem palmeiras onde canta o sabiá!” Mas foi a amiga radialista, Márcia Aguiar, que me apresentou o mundo da rádio e eu já fiz mais de um ano de rádio em Boa Vista. O quadro se chamava Direitos do Cidadão Roraimense, apresentado no programa da grande radialista Sunayra Cabral, da qual sou fã. Além disso, Márcia Aguiar foi minha inspiração na TV ao apresentar o meu atual programa de televisão, Conhecendo seu Direito.                    Foi em Itapetinga que me tornei Adventista do 7º Dia, minha religião até os dias de hoje. Lá conheci o meu ex-marido, pai dos meus filhos. Foi através de Eliadna Santana, sua irmã e da Clínica Pró Vida que eu conheci a campanha Outubro Rosa. Mas, minhas raízes ainda estão lá! Minha família é, na sua maioria, Itapetinguense. E quero dizer a todos que, se tivesse que escolher outra família, escolheria cada um de vocês novamente. Foi em Itapetinga, terra do gado leiteiro, que fui a um parque de exposição pela primeira vez, das vaquejadas tenho grandes lembranças. Um espetáculo de festa! Itapetinga tem ainda um belo estádio de futebol, lá eu já joguei até uma partida quando era pequena, mas o que mais me fascinava eram os shows que aconteciam lá, cantores baianos famosos sempre marcavam presença. Mas era legal quando anunciavam que um time chamado Flamengo (que não era o do Rio) iria jogar, e eu sempre ia à esperança de ver o Zico. A cidade possui clubes lindos, o ITC, AABB, o clube dos Coroas, tem academia e tudo que é necessário para ter uma boa saúde, penso assim hoje, na época só me interessava à piscina e o refrigerante. Me lembro da Igreja de Pedra e da Matinha, pontos turísticos da Cidade. Como esquecer aqueles animais? Eu me recordo de um lugar muito especial que se chamava APAI, era uma escola de crianças portadoras de necessidades especiais e eu já me vesti de um boi com mais dois colegas para divertir aquelas crianças (Folclore baiano).  Quando terminei de escrever o artigo sobre os direitos da criança autista,  me veio a memória aquelas crianças. A “Praça do Boi” era a principal Praça da Cidade, lá havia um boi enorme bem no centro, (eu morria de medo dele) um monumento à Terra da Pecuária. Em março de 2015 irei receber em Brasília uma homenagem como mulher personalidade brasileira, levarei o nome de Roraima e também da cidade em que eu nasci. Escreverei um livro das minhas lembranças. Contudo, deixo aqui um pouquinho da minha história, vivida em uma cidade que eu vou lembrar para o resto da minha vida!  Lá eu “tinha uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela… Onde via o sol nascer…” durante anos maravilhosos da minha vida! Hoje moro em Roraima e eu também tenho muito orgulho disso! Precisamos ver o que há de melhor onde estamos em cada momento da nossa vida e darmos valor, pois como diz Almir Sater: “Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz… e ser feliz!” Fragmentos do livro que será lançado final de 2015 *Advogada, Juíza Arbitral – Personalidade da Amazônia E-mail: [email protected]  #dolanepatricia  You Tube: Dolane Patrícia RR —————————————- Eu, nós dois – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Quem não ama a criatura, não ama seu Criador”. (Alcides Werk) Esse cara é eu e eu sou ele. Não nos encontramos com tanta frequência, assim. Mas quando nos encontramos, o bicho pega. Quando a coisa começa a enegrecer, ele vem, sem meu consentimento, e se senta no meu ombro esquerdo. Cara, como ele perturba. E como sou, e vou demorar a deixar de ser, um ser humano, saio sempre perdendo pra ele. Quando começo a pisar na bola, ele começa a dar tapas na minha orelha pra me chamar atenção. Sempre que não lhe dou atenção, danço na fogueira. Ultimamente aconteceu. Fiquei um tempão me preocupando com o que não deveria me preocupar, e estou com a orelha inchada por tanto tapa. Mas é assim que aprendemos a ser, nós mesmos. O importante é nunca deixar de dar atenção ao cara que está sempre sentado no seu ombro esquerdo, mesmo sem você perceber. Ele é você e você é ele. Dê mais atenção a ele, sempre que ele começar a lhe chamar a atenção.  Faça esse exercício prestando mais atenção ao falar simples dos que estão sempre nos chamando a atenção. E tais advertências estão sempre nos dizeres mais simples, como o citado aí em cima, do Alcides Werk. Para que amemos o Criador, é necessário que amemos a criação. Se somos todos da mesma origem, por que ignorar a presença do outro? Não ignorar a presença significa respeitar o semelhante. Esse cara que fica no seu ombro é seu guia. Ele está sempre atento aos erros que você comete. Está sempre protegendo você e você nem percebe. Comece a dar mais importância a seus sentimentos de culpa. Eles são uma advertência do cara no ombro. Erramos menos quando respeitamos os erros alheios. É a evolução já citada pelo Victor Hugo: “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos”. Reconhecer seus próprios erros não significa retroceder. É nos erros que aprendemos. Em cada erro aprendemos como não fazer. Ame a vida amando si mesmo. Preste mais atenção aos seus sentimentos de amor. O amor é o equilíbrio da vida. Sem ele não seríamos o que somos. Mas, cuidado para não misturar o amor com a paixão nem com o ciúme. O equilíbrio mental é a base da racionalidade. E você, querendo ou não, é da mesma origem que eu sou, e seu retorno ao seu mundo de origem vai depender de como você dirige seu processo de imunização racional. E comece não confundindo isso com religiosidade. Tem nada a ver. Você é dono do seu destino e tem o poder de dirigi-lo na direção que você quiser. Ninguém pode fazer isso por você. Então, não desperdice seu precioso tempo com coisas que não lhe interessam nem o agradam. Corta essa. Pense nisso. *Articulista [email protected]     99121-1460       ———————————– ESPAÇO DO LEITOR ESTACIONAMENTO O leitor Francisco Braga relatou que, a exemplo da falta de consciência dos donos de veículos que estacionam em locais proibidos no igarapé Mirandinha, o mesmo fato se repete com maior incidência em todas as dependências do Parque Anauá. Ele afirmou que os frequentadores não utilizam o espaço do estacionamento, que é enorme, mas entram como seus carros bem próximos do lago e rodam pelo Forródromo em alta velocidade. “Além de prejudicar a estrutura do parque, é iminente o risco de um atropelamento. As crianças não podem brincar em segurança, pois dividem o gramado e até mesmo a área coberta com carros e motos”, relatou. PRAIAS Sobre a ausência da equipe de Corpo de Bombeiros nos principais balneários da cidade, a leitora Valdene Conceição observou que os pais também devem ter um cuidado com seus filhos, principalmente no espaço da Praia Grande, pelo fato de o local possuir diversos bancos de areias, precisando de cuidado redobrando. “É necessário que cada um faça sua parte e não espere apenas pelo serviço público, que apresenta falhas em alguns setores. Sobre a sujeira do local, falta conscientização da população em recolher o lixo e preservar o espaço sempre limpo”, observou. RANKING A internauta Mônica Silva comentou que os índices divulgados recentemente pela Revista Exame colocando Roraima em sexta colocação no ranking de melhores estados para se viver poderia ter tido outra repercussão, se não ocorresse a ingerência nas finanças estaduais. Observou que, anualmente, são liberados recursos contemplando diversas obras que são licitadas e nem sempre são concluídas.   MEDICAMENTO Em relação ao questionamento dos usuários sobre a falta de medicamentos, a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado respondeu que os pacientes podem adquirir insumos para controle diabético diretamente nas unidades básicas de Saúde. Os municípios recebem, desde 2012, a contrapartida de 25% do Governo do Estado para a aquisição de medicamentos da Atenção Básica. O Governo Federal envia as insulinas e Estado e municípios investem R$ 0,50 por habitante para a compra de insumos, como seringas, lancetas e agulhas.