Aprendizes de Pinóquio – Walber Aguiar* Vivem contando dinheiro e não mudam quando é lua cheia….                                                                         Cazuza Gepeto era o pai de Pinóquio. Gepeto era o próprio sistema criador de “bonecos” engravatados que metem a mão na coisa pública, sob o pretenso manto da legalidade. Só que o manto há muito tempo encontra-se esgarçado, puído, fragilizado pelo vírus da corrupção, pelos micróbios da falta de ética. Ora, mais uma vez a pequena Boa Vista apareceu na mídia nacional recheada de desgraça, sujeira e malignidade. Isso porque, os aprendizes de Pinóquio foram apanhados com a mão na massa, ou melhor, no dinheiro que deveria ser utilizado para a construção de hospitais, escolas, ciclovias, segurança. Gente inescrupulosa e com o nariz crescido, não teve a menor cerimônia diante da imprensa e da opinião pública. Escritórios de advocacia viraram pontos de frango assado, locadoras de veículos converteram-se em lojas de produtos veterinários e assim por diante. O nariz crescido era o maior indício de que até boi voa nessa Boa Vista de vista nem tão boa assim. Mas, esse olhar embaçado sobre a cidade se dá justamente por essa gente gananciosa e cínica. Ali tem de tudo. Gente sem estudo, mas cheia de esperteza vulpina; pessoas superficiais, rasas, mas que aprenderam a papagaiar o politiquês com os mais experientes. Tem até evangélico, de quem se cobra o bom comportamento, o decoro, a ética; mas que são os primeiros a se eleger com os votos dos “ingênuos” encabrestando os fiéis em currais eclesiásticos. Gente que se esconde atrás da bíblia e de jargões religiosos, e até se cobrem com uma frágil capa de santidade. Deus vomita esse tipo de gente de sua boca e não precisa de tais “emissários” em seu Reino. Os aprendizes de Pinóquio envergonham a cidade em nível nacional. Chafurdam na lama da mentira, sendo incapazes de trabalhar por aqueles que os escolheram. Todos estão envergonhados com essa espalhafatosa matéria que atrasa e causa um desserviço ao nosso pequeno município. Todos sentem saudade do tempo do fio de bigode; dos homens que honravam as calças que vestiam e vestem;  gente que defendia os munícipes com ética, grandeza e honestidade. Homens do quilate de Íris Galvão Ramalho, João Evangelista de Melo e outros. Era abril. Gepeto estava ali,  criando seus monstros, seus filhos sem caráter, seus  Pinóquios de nariz crescido… É o Brasil…. *Advogado, poeta, professor de filosofia, historiador e membro da Academia Roraimense de Letras [email protected] ————————————— Disciplinar sim, humilhar não! – Marlene de Andrade* Nem sempre acertamos tudo. Às vezes, até nós, adultos, mesmo sendo cristãos genuínos, erramos. Criança também erra e por isso deve ser disciplinada, porém têm pais que extrapolam chegando às raias da humilhação e do espancamento, o que é totalmente errado e cruel. Os pais devem explicar aos filhos que somos falhos e que por isso podemos sofrer fracassos ou, de vez em quando, errar, pois não somos perfeitos. É evidente que os filhos devem ser disciplinados, porém isso nada tem a ver com maltrato, uso de palavras rudes, chulas, violência e desonra, pois tais atitudes não são educativas e nem tampouco pedagógicas. Devemos explicar aos nossos filhos que através dos nossos erros e fracassos poderemos alcançar vitórias mais lá na frente e aprender atingir os alvos certos, para não mais errar. A criança precisa entender que devemos aprender com os erros e que o importante é não errar mais. Ela precisa também saber que ser humano nem sempre acerta tudo. Todavia e indubitavelmente os filhos devem ser treinados para procurar acertar sempre os alvos corretos a fim de não fracassar continuamente. A criança deve entender também que os erros na vida de qualquer pessoa devem ser corrigidos e que ela, desde pequena deve querer acertar sempre, em vez de ficar errando de forma contumaz. A criança que receber essa instrução quando tiver cometido erros, imediatamente, vai se sentir encorajada a conversar com seus pais, ou seus líderes e lhes contar tudo que está ocorrendo com a mesma. O livro de salmos nos explica: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Salmos 51:5). E isto é verdade mesmo, visto que a criança aprende a pecar sem que ninguém a ensine, pois o pecado já nasce com a gente. A partir de um ano a criança começa a fazer pirraça, fica irada até conseguir o que quer, se joga no chão para chamar atenção e entre tantas outras inconsequências, espanca os irmãos e coleguinhas como se aquilo fosse algo muito natural. Isto tem a ver com a essência do ser humano que é pecaminosa. Qual de nós precisa fazer curso para aprender a pecar? A criança aprende a praticar más ações sozinhas, ou seja, bater no coleguinha, não respeitar os pais e os professores, implicar com os irmãos e entre outros, mentir. A criança deve ser treinada para agir sempre corretamente e em vez de ser espancada deve ser orientada a compartilhar com seus pais tudo que estão sentindo. À luz desta reflexão fica o seguinte: o melhor ensino é o bom exemplo. O Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem. (Provérbios 3:12). Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT https://www.facebook.com/marlene.de.andrade47 ———————————- Desencabreste – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Todo povo é uma besta que se deixa levar pelo cabresto”. (Henrique IV)  O Rei da França disse isso no século XVII. E o que mudou de lá pra cá? É fácil de ver, vendo o que continua acontecendo na nossa política brasileira no século XXI. O lamaçal em que nadamos sorridentes, sem nem mesmo sermos capazes de sentir o cheiro mau do esgoto, pelo qual suga-se o dinheiro do povo acabrestado. A ignorância política tida hoje como natural na época do Rei Henrique, continua encabrestando a sociedade brasileira de hoje. Doi pra dedéu a gente saber disso e saber que vamos continuar assim. Continuamos elegendo desonestos e corruptos porque, mesmo sem perceber ou não querendo perceber, somos o que eles são. A reeleição da Presidente Dilma foi meio esquisita. Mas já tivemos um exemplo, quase igual, aqui em Roraima. Os escândalos de roubalheira e desonestidade que rola pelo Brasil afora, está rolando entre nós, aqui em Roraima. O que significa que somos todos iguais nas diferenças. Mas, que diferença? Vamos varrer essa sujeira? Se cada um de nós pegar sua vassoura, o trabalho sairá. “Varre, varre vassourinha, varre varre a bandalheira; o povo já está cansado de sofrer dessa maneira”. Claro que você não conhece essa música. Foi da campanha do Jânio Quadro ao governo de São Paulo, na década dos cinquentas. É claro que Jânio não foi um dos exemplos mais aconselháveis, mas a música vale. E sair dessa bandalheira é um problema, e tarefa nossa. O poder para a mudança está conosco e com ninguém mais. Nada conseguiremos enquanto não formos dignos do respeito de nós mesmos. Quando elegemos um desonesto estamos sendo, ou desonesto ou ignorante político. E a política faz parte de nossas vidas. Sem ela não seremos nem mesmo cidadãos. Considere isso e reflita sobre sua responsabilidade no eleger um candidato para representar você nos poderes da República. Não ria nem procure fazer piadinhas sobre a imoralidade a que assistimos ontem, com relação à nossa política pública. Mas nada vai mudar se você não se conscientizar de que a responsabilidade na mudança é sua. O político desonesto e corrupto não fez concurso para ocupar seu cargo. Ele foi eleito por você. O que significa que a responsabilidade é sua e não dele. E, sobretudo se você vendeu seu voto pra ele. Se você fez isso, você é muito mais corrupto do que ele. Analise isso e verá a dimensão de sua responsabilidade em votar no candidato que você escolheu para representar você, sua família e a sociedade. Pense nisso. *Articulista [email protected]     99121-1460 ———————————– ESPAÇO DO LEITOR ÍNDIOS O leitor Anderson Furtado comentou via e-mail: “Uma família de indígenas está todas as manhãs pedindo alimentos dos clientes que frequentam um supermercado localizado no bairro Calungá. A mãe e três crianças pequenas ficam solicitando alimentos e ajuda em dinheiro para retornarem a sua comunidade. Este é o momento da Funai interferir e ajudar os mesmos, dando assistência e condições para que tenham uma vida digna”. CONSIGNADOS Uma servidora estadual relatou que ainda não foi resolvido o problema do empréstimo consignado em razão de a empresa contratada pelo governo estadual, a Consignum, não estar com o sistema de consulta à margem dos servidores disponível. “Já estamos aguardando há mais de dez dias uma solução para este impasse e até a semana passada nada tinha sido resolvido”, frisou. ÁRVORES O morador da rua Benjamin Constant, no Centro, Reginaldo Soares, relatou: “Estou preocupado com o início do inverno em relação às chuvas, uma vez que todos os anos, no período do verão, tenho o cuidado de mandar podar minhas árvores que ficam próximo à fiação de alta tensão. Mas os vizinhos próximos não têm a mesma preocupação. Na chuva que caiu na semana passada, com o forte vento, uma das árvores acabou atingindo a fiação próxima a minha residência e por quase uma hora ficamos sem energia até consertarem a fiação. Este é apenas um alerta para quem possui árvores próxima a fiações de baixa e alta tensão a fim de que tenham cuidado com esta situação”. MOTOCICLETAS Moradores do bairro Asa Branca enviaram a seguinte denúncia: “Tem sido comum, após as 21h, encontramos nas ruas próximas à Avenida Ataíde Teive dezenas de motos que circulam próximo a escolas com os faróis apagados, o que tem causado desconfiança pela atitude de certos motoqueiros, que aproveitam o horário de saída dos estudantes para cometerem assaltos. Seria bom que o Ronda no Bairro fiscalizasse esta situação. Às vezes, pode ser algum problema mecânico ou, então, os mesmos estão mal intencionados”, relatou uma estudante da Escola Maria das Neves Rezende.
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