Bom dia! “Os políticos não conhecem nem o ódio, nem o amor. São conduzidos pelo interesse e não pelo sentimento” – Philip Chesterfield Embora em alguns crimes de execução que têm ocorrido no Estado, desde o início do ano, possam ter alguma relação quando se trata de acerto de contas com o tráfico, fica visível que os demais casos de assassinos não têm nada a ver com crime organizado. Mas um fato é certo: na quase totalidade dos casos, vítimas e criminosos tinham algum envolvimento com drogas e, em alguns deles, os acusados cometeram o crime para conseguir dinheiro de forma rápida para alimentar o vício. Essas mortes servem de alerta para a sociedade, pois as drogas ilícitas estão dominando o Estado e, se as famílias e quem cuida da educação não estiverem atentos, as crianças e adolescentes podem ser cooptados pelos traficantes inclusive na porta ou dentro da escola. No mês passado, a Folha flagrou estudantes usando droga em horário de aula, na praça que fica atrás de uma escola no bairro Asa Branca, na zona Oeste.  A situação exige uma ação muito mais ampla do que somente ação policial para prender os bandidos. ANÁLISE As decisões tomadas pela atual Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, no início do ano, que resultaram em demissões de comissionados e efetivados sem concurso, cortes salariais, mudança de data de pagamento e não pagamento de salário de dezembro passado, acabaram levando o Tribunal de Contas do Estado (TCE) a analisar essas questões dentro da prestação de contas do Legislativo referente ao ano de 2014, sob responsabilidade do ex-presidente da Casa, deputado Chico Guerra (Pros). O relator é o conselheiro Marcus Hollanda. ALERTA Conforme o relator, os atos tomados pelo atual presidente da ALE, deputado Jalser Renier (PSDC), acabaram servindo como “sinais de alerta”, pois levam a crer que as decisões foram tomadas como medida saneadora de uma situação financeira deficiente herdada da gestão passada, que é objeto de análise da prestação de contas.  “Assim sendo, na condição de órgão de controle, é dever desta Corte, averiguar tais fatos”, argumentou o relator, ao frisar que as informações colhidas irão instruir a prestação de contas de 2014 e resguardar o atual gestor de eventual responsabilização em função da impossibilidade de dissociação de atos de gestão. RELATÓRIO Ainda conforme decisão do TCE, o atual presidente da Assembleia deverá apresentar, no prazo de 30 dias, relatório detalhado da situação econômico-financeira do Legislativo quando ele assumiu o cargo, total de receitas e despesas da Casa à época, quantidade de valores repassados mensalmente pelo Executivo a título de duodécimo e o total do valor dispendido com a folha de pagamento e contratos administrativos, todos mês a mês. RESPOSTA Sobre as notas “Delegacia 1, 2 e 3”, publicadas na edição de terça-feira, o Governo do Estado enviou e-mail afirmando que não há registro na Delegacia-Geral da Polícia Civil de reclamação sobre a concentração do plantão nas dependências do 5º Distrito Policial, localizado no Distrito Industrial. Além disso, afirmou que não houve qualquer situação que evidenciasse a necessidade de mais celas naquela unidade.  “O plantão passou a dispor de mais servidores, administrando, portanto, melhor a custódia de eventuais conduzidos, sejam homens, mulheres ou adolescentes”, diz o e-mail. RESPOSTA 2 Conforme o governo, os problemas de estrutura, equipamentos e falta de insumos são decorrentes da má administração anterior, confirmando que a atual administração da Polícia Civil pretende alterar o expediente de atendimento nas delegacias com a finalidade de melhorar os serviços prestados à população, sobretudo relativo à investigação dos crimes. “As últimas alterações na infraestrutura do 5º DP permitiram que duas salas destinadas a oitivas reservadas fossem disponibilizadas no plantão”, frisou. RESPOSTA 3 “Além disso, hoje não se fez necessário pleitear a construção de outras celas no 5º DP, tendo em vista que a Polícia Civil tem orientado o efetivo a agir com celeridade na condução dos procedimentos policiais em trâmite, ocasionando o encaminhamento mais rápido dos custodiados temporariamente durante a lavratura daqueles procedimentos, dando fiel cumprimento à orientação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça)”, afirmou o governo. DIAGNÓSTICO O secretário de Segurança Pública, Januário Lacerda, ao assumir o cargo, solicitou um diagnóstico das condições em que se encontravam as instalações da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar. Na Civil, foi constatado que quatro dos cinco distritos policiais da Capital estão em construção, cujas obras estão paralisadas. Na mesma situação está a Delegacia de Caracaraí. Para que o trabalho nas delegacias não fosse interrompido, foram tomadas medidas paliativas até as obras serem retomadas. DEVOLUÇÃO Na sede onde funcionava o 2º DP, no bairro Buritis, zona Oeste, será instalada a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. A obra é de dois pisos, o que vai permitir um atendimento diferenciado à mulher. Conforme Lacerda, o caso mais grave é em relação à construção do 4º Distrito Policial. “O gestor do convênio, no governo anterior, foi relapso e o convênio não foi prorrogado em tempo hábil, sendo que o recurso de R$ 1,5 milhão terá que ser devolvido ao Governo Federal”, afirmou. PENDÊNCIAS O secretário afirmou que o governo está tentando resolver essas pendências para que a construção dessas unidades seja retomada e concluída. “Sabemos que as condições atuais das delegacias não são as melhores, mas todos os gestores do Sistema de Segurança concentram esforços para melhorar essas estruturas sejam elas físicas, de mobílias e equipamentos de informática, para assim atender o servidor e o cidadão que procura por nossos serviços”, disse.