Opinião

OPINIAO 06 04 2015 824

Por que ser diferente?  –  Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais”. (Bob Marley)
Esse pensamento do Bob Marley me encanta. Ontem eu estava procurando um assunto ameno pro nosso papo de hoje, até que ouvi, pela televisão, um dançarino dizer que ser diferente é normal. Foi no programa da Fátima Bernardes. Logo em seguida, o programa apresentou uma garota, linda de viver, com doze anos de idade, e que já faturou vários prêmios no surfe. Não estou sendo preciso porque o que me interessa é o que vi e ouvi durante a apresentação da garota. 
Referindo-se a um surfista campeão, a garota linda disse desembaraçadamente: “… se ele pode, eu posso”. Em momento nenhum a garota linda mostrou querer ser igual ao surfista. O que ela expressou na sua maravilhosa beleza de expressão, foi que cada um de nós tem o poder de ser superior. E é por isso que os vencedores são diferentes, e por isso, normais.
Não procure ser igual a alguém. Seja sempre diferente, sem ser diferente. Victor Hugo já disse, faz muito tempo: “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos”. Nossa superioridade está no que fazemos como deve ser feito. Swami Vivekananda também disse: “Não se julga o valor de um homem pela tarefa que ele executa e sim pela maneira de ele executá-la”. Não somos o que pensamos que somos, mas pelo que somos de acordo com o que pensamos de nós mesmos. Quando achamos que não somos capazes, não chegamos a lugar nenhum. Não somos mais do que meras crisálidas que não conseguem chegar a borboletas. 
Estamos mergulhando no marasmo de mais um fim de semana prolongado sem nada na racionalidade que o explique. Mas não podemos mudar sem mudar o mundo. E como isso não vai ser possível, vamos aproveitar o sossego. Aproveite da melhor maneira que você puder aproveitar. Descanse e leia alguma coisa agradável, divirta-se sadiamente e valorize-se. Amanhã, com certeza, conversaremos sobre o nosso dia a dia que está ficando cada vez mais cansativo. Mas isso faz com que reflitamos mais sobre nossa tarefa no aprimoramento do mundo no nosso futuro. Mantenha, durante o feriadão prolongado, seus pensamentos no nível mais superior da racionalidade que é a simplicidade. Uma pessoa superior é sempre uma pessoa simples. Porque é aí que reside a superioridade. Não tente se fazer presente com exibicionismo. Sua presença será sempre notada com a sua simplicidade. Reflita sobre isso no seu feriado. Faça dele um momento propício à reflexão madura sobre o que você quer da vida, na vida. Ninguém deve dirigir sua vida a não ser você mesmo. Pense nisso. 
*Articulista  –  [email protected] – 99121-1460
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O controle da ignorância  –  Tom Zé Albuquerque*
Não é raro lermos artigos ou trechos de revistas, periódicos e livros mencionando os malefícios da TV. Até mesmo na programação televisiva já se condenou os excessos e más escolhas de apresentações esdrúxulas nas telas. No entanto, nada pode ser tão ruim que não possa piorar quando o objetivo maior é prender o telespectador pela alienação.
O século atual tem trazido programas que extrapola o absurdo, alimentado por apresentadores bizarros dispostos a tudo – tudo mesmo – para dar retorno financeiro aos seus patrocinadores e, óbvio, abarrotarem seus bolsos de dinheiro, muito dinheiro, reforçando a disparidade brasileira na qual talentos, e outros trabalhadores dotados de qualidades diferenciadas e conhecimento em demasia são postos à margem na sociedade, enquanto jogadores e técnicos de futebol, apresentadores de TV e aqueles que berram feito caprinos ao microfone (também chamados de cantores sertanejos) se apropriam de quantias vultosas, consequência de uma sociedade pobre de discernimento e de espírito, por não saber selecionar o que é etéreo.
Nesse diapasão, a Rede Globo é imbatível. Para se ter uma ideia, um apresentador de nome Luciano Huck criou um quadro em seu programa promovendo encontros entre brasileiras e gringos, num momento que o poder público luta desesperadamente para evitar a prostituição internacionalizada e, em especial, exploração infantil por parte de estrangeiros endinheirados, algo explícito para nós em capitais turísticas no país. E por falar em desrespeito à infância, o mesmo apresentador excedeu qualquer limite da decência ao lançar em sua grife (Use Huck) uma estampa em camiseta vestida por uma criança com a frase “Vem ni mim que eu tôfacin”. É inacreditável, mas é fato. 
Meses antes, o global ao entrevistar a conceituada atleta olímpica do Brasil e tetraplégica, Laís Sousa, a questionou sobre a vantagem de fazer tatuagem na perna e não sentir dor, num exemplo macabro de insanidade e despropósito mental. Ora, mas na Copa do Mundo este global comparou a derrota dos mercenários jogadores brasileiros para a seleção alemã à queda das torres gêmeas nos EUA, fato este marcado pelo terror de 11 de setembro, cujo reflexo negativo até hoje se propaga em boa parte do mundo em guerras comerciais e santas.
O estilo global de comunicar permite que um tal de Pedro Bial denomine membros do Big Brother de “heróis”. Isso é uma infâmia! Como será que esse senhor trata Luther King, Gandhi, Madre Teresa de Calcutá e Nelson Mandela? É, mas, para muitos, este apresentador é um dos mais qualificados daquela rede de TV, mas… se fosse mesmo tão bom não estaria apresentando o BBB. E o Jô Soares, hein? De humorista crítico dos desmandos dos governos anteriores virou um cordeirinho em entrevistas aos artistas da programação da empresa que trabalha ou se limita a entrevistas superficiais sem atingir ninguém (leia-se: mergulhar na verdade). E o Faustão? Bem esse não se tem o que comentar, porque aquilo não existe.
Enquanto isso, os poucos programas frutíferos na Rede Globo são alojados na madrugada. Isso mesmo, antes de o sol nascer, estão lá: Globo Ciência, Cultura, Telecurso… especialmente para as pessoas com insônia. Como dizia Bete Davis: “A televisão é maravilhosa, sempre quando ligam uma em minha casa, abro um livro”.
*Administrador
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Orai para que o mundo seja melhor  –  Vera Sábio*
Estávamos na “Semana Santa”, que antecede a “Páscoa”, ou seja a passagem da morte para a vida. Nessa sexta-feira lembramos o grande sofrimento de Jesus, o qual entrega-nos em sua morte na “cruz”, o presente renovador e gratificante que é a “vida eterna”.
Há muitas pessoas que vivem sem esperança, afinal não acreditam que existimos após a morte, e por isto para que vivamos eternamente é preciso morrer.
A vida está nesta situação caótica porque muitos não querem ou não acreditam que irão morrer; uma total aberração, pois nossa única certeza é a morte. E quantas situações serão diferentes se morressem.
Se morrer, a semente é enterrada e consumida. Nasce a nova árvore da esperança e abundância.
Se o egoísmo, a corrupção e o desamor morrerem, teremos mais fartura, partilha e ânimo para continuar.
Se a desigualdade e a violênciamorrerem, construiremos um mundo com mais união, educação, respeito e paz.
Se a ambição desmedidamorrer, haverá menos criminalidade e maior oportunidade de crescimento a todos.
Enfim se o desejo sem ação morrer, arregaçaríamos as mangas e lutaríamos com toda a nossa força em prol da reconstrução dos caminhos da verdade, ordem e progresso.
Precisamos orar para que o mundo seja melhor. Todavia temos que agir na propagação da justiça, ética e fraternidade.
“Jesus virou-se para elas e disse: – Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim, mas por vocês e pelos seus filhos!” (Lucas 26,28)
Não adianta ficar focado na morte e não desempenhar-se para que aconteça a cada dia a ressurreição.
É impossível levantar os braços para o céu, sem antes unir as mãos com todos desta terra.
Façamos nesta semana, um momento de reflexão. Pensamos em nós, no nosso mundo, na nossa pátria e no que estamos fazendo para que tanto mal morra e melhores caminhos surjam em direção a um futuro renascido para o bem.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega
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Espaço Urbano e Qualidade de Vida em Boa Vista  –  Osvaldo Batista Costa*
O bem estar social, costumeiramente, tem sido avaliado pelo nível de renda da sua população. Contudo, outros aspectos poderiam ser levados em consideração como a trafegabilidade, a acessibilidade e a sociabilidade.
Vejamos alguns avanços que, a nosso ver, permitem que a cidade de Boa Vista possa estar à frente de outras capitais brasileiras, no sentido de qualidade de vida, independente da faixa etária de seus cidadãos:
1. Caminhos públicos: geralmente conhecidas como calçadas, nos caminhos públicos os cidadãos, pedestres, podem caminhar em segurança, pois aqueles que guiam seus carros nas ruas e avenidas de Boa Vista podem visualizar seus respectivos territórios, sem correrem o risco de atropelamento, embora não estejam isentos de outros acidentes. Mas, se há calçadas com meio fio, como na Avenida L-11 (Laura Pinheiro Maia) no Bairro Senador Hélio Campos, nelas podemos ver calçadas com meio fio, boa largura, sinalização horizontal e vertical, onde se destaca, ainda, a instalação de câmeras para controle e segurança do tráfego de pessoas e veículos. Já na Rua Nazaré Filgueiras, a S-4 com a N-11, o mesmo padrão pode ser encontrado, como na Avenida São Sebastião, com a Avenida Mário Homem de Melo.
2. Piso em alto-relevo: Aqueles que são cegos ou que possuem deficiência visual já têm condições seguras para se localizar em Boa Vista. Aos poucos se vê por algumas praças da Capital, pisos em alto relevo que indicam aquele que conduz a sua bengala, um seguimento com ou sem obstáculos, como na Praça Airton Senna, embora não esteja ainda concluído. Neste cenário, a adequação de desníveis de relevo já foi iniciada, como na implantação de rampas para cadeirantes no Centro da Cidade, à Avenida Jaime Brasil.
3. A iluminação pública: A atitude vigilante do poder público municipal na manutenção da iluminação pública tem centrado esforços na substituição de lâmpadas dos postes públicos nas ruas e avenidas, como na Mário Homem de Mello, Ville Roy, Manoel Felipe, Nazaré Filgueira e Ataíde Teive. Se a iluminação não impede a ocorrência de algum ilícito, pelo menos o dificulta.
4. A limpeza de galhadas: Existe os serviços, nem tanto utilizado, do recolhimento de galhadas. O munícipe pode contratar o serviço por um preço acessível, pagando uma pequena taxa e em curto prazo, a empresa prestadora do serviço vai ao endereço e realiza a retirada do material.
Portanto, de nada adianta os poderes públicos recolherem nossos impostos e utilizá-los benefício da população por serviços e obras públicas, se não mantivermos uma atitude de conservação. Nada de quebrarmos nem deixarmos que alguém quebre as lâmpadas, de arrancarmos ou deixar arrancar as cerâmicas com o alto relevo das calçadas para deficientes e galhadas jogadas em terrenos baldios, sujeitos a incêndios e servirem de hospedagem para mosquitos e ratos. Quem sabe assim, aos poucos, Boa Vista suba no “ranking” dentre as melhores cidades brasileiras em qualidade de vida. 
*Acadêmico Tecnólogo em Gestão Pública e Presidente da Associação dos Jardineiros e Podadores de Árvores de Roraima (ASPA-RR).
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ESPAÇO DO LEITOR
SEM RECEBER
Pessoas que trabalharam como fiscais no vestibular do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) em janeiro deste ano denunciaram que ainda não receberam o pagamento até o momento. “Há dez dias, o coordenador disse que iria efetuar o pagamento de todos os que trabalharam, mas, até agora, não o fez”, relatou um dos denunciantes.
CONTRABANDO 1
A internauta Ana Cleide Alves Pereira comentou na FolhaWeb que a vereadora de Pacaraima Maria Elenilza Dantas, que denunciou o contrabando de combustível na fronteira do Brasil com a Venezuela, deveria se preocupar com o que está acontecendo nos órgãos públicos onde está lotada. “Se ela quer denunciar, que comece pela empresa dona do combustível: a Petrobras. Enquanto isso, os próprios venezuelanos estão desviando seus produtos e abarrotando nossas feiras e o governo não vê”, disse.
CONTRABANDO 2
“Mas se dá por ofendido com nossos conterrâneos, que buscam uma forma de sustentar dignamente suas famílias. Eles não são contrabandistas, vereadora. Você foi eleita para se preocupar com os assuntos do nosso Estado, então deixe que os produtos de outros países de lado. Vá para as ruas e para as escolas, procure saber o que está faltando e do que estão precisando, assim você tem mais o que fazer e deixa esses pais trabalharem em paz”, afirmou Ana Cleide Alves Pereira.
MAIORIDADE PENAL
“Tenho profundo respeito pelo promotor Márcio Rosa, todavia não posso concordar com suas colocações no tocante à redução da maioridade penal sem que sejam devidamente enfocadas outras variantes. Está mais que provado que o ECA necessita de profunda reforma para que possa cumprir sua real finalidade de proteger o menor carente e não delinquentes juvenis, como ocorre hoje. Os adolescentes se envolvem, ou se deixam envolver por meliantes, em infrações pela certeza da impunidade ou apenação menor”, comentou o internauta identificado como Santos sobre a discussão da maioridade penal.