Bom dia! “Em política, o que não é possível é falso” – Antonio Cánovas del Castillo ADJUNTO Com o pedido de exoneração do titular da pasta, a governadora Suely Campos (PP) nomeou o advogado Luiz Eduardo Silva de Castilho como adjunto da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). A nomeação ocorreu na segunda-feira e foi publicada no Diário Oficial de ontem. Ele já foi diretor da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) e na campanha eleitoral passada aparece como um dos doadores da campanha de Suely a título de serviços advocatícios. A nomeação não agradou alguns setores da pasta. TITULAR Se Castilho tem restrições por parte de alguns servidores por causa de sua atuação na Pamc, é de se imaginar o que acontecerá quando for confirmado o ex-delegado da Polícia Federal João Batista Campelo como titular da Sesp. O nome dele era dado como certo até o fim da tarde de ontem por fontes palacianas. Os policiais almejavam que o novo secretário fosse um servidor de carreira da Polícia Civil, mas vão ficar apenas com o desejo. Até ontem, quem estava interinamente na Segurança era a delegada-geral Haydée Magalhães. ‘QUEIMAÇÃO’ Desde quando Campelo foi cogitado para a Sesp, começou um processo de “queimação” do nome dele com a divulgação nas redes sócias e no WhatsApp do vídeo de uma matéria na TV que saiu, em nível nacional, sobre o episódio em que Campelo se envolveu com um recepcionista de hotel em Brasília, no ano de 2013, quando ele puxou uma arma durante uma discussão por causa do preço da diária. Também circulou outras denúncias cujo conteúdo não teve a veracidade confirmada. Mas, pelo visto, isso não afetará na escolha pelo Palácio Senador Hélio Campos. INDICADO O curioso é que, até então, o Governo do Estado ainda não havia nomeado um adjunto para a Secretaria de Segurança. O nome indicado era o do policial federal Leo Dantas, que foi candidato a deputado estadual pelo PP nas eleições passadas. Como ele não foi liberado pela direção da Polícia Federal para assumir o cargo estadual, então, não chegou a ser nomeado pela governadora Suely Campos. Mas ele fez parte da equipe de transição na área de segurança no final do ano passado. DELEGACIA Enquanto o governo ainda não definiu a situação da Sesp, as delegacias de polícia passam por dificuldades. No Município de Bonfim, a Leste do Estado, na fronteira com a Guiana, os policiais militares que prenderam um traficante encontraram a delegacia daquela cidade fronteiriça abandonada na noite de segunda-feira. A guarnição da PM conduziu o preso, que estava com mandado de segurança em aberto, mas o agente plantonista da Polícia Civil se recusou a receber o traficante porque alegou que não havia um delegado para realizar o procedimento. POLICIAMENTO Como o delegado não estava na cidade para decidir o impasse, conforme a denúncia encaminhada à Parabólica, a guarnição da Polícia Militar, então, foi obrigada a retirar a única viatura do policiamento ostensivo para conduzir o preso para Boa Vista, deixando aquela cidade fronteiriça desguarnecida naquela noite. Caso a guarnição não fizesse isso, o traficante teria que ser solto pelos policiais militares, pois a eles não compete manter nenhum preso sob custódia da PM. DROGA Os moradores da Vila Vilhena, no Município do Cantá, a 105 km de Boa Vista, estão atemorizados com o avanço do tráfico de droga. O pequeno vilarejo passou a conviver com jovens e adolescentes se drogando a qualquer hora do dia em via pública, inclusive crianças de 12 anos, conforme relato da ex-vereadora Sílvia Lobo a um dos redatores da Coluna. Ela disse que falta não apenas ação policial para combater o tráfico, mas uma ação conjunta de toda a sociedade para realizar programas preventivos e também para recuperar quem se tornou dependente da droga. REALIDADE Essa não é uma realidade exclusiva da Vila Vilhena. A Folha publicou, na edição de ontem, a situação da Vila Mutum, em Uiramutã, na fronteira com a Guiana, Nordeste do Estado, que se tornou porta de entrada para a droga trazida do país vizinho. Há relatos semelhantes nos municípios do Sul do Estado, principalmente os que ficam perto da divisa com o Amazonas. O caso é preocupante e deve chamar a atenção das autoridades que participam, hoje, na Assembleia Legislativa, da audiência pública sobre dependência química. O assunto requer soluções urgentes por parte do poder público e da sociedade organizada. TRANSPARÊNCIA 1 Sobre a nota publicada na edição do dia 07, que tratou sobre o Portal da Transparência, o Ministério Público do Estado de Roraima afirmou que, nos anos de 2013 e 2014 foi citado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) como a instituição que melhor atende os pré-requisitos descritos no Manual de Transparência do MP, liderando o ranking de unidade dentre os diversos ramos do Ministério Público como mais transparente do Brasil. TRANSPARÊNCIA 2 A assessoria de comunicação daquele órgão afirmou, ainda, que todos os dados relativos à remuneração e proventos de membros e servidores do Ministério Público de Roraima se encontram disponíveis no site www.mprr.mp.br, no link Transparência, onde a imprensa poderá fazer consultas do tema.