Bom dia! “Em política, os aliados de hoje são os inimigos de amanhã” – Nicolau Maquiavel Em uma rápida olhada no cenário político institucional de Roraima, é possível chegar à conclusão de que somos, enquanto Estado, um projeto flagrantemente inacabado. Senão, vejamos! Decorridos quase 24 anos de sua instalação como Estado e 27 anos de sua criação, Roraima não dispõe ainda de condições para gerenciar seu patrimônio fundiário. A pequena concessão feita pelo Governo Federal, com a transferência de mais de 6 milhões de hectares, foi lançada na lama da corrupção até hoje não desvendada. Na questão ambiental, o Zoneamento Econômico e Ecológico (ZEE), peça fundamental para o desenvolvimento sustentável da agricultura e pecuária, encontra-se perdido entre as imposições restritivas do Governo Federal e a incompetência dos gestores locais, inábeis para produzir um consenso sobre o que querem de Roraima. A questão indígena, que se esperava que estivesse pacificada com a homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, vem, aos poucos, criando novos embaraços para o desenvolvimento do Estado. Exemplo típico é este imbróglio da construção do Linhão de Tucuruí, de Manaus (AM) a Boa Vista. Esses três exemplos, e existem muitos outros, são atestados mais eloquentes do fracasso de parlamentares federais e governos locais no que se refere a pensar Roraima como uma unidade da Federação que abriga homens e mulheres desejosos por uma vida melhor. Esses agentes políticos têm, ao longo do tempo, preocupado-se apenas com a manutenção do poder para rapinar dinheiro público, enquanto os parlamentares vendem a representação popular em troca de indicação de cargos e liberação de emendas, incapazes de promover a economia local. INDICAÇÕES Pelo que se vê e lê-se na imprensa nacional, o Governo Federal convocou seus ministros para eleger o candidato do PT, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), como presidente da Câmara Federal. Para isso, conforme as fontes a Parabólica, cargos de 2º e 3º escalões estão postos na mesa de negociação. Fontes garantem que isso pode trazer modificações nos órgãos federais em Roraima. PARENTES A governadora Suely Campos (PP) já enviou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) parte da lista dos parentes contratados no primeiro escalão de seu governo. O prazo de 15 dias, dado pelo TCE para o envio do pedido, termina na segunda-feira. Na semana que vem, a documentação será analisada e somente na primeira semana de fevereiro será emitido o relatório sobre o nepotismo. LOTAÇÃO Uma briga, por enquanto silenciosa, está em curso entre taxistas de lotação e a Empresa Municipal de Habitação e Urbanismo (Emhur), responsável pela fiscalização do transporte público. De um lado estão os fiscais municipais, mobilizados para combater denúncias de que táxis-lotações não estariam cumprindo rotas, negando-se a levar passageiros para bairros distantes ou descumprindo o regulamento desse tipo de serviço. ESPERA Do outro estão os taxistas, os quais dizem que estão sendo obrigados a parar na fila no terminal do Centro, por exigência da Emhur, enquanto passageiros estariam esperando nas paradas, em horários de pico, no final da tarde. Eles dizem que a Emhur tomou esta decisão para “combater a mídia negativa” contra a Prefeitura, na imprensa e na internet, e mostrar à opinião pública que os fiscais estariam colocando os taxistas para trabalhar. “Quem deixar de comparecer ao terminal pega multa no valor aproximado de R$ 1.600,00”, indignou-se um dos taxistas. FISCAIS 1 Por sua vez, os fiscais da Emhur dizem que os taxistas de lotação são obrigados a passar no terminal mas não a esperar na fila. A medida teria sido tomada devido à falta de veículos principalmente nos horários de pico. Conforme um dos fiscais, houve dias em que passaram no terminal apenas 58 veículos. “As rotas mais distantes eram as mais prejudicadas, pois, ao não passarem no terminal, os taxistas escolhiam as rotas mais próximas”, afirmou. FISCAIS 2 Os fiscais afirmam ainda que, se houver um grande número de passageiros no terminal, os motoristas são obrigados a entrar na fila. Caso contrário, podem passar direto. “Desde a adoção da medida, o tempo de espera dos usuários reduziu consideravelmente. Fora os taxistas que a partir das 17h30 paravam de trabalhar”, complementou o fiscal. Pelo jeito, a briga vai longe. EMERGÊNCIA Sem fazer nenhum alarde, a governadora Suely Campos (PP) assinou um decreto, no dia 19, declarando Situação Especial de Emergência no Sistema Prisional. Os motivos para a decisão seriam os elevados débitos existentes junto aos fornecedores da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc), que poderiam comprometer o funcionamento das unidades prisionais, além das precárias condições físicas do sistema. ALIMENTAÇÃO Conforme o decreto, havia risco iminente de o sistema prisional ficar desassistido dos serviços de alimentação, uma vez que o contrato de fornecimento de alimentação foi rescindido a pedido da empresa contratante. A situação especial será pelo prazo de 180 dias. Para ordenar o setor, foram criados o Grupo de Trabalho Multissetorial (GTM) para a elaboração de Plano Emergencial e o Gabinete de Monitoramento da Situação Especial de Emergência (GMSEE). INTERINO O secretário estadual da Justiça e da Cidadania, Josué Filho, nomeou o seu adjunto, o tenente-coronel Francisco de Oliveira Borges, para responder pelo Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe) até a nomeação do titular do posto. Como a coluna já havia afirmado, o nome indicado anteriormente não foi aprovado.