Opinião

Opiniao 24 01 2015 541

A droga É uma “droga” defender o que está errado, deixando de realizar o que está certo.   É comum encontrarmos pessoas pedindo pelas ruas, seres que poderiam estar trabalhando, mas o vício os dominou. Damos muitas vezes uma moeda para que nosso carro não seja riscado, e aliviando nossa consciência medíocre, crendo que estamos fazendo o bem. A droga é não acreditarmos que aquele coitado, totalmente dominado pelo vício, pode destruir tudo à sua volta e, por fim, acabar consigo mesmo.     Enquanto observamos estes fatos corriqueiros e desviamos dos pedintes que estão cruzando o nosso caminho, fechamos os olhos diante dos que rapidamente melhoram financeiramente sem uma justificativa palpável. Dinheiro não nasce em árvore, e esta constatação revela que algo ilegal acontece para que a grana só aumente, crescendo mais rápido que o mato em terra fértil. A Indonésia, de olhos bem abertos e consciência mais esclarecida, não perdoa o traficante, cortando o mal pela raiz.    Não que eu seja a favor da pena de morte, mas não posso deixar de observar o quanto políticos matam em massa, desviando da saúde, o que é facilmente comprovado quando bebês morrem na maternidade sem condições dignas de nascer, ou tratamentos adequados após seus nascimentos. Isto também ocorre com as inúmeras filas de esperas para fazer cirurgias de emergência, como  tantos outros casos que nunca vi a presidente intervir e lutar para que a morte não aconteça.  “Dois pesos, duas medidas”. Se não houvesse o traficante, não teria como existir o usuário. E quantos usuários já morreram, através dos traficantes?  Se a ganância doentia não levasse a tanta corrupção, não estaríamos carentes de saúde, educação, segurança e praticamente todos os nossos direitos básicos. Se não existissem poucos tão ricos, não haveria muitos tão pobres.  Se o direito do rico a uma segunda chance, a tornar-se cidadão de bem, após tantas atitudes más, fosse o mesmo do pobre, não teríamos tantos presídios super lotados, pelas classes mais pobres e sem condições de alguma intervenção em sua defesa. Se pararmos de defender o que está errado, poderíamos realizar muito melhor o que é certo… Pense nisto… *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/04509 [email protected] Cel.: 9916-87731 ——————————————- Aonde a vaca vai, o boi… – Marli Gonçalves* Nunca expressões populares foram tão importantes para resumir manchetes, caras, fatos e fotos que estão se passando à nossa frente de forma e velocidade vertiginosa. As “bovinas” são ótimas. A vaca foi para o brejo (afogada na enchente com uma árvore caída em cima, sem luz nem telefone). Nem que a vaca tussa (e ela parece que está com coqueluche). Conversa pra boi dormir, e nos dar pesadelos. Vaquinhas de presépio fazendo muuu. Se for ir pelo “ele sabia”, vai ter gente aqui no Brasil se contorcendo toda de medo de ter 12 homens apontando uma arma para eles, e você sabem de quem estou tratando. De quems. Me lembrei muito daqueles programas de auditório onde um grupo de pessoas escolhe uma das respostas e todos juntos se aglomeram debaixo dela. Aí o apresentador dá outra pista e esse mesmo grupo muda de ideia e corre para a outra alternativa. Ou também me lembra cabeças chacoalhadas. Lulu Santos comporia novamente “como uma onda”. Amo que as coisas não sejam estáticas, esclareço logo. Mas há questões – e as morais estão entre elas – que ou se é, e isso significa aguentar os trancos, ou não se é, e as redes sociais misturam ambas. A argumentação lógica e minimamente racional é tratada a sopapos e a beligerância empesteia o ar. Esses dias os Charlies enlouqueceram a ponto de muitos deles tentarem justificar a barbárie do fuzilamento na Indonésia, que matou um, matará outro, outros, sob o bovino olhar de beneplácito da humanidade. Justificativas parecidas com a de uma certa Sheherazade quando o menino ladrão quase foi linchado. Esse esquadrão da morte de anjos celestiais acha sempre que os caras fizeram por merecer, e parecem se colocar a si próprios vestes de juízes, como mais puros, honestos, limpos e legalistas do que os outros. Até o Papa andou falando em distribuir umas bolachas caso alguém falasse de sua mãe! Estou esperando agora o Dalai Lama aparecer com a faca nos dentes. Essa castidade de quinta categoria acaba justificando também o que de mais pavoroso pode haver, que vai desde a menina estuprada porque “provocou” à mulher assassinada porque “traiu”. Protestos agora são envelopados – nunca tinha visto isso, coisa que chamam de liberdade para protestar, cercada de policiais armados com escudos e gases até os dentes, desafiadores. A beligerância sempre acaba mal, e os mascarados, baderneiros, sejam o que forem, que estragam a festa, estarão sempre lá, já que uns justificam os outros. E gastamos gente, bombas, balas, queimamos gasolina para viaturas e helicópteros, cansamos (e irritamos) os soldados. Os senhores da guerra são sempre os que sairão lucrando. Impressionante. A ignorância atrasa a Humanidade. Espalha o medo. Vi gente se comprazendo com o fim de um compatriota, até vangloriando-se como se isso significasse o fim de todos os traficantes do mundo, o fim das drogas, a sanção divina. O exemplo supremo. E o número de vezes (algumas centenas) que me deparei com pessoas se perguntando por que é que ninguém estava tão chateado com morte de dois mil nigerianos tanto como com a morte dos cartunistas da revista? Ninguém? Você é o quê? Porque se espera sempre dos outros ações e reações, me pergunto? Porque sempre se espera que alguém siga na frente para ser fuzilado antes? Daí virarem heróis ou heroínas, esquecidos minutos depois? A opinião própria não tem mais sentido? Não há mais personalidade? Também vi gente que anda tão com a cabeça virada pelo petismo que está achando até que a pesquisa internacional que constatou que 2014 foi o ano mais quente de todos foi desencavada pelos jornais por interesse em amenizar a situação da água e a vida dos tucanos em São Paulo. O calor por aqui está mesmo infernal, mas também ouvi uma senhora dizendo que usaria um leque só porque alguém disse na televisão que era a boa – antes ela tinha vergonha. Lembrei muito de minha mãe, quando falávamos que tal amigo tinha feito tal coisa e não entendíamos por que nós não podíamos fazer o mesmo e ela dizia: ah, se ele for se atirar da ponte, você também se atira? *Jornalista ————————————– Fortaleça sua ideia – Afonso Rodrigues de Oliveira* “As grandes ideias surgem da observação dos pequenos detalhes”. (Augusto Cury) Há pessoas que vivem nadando em rios de ideias e não saem do nado. Com certeza, não são os idealizadores. Quase sempre são grandes visionários. Mas, tudo bem, vamos nos preocupar com as ideias. De onde elas vêm e até que ponto sabemos fortalecê-las e vivê-las. Se se prestar atenção, ver-se-á que os realmente idealistas são os maiores observadores. Mesmo porque as ideias vêm, mesmo sem percebermos, das observações. Daquilo que observamos. E o mais importante é que os detalhes observados são tão pequenos que nem percebemos que estamos indo na influência deles. Mas é isso aí. Preste mais atenção a detalhes pequenos, mas que podem fazer de você um grande pensador. Já pensou o que você teria feito se uma maçã tivesse caído na sua testa, séculos atrás? Sem brincadeiras. Aproveite esse fim de semana para se preparar para a semana vindoura. E você não precisa sair por aí procurando aprimoramento para o futuro. O que você pescar lá fora não será mais do que fruto de suas ideias. Sei que é difícil pra dedéu, acreditar nisso. Mas é aí que a jiripoca pia. O que vemos lá fora é o que desenhamos no nosso interior. As coisas nem sempre são como as vemos. Cada um de nós tem sua maneira de ver as coisas e analisar o que vemos. Não perca seu tempo pensando em como fazer, apenas faça. O resultado vai depender de suas ideias sobre o que vai fazer. Pense no pensamento do Swami Vivecananda: “Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa, mas pela maneira de ele executá-la”. Não podemos executar uma tarefa sem antes tê-la em nossos pensamentos. E é nos pensamentos que estão as ideias. Procure viver este fim de semana com harmonia. Ela é o travesseiro das ideias. Observe as coisas ao seu redor. E não ignore, nem jogue pra escanteio, os detalhes mais simples. É deles que surgem as grandes ideias. Mas cuidado pra não confundir simplicidade com vulgaridade nem futilidade. Na simplicidade está a grandeza. Uma pessoa simples traduz riqueza espiritual. Construa sua história. Mas não se preocupe em escrevê-la. Apenas construa-a. uma vez construída dignamente, um dia alguém a escreverá. Não se preocupe. Alguém já disse que: “Um homem sem história é um livro sem letras”. Construa sua história com dignidade e alguém se incumbirá de escrevê-la o que para você não fará diferença, se foi você ou não. E o alicerce está na educação. O Miguel Couto alertou: “No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo”. Tenha um bom fim de semana e viva-o intensamente. Pense nisso. *Articulista [email protected]     99121-1460       —————————————- ESPAÇO DO LEITOR YANOMAMI O leitor Edilson Lima disse que está indignado com o número de 117 indígenas mortos em menos de oito meses. Ao avaliar a situação, externou preocupação e escreveu que os órgãos de proteção dos índios estão de “olhos vendados” e não determinam sequer uma investigação. “Neste momento, a situação requer uma resolução imediata. É impossível deixar que essas mortes ‘silenciosas’ caiam no esquecimento. A Funai é outra instituição que merece repúdio, pelo fato de permitir que inúmeros indígenas perambulem pelas ruas da Capital ”, opinou. APOSENTADOS O internauta Santos afirmou que, em relação ao Dia do Aposentado, neste sábado, a classe não tem nenhuma conquista a ser comemorada, destacando que é notório o descaso do poder público com a classe que, por longas décadas, deu sua parcela de contribuição, mas mesmo assim é ignorada pelo Governo Federal, a exemplo de medidas drásticas que não beneficiam em nada os aposentados. “Temos que nos reunir e ir às ruas, a exemplo dos jovens, e solicitar que as políticas sociais nos contemplem com garantias reais. Na nossa idade, pouco usufruímos do muito que já contribuímos com  o pagamento de impostos”, frisou. PRAIAS Sobre a nota “Praias”, o Comando-Geral do  Corpo de Bombeiros Militar de Roraima informou que o monitoramento das praias que compreendem o complexo da Praia Grande, no Rio Branco, está sendo realizado normalmente pelos salva-vidas da Companhia de Buscas e Salvamento. Afirmou que os salva-vidas acompanham os banhistas durante todo o fim de semana, inclusive no processo de travessia até a Praia Grande, para garantir a segurança dos frequentadores do local. RODOVIÁRIA Em resposta à nota “Rodoviária”, o Departamento de Infraestrutura do Transporte do Estado de Roraima (DEIT) informou que a atual gestão encontrou a Rodoviária Internacional de Boa Vista em situação de abandono. Disse que está sendo feito levantamento do quadro de servidores efetivos e da estrutura física, a fim de promover o remanejamento de pessoal para os setores que no momento encontram-se desassistidos na rodoviária, bem como as melhorias das condições de trabalho.