Opinião

Opniao 13 04 2015 857

Caminhada racional – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Habitualmente as pessoas usam apenas pequena parte dos poderes que possuem e que poderiam usar em circunstâncias adequadas”. (William James) Enquanto seres humanos, vivemos num processo de evolução permanente. Estamos aqui, porque chegamos, há vinte e uma eternidades. E isso é tempo pra dedéu. E ainda não aprendemos a viver. Vivemos como se fossemos marionetes dos que consideramos superiores a nós. Ainda não descobrimos porque não somos capazes, quantos dilúvios já sofremos, mesmo porque, assim como nós, humanos, o planeta Terra vive em constantes modificações. E nós fazemos parte, como títeres, das mudanças já que não sabemos mudar. Chegamos aqui por livre arbítrio. Ninguém nos trouxe nem nos fez. Paramos e ficamos num pequeno universo que ainda não estava pronto para o progresso; e que é parte do Universo. E ainda não percebemos que ainda não estamos prontos. Que estamos vivendo e até sofrendo mudança, a todos os instantes. Morremos e nascemos sabe-se lá, quantas vezes. Nem sabemos até quando ainda faremos parte nesse ir e vir. Mas, mais importante é que comecemos a tomar conhecimento do que somos e do poder que temos, cada um de nós, para o progresso próprio. Porque nosso velho e ainda em formação Sistema Solar, ainda vai demorar muito a se equilibrar. Milhares e milhares de anos antes da nossa nova era cristã, os realmente sábios já nos diziam isso. Informavam-nos sobre terremotos, mudanças e aparições de planetas, e em que localidade estávamos como um planeta em formação. Mas séculos depois do início de nossa era, ainda se mandava para a fogueira, os sábios que se arriscassem a dizer que nosso planeta era redondo. Dá pra entender? Vamos sair dessa fogueira. Cada um de nós é responsável pela sua evolução. Não precisamos que ninguém nos diga como devemos agir ser e estar, para que alcancemos nossa posição no pódio da evolução racional. Temos que entender que estamos e vivemos num processo de progresso a regresso. Temos que progredir enquanto seres de origem racional para que possamos voltar ao nosso mundo de origem. Só quando nos conhecermos poderemos viver uma vida racional a caminho da racionalidade. E não alcançaremos isso enquanto ficarmos títeres dos que querem nos dirigir. Ninguém é capaz de fazer você ser o que você realmente é. A escolha é de cada um de nós. E esta vai depender do nosso grau de evolução racional. Ninguém, além de você mesmo, tem o poder de levar você para o céu ou para o inferno. Céu e inferno estão dentro de você. É só você mesmo escolher onde pretende viver até a próxima volta. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460                ————————————— A crueldade pormenorizada – Tom Zé Albuquerque* Emergiu recentemente em nosso país o projeto de lei que altera a maioridade penal. O século XXI trouxe um novo perfil de “menor de idade”, pela gama de informações à disposição, pelos formatos sociais vigentes, pela internacionalização do conhecimento. As discussões sobre o tema são acaloradas pelo pluralismo de argumentos e cercadas de inúmeras teses, a favor e contra. Vivemos um momento no qual a sociedade brasileira está apavorada, inerme e refém do crime das ruas. A criminalidade cresce em proporções inimagináveis; pessoas de bem hoje vivem encarceradas em suas casas, gradeadas, protegidas de tudo quanto é jeito. E os bandidos lépidos e fogosos nas ruas, numa tranquilidade tibetana, escolhem tranquilamente seus alvos, do roubo e da crueldade, causando transtornos psicológicos irreversíveis para a sociedade vitimada. Nesse contexto, se insere o que se intitula de menor de idade, e é assim que os cientistas sociais e muitos profissionais do poder chamam aqueles que “não têm formação biológica suficiente para assumir a responsabilidade pela prática do crime”. Veja, caro leitor, se está falando de, por exemplo, “menor de idade” dotado de 1,90m de altura, 100kg de músculos e campeão de artes marciais, treinado para matar e traficar, estuprar… mas que não pode responder pelos seus crimes. A não ser que punir por infrações se refira à romântica “ressocialização”, para quais os “menores” infratores moram em casas de apoio, nas quais entram e saem quando bem entendem, e que comprovadamente não disciplinam. É essa a punição no Brasil para menor infrator. A mesma falta de rigor da legislação brasileira com aquele que erra na fase adulta ganha proporções fantasiosas para com os “menores”, mesmo com 17 ou 16 anos. E estes, sabiamente, passam a cometer crimes às escâncaras por entenderem perfeitamente que suas más condutas não terão consequências punitivas. A impunidade não só não inibe o cometimento do crime, como o incentiva; tanto assim é que cada vez mais o menor de idade é recrutado para o crime – por estar blindado – e qualificado para tal, e essa demanda de mão-de-obra nunca é mitigada no mundo do crime. Enquanto isso, muitos professores, sociólogos, juristas e profissionais da mídia, que por vezes labutam em seus gabinetes ou salas confortáveis e protegidas de tudo, emitem posicionamentos “científicos” em prol das “crianças indefesas do crime”, sem experimentarem a bruteza crua das ruas. Confesso que tenho muita dificuldade em entender a linha ideológica dos defensores dos direitos humanos, pela costumeira preservação de bandidos, mas esquecendo que esses mesmos delinquentes metralham os direitos das pessoas, cidadão comum. O “menor de idade”, deveras habilidoso com uma metralhadora moderna tira a vida de um policial pai de família e é defendido pelos direitos humanos por ser uma criança. Um policial em defesa da sociedade mata em fogo cruzado um pilantra de 17 anos, este armado até os dentes e drogado até a alma, e é tachado, pelos direitos humanos, de sanguinário. Sim, direitos humanos… As pessoas que bradam em favor da impunidade dos menores só agem assim até o dia que se tornam vítimas da malignidade de um facínora, pelo estupro, pelo assassinato descabido um ente querido, pode ser pai de família ou criança. O Brasil é o país da impunidade e, por conseguinte, da reincidência, seja para a idade que for. *Administrador ——————————— Tenhas raízes fixas e avance – Vera Sábio* O ser humano não foi constituído para viver sozinho. Precisamos manter nossas raízes, nossa cultura, nossa socialização, nossa participação, nossa ética e nossos costumes; se quisermos avançar. Não tem como visualizar o futuro com os olhos presos no retrovisor. Todavia temos raízes que demonstram quem somos. Por isto, se consideramo-nos seres humanos, precisamos ponderar; “nem 8 e nem 80.” Nossa liberdade, direito e verdade termina onde começa a verdade, direito e liberdade do outro. Só assim participaremos da democracia. Por mais que evoluirmos, somente seremos sustentados se nossas raízes estiverem cada vez mais profundas, e assim seguirmos algumas tradições passadas de gerações às gerações, as quais mantem nossa fé acesa para enfrentarmos as tormentas do dia a dia. Aquele que considera-se moderno suficiente para ignorar o passado que o formou, não tem raízes que o sustentam. Precisamos mudar nossas ações, nossa forma de pensar, de atuar; porém sem deixarmos de continuar sendo nós mesmos. Talvez seja um pouco confuso, no instante que percebemos que única constância é a mudança. Mas certamente é fácil de compreendermos ao considerarmos filhos dos nossos pais, netos de nossos avós e com características genéticas e psicossociais parecidas com nossa árvore genealógica. O passado é o termostato e a raiz da nossa existência. Precisamos tê-lo como um quadro na parede e não como o móvel principal. Todavia ele está sempre lá. Quando sentirmos desanimados para enfrentar algo desconhecido no futuro. Damos uma olhadinha e verificamos quantas dificuldades nossos familiares ultrapassaram e nós também enfrentamos para chegar até aqui. Quando nos sentirmos insuficientes para continuar, damos outra olhadinha no passado e perceberemos que antigamente tudo era mais difícil, porém nunca faltou coragem para modificar as duras realidades e alcançar o que agora temos. Não viveremos o futuro, estando presos no passado.No entanto, teremos um futuro bem melhor quando refizermos muitas vitórias do passado e esquecermos várias derrotas. *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/04509 [email protected] ————————————- E por falar em roupa… – Rubens Marchioni* Tenho em meu armário um número considerável de roupas amaciadas pelo tempo. São peças que acolhem muito bem o corpo em posição de “descansar”. Ou quando o trabalho profissional será desenvolvido em casa, como é de costume depois da chegada do conceito de home office, usado por profissionais independentes. A ideia de executar no próprio domicílio o que seria feito no escritório, depois de uma longa viagem através do trânsito enlouquecedor da maior cidade da América do Sul, é realmente mais confortável. É econômica. Ecológica. Sensata. Uma prática saudável, que bem poderia ser acessível a todos. Para repor as energias, um bom prato de “roupa velha”, iguaria made in Minas Gerais, e com presença marcante em São Paulo, sim senhor. A receita estava escondida numa página qualquer da minha antiga Enciclopédia Delta Larousse. Eu a encontrei por acaso, num dos meus passeios noturnos e de insônia em busca de ideias. Eureka! Feito com sobras de carne seca ou similar, desfiada, refogada com cebola e temperos verdes, ele é servido com farinha de mandioca. E não deixa dúvidas quanto ao fato de que entrega o que promete: alimenta e dá prazer. Mais ainda nesses dias em que o sol já dá sinal de que vai sair em férias. Roupa usada e macia. “Roupa velha”. Uma dupla que dá conforto à alma e revigora o corpo. Com licença, chegou a hora da minha sesta. Volto já, uai. *Publicitário, jornalista e escritor. ————————————— ESPAÇO DO LEITOR SEM ENERGIA A leitora Vera Regina Carvalho, membro do Conselho de Consumidores da Companhia Energética de Roraima (CERR) para área residencial, denunciou a falta de energia elétrica no Loteamento Santa Cecília, no município do Cantá, no sábado. “Ficamos sem energia elétrica desde as 7h da manhã de sábado. Entrei em contato com a CERR, que não deu previsão para o retorno da energia, pois o carro da companhia não tinha gasolina”, denunciou. DESMATAMENTO “Os crimes de desmatamento em Roraima vêm acontecendo há muito tempo. É um problema complexo para solucionar porque envolve pessoas poderosas, isto é fato. Mas todos nós pagamos pelas consequências, pois as chuvas estão ficando cada vez mais escassas e não sobreviveremos sem água. A natureza está reagindo de forma violenta porque ela vem sendo agredida desde a Revolução Industrial e vai cobrar duramente a conta do desmatamento sem reflorestamento, bem como a conta da interferência danosa da humanidade no meio ambiente”, comentou o internauta Henrique Sérgio Nobre. PRESSÃO Um leitor, que pediu para não ser identificado, denunciou o abuso de autoridade do comandante do destacamento da Polícia Militar em Caracaraí. “Os policiais militares que fazem parte da unidade foram convidados/pressionados pelo comandante a reformar o destacamento de Iracema, que estava com sérios problemas de infiltração no telhado. Teoricamente, eles seriam voluntários para trabalhar, na hora da folga, como carpinteiro, eletricista e braçal. Quem se negou a ajudar agora está sofrendo pressão e estariam no ‘seu caveirinha’, ou seja, numa lista negra”, afirmou. CEM DIAS Sobre os 100 dias de governo de Suely Campos, a internauta Marliane Raiane de Moura comentou que é “incrível ela falar que as coisas estão caminhando bem”. “Ela encontrou as escolas em estado precário, mas tinha aula, tinha merenda todos os dias, a escola estava sempre limpa e ninguém tinha que tirar dinheiro do bolso para comprar merendas para os alunos. Em pleno mês de abril, ainda tem escola que não teve o ano letivo iniciado”, comentou.