Opinião

Opiniao 15 05 2015 990

São quatro décadas de um trabalho profícuo e de muita determinação – Francisco de Assis Campos Saraiva* Era abril de 1971 do século passado, quando Boa Vista, Capital do então Território Federal de Roraima, isolada do Brasil e do mundo, nos acolheu de braços abertos nos dando a confiabilidade de que iríamos ficar para sempre em seu berço querido. Tinha pouco mais de oito mil habitantes, de gente humilde, fraterna, acolhedora, em que pese os percalços sofridos na época, pela distância e pelo isolamento, mas a amenidade do ambiente cordial parecia unir a todos como se vivessem num paraíso de eterna grandeza, com a tranqüilidade e a paz de que todos desfrutavam. Era o 6º Batalhão de Engenharia de Construção que se instalava nesta cidade de Boa Vista capital do então Território Federal de Roraima, situado no Extremo Setentrião Brasileiro, na fronteira com a Venezuela e República da Guiana, para a construção da BR 174, que iria ligar Roraima a Manaus, a Venezuela e ao mundo e a BR 401 que interligaria com a República da Guiana. Uma esperança que pousava de forma cristalina e alvissareira no coração de todos. E eu vim para compor o efetivo da Unidade Militar e assim participei orgulhosamente dessa epopéia num tempo em que já se vai bem distante no limiar de nossa história memorável para sempre. Pois quando me instalei, concomitantemente o fiz com o Laboratório de Análises e Pesquisas Clínicas LOBO D’ALMADA LTDA, que tanta carência havia para o atendimento de nossa gente. E aí são decorridos quarenta e quatro anos de muita luta, audácia, pertinácia, coragem, desprendimento e determinação. Hoje repassa em minha mente a imensa saudade de todos aqueles bons amigos que já estão na eternidade, que inestimável apoio nos deu em momentos tão preciosos de um período difícil, em que tudo era conseguido às duras penas, já que éramos carentes de tudo praticamente, de comunicação, transporte, alimentos, medicamentos e suprimentos de uma maneira geral. As notícias que chegavam para nós eram da Rádio Havana de Cuba, BBC de Londres, Rádio Central de Moscou, Rádio Transmundial das Antilhas, Venezuela e de outras emissoras potentes que surgiam na sintonia do Rádio. Do Brasil pouco ou quase nada se sabia a respeito. O transporte de gêneros alimentícios era uma vez por mês no Avião da FAB ou então através das balsas que navegavam pelo Rio Branco vindas de Manaus. No verão as águas do Rio baixavam e as embarcações carregadas de víveres encalhavam por períodos sofridos, ocasionando o maior vexame na população de que deles careciam a todo custo e isto se tornava um Deus nos acuda, com a intranqüilidade que acarretava na mente e no coração de todos indistintamente. A história é longa e os fatos diversificados curiosamente em todo o seu trajeto. Temos hoje o Estado de Roraima, jovial e moderno, com mais de quatrocentos mil habitantes e de um burburinho inquietante das grandes metrópoles, com inúmeros acidentes de trânsito, criminalidade por todo canto, o preço que se paga pela modernidade e pelo progresso, mas ainda uma cidade boa de viver em comparação com as demais situadas em nosso Brasil imenso. É uma região bonita de gente jovem e hospitaleira, povoada de pessoas que vieram de todas as regiões do País da mais próxima a mais distante. Mas para chegar ao desenvolvimento e ao progresso a que hoje se apresentam, muitas vidas foram sacrificadas em holocausto a grande obra empreendida, de homens de têmpera arraigada no amor e na fraternidade e na consciência transparente do dever cumprido. Estes foram os grandes heróis que imolaram suas vidas pela grande obra: Germano Miranda. José Josino dos Santos. Francisco Alves. Helton Paiva de Moura. Antônio Ricardo Souza Júnior. João Andia. Juvêncio Ferreira dos Passos. Cícero Carneiro da Costa. Manoel Pinto de Arantes. Arquiminio Monteiro Brito. José Pereira Barbosa. Nilton Gonçalves do Rego. Luiz Leonello Neto. João Albano da Costa. Moisés Arcângelo Tito. Alcides Soares Freire. Dionísio Patrício da Costa. João Martins Pereira. Manoel Augusto Nogueira Barradas. João Félix Cardoso. Ferino Henrique Carelli. Francisco Edson da Costa Soares. Severino Xavier Filho. Foram 23 companheiros que perderam suas vidas, dos quais 15 foram mortos pelos índios Waimiris-Atroaris, e mais ainda o sertanista da FUNAI Gilberto Pinto Figueiredo Costa, no dia 29/12/74, que dinâmica colaboração desenvolveu no Batalhão. Na oportunidade, peço vênia para fazer uma homenagem singular de evocação e grandeza a todos os comandantes, chefes e demais integrantes que passaram pela honrosa Unidade Militar, civis e militares e a homenagem in memoriam aos que foram para a eternidade e os que tombaram heroicamente no cumprimento da ingente missão. E que esta homenagem seja, também, para cada ente querido desses lídimos heróis que, honrosamente, deixaram em nós o legado dos exemplos edificantes e o preito da saudade que ficará eternamente em nossos corações. E ao completar quarenta anos de sua criação, no ano de 2011, O LABORATÓRIO DE ANÁLISES E PESQUISAS CLÍNICAS LOBO D’ALMADA passou a exercer suas atividades nas novas instalações, deixando o Bloco A e ocupando o Bloco C na Av. Santos Dumont Nº 1778 Bairro 31 de Março, após 40 anos de luta, profissionalismo e credibilidade no seio desta comunidade que nos assiste e prestigia. Acreditamos que o moderno Laboratório ficou ao agrado de todos. Os titulares e sócios gerentes da Empresa Dr. FRANCISCO DE ASSIS CAMPOS SARAIVA e Professora MARIA DAS NEVES MADRUGA SARAIVA são filhos adotivos de Boa Vista, batistério que lhes foi outorgado pela Câmara Municipal de Boa Vista – Roraima e a Medalha de Honra ao Mérito Rio Branco com Diploma, a mais distinta honraria do Município que também lhes foi concedida. E no mês de abril que transcorre o Laboratório LOBO D’ALMADA está em seu quadragésimo quarto aniversário e presta inestimável serviço a comunidade de Boa Vista que o assiste e prestigia e da qual desfruta de amplo conceito, fato que muito nos orgulha e desvanece. E no transcorrer dos últimos sete anos seguidos recebeu o Diploma de Destaque Empresarial e Profissional, inclusive o ano de 2014, classificado em Primeiro Lugar pelo INSTITUTO BRASILEIRO DE PUBLICIDADE E PESQUISA, cuja solenidade de entrega do mesmo foi realizada no dia 16 de abril de 2015 às 21h00 no Cenarium Recepções à Rua Augusto César Luitgards Moura nº 2159 – Paraviana, Boa Vista – RR, numa solenidade impar a toda prova prestigiando os melhores do ano de 2014, com a cobertura do Jornal Folha de Boa Vista, Rádio Tropical FM e a TV Roraima, numa recepção distinta digna dos melhores aplausos. Parabéns ao Senhor Paniago, coordenador geral do IBPP e a toda sua briosa equipe de trabalho, que tão bem souberam se conduzir num acontecimento de alto nível de uma noite singular de júbilo e fraternidade e de um ambiente superno, seleto e acolhedor a toda prova. ”Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos perversos, somente o mal.” (Provérbios 10.32). *Oficial R1 do Exército, empresário, titular e dir.téc. do Lab. Lobo D’Almada, membro da ALB e da ALLCHE E-mail: [email protected] —————————————— Obrigado!! – Afonso Rodrigues de Oliveira* “O modo de uma pessoa fazer as coisas é o resultado direto da maneira como ela pensa sobre as coisas”. (Wallace Wattles) Acordei mal humorado. E quando estou assim fico rodando de um lado para outro. E aí a dona Salete se aproveita. E aproveitou-se: – Dê uma caminhadinha até o supermercado. Traga um desodorante, um açúcar e um Leite de Rosas. Nessas horas não discuto. Já sei qual a intenção dela. Eu já ia saindo e ela perguntou: – Tem dinheiro aí? – Tenho. – Humm!! Entrei pela esquina, em passos largos, quando um carro parou do meu lado. De dentro do carro uma senhora perguntou: – Eeeiii… Sabe onde fica a Clínica Nossa Senhora? – Dobre a esquina e a clínica fica logo depois do supermercado. – Ta. Ela simplesmente falou, ta, o motorista acelerou, dobraram à esquina, e eu saí sorrindo pela rua. Seria diferente se ela tivesse dito, pelo menos, obrigado. Observo isso todos os dias no meu dia a dia. Normalmente abro portas para pessoas que estão saindo de algum ambiente, e elas nem mesmo dizem obrigado. Isso não me aborrece, claro, mas me preocupa. Porque faz parte de uma discriminação, um preconceito, se bem que fica difícil pra dedéu entender isso. Sempre que você abre uma porta para alguém, e ele não lhe agradece, é porque está vendo você como servidor dele. E nem mesmo ele percebe isso. Se percebesse se corrigiria. Logo, é só uma falta de educação. Aí me lembrei de que dia desses eu ia pegar o jornal, pela manhã, e quando entrei na Lobo D’Almada, um carro que vinha por trás de mim reduziu a marcha. Pensei que fosse algum amigo e reduzi meus passos. De repente, de dentro do carro, uma senhora já idosa, pegou uma sacola de lixo doméstico e a atirou quase aos meus pés. Jogou o lixo na rua, aceleraram o carro e se mandaram. E nessas horas me pergunto: será que isso acontece com as outras pessoas ou só comigo? Ou será que as outras pessoas prestam atenção e se preocupam? Em que sociedade estamos vivendo, independentemente do nosso nível social? Vamos abir as portas da Educação? Vamos nos atentar para como devemos nos educar e devemos educar? Pena que não tenho mais espaço para continuar relatando os acontecimentos da minha manhã de mal humorado. Do que aconteceu no caixa do supermercado, de como rimos e da carreira que dei. E também do dia em que abri a porta do elevador para um médico. Momentos contraditórios e de importância fundamental para a educação que aprendemos no dia a dia, quando somos capazes de observar os acontecimentos à nossa volta. Preste atenção aos acontecimentos simples. Eles podem até lhe tirar o mau humor. Pense nisso. *Articulista [email protected]     99121-1460 ———————————- ESPAÇO DO LEITOR BR 210 Moradores do Município de Caroebe relataram que não foi somente a situação das escolas que motivou o protesto da interdição da BR-210. “Aliado à falta de transporte escolar, a situação das vicinais no município é precária. Alertamos para esta situação ainda no verão mais nada foi feito. Como é comum a antecipação das chuvas aqui na região, temos vicinais em que se aventurar a trafegar nelas é como estar participando de uma aventura. Infelizmente, o descaso de anos anteriores se reflete agora, e quem é mais penalizado é a população”, relatou um morador. BANHEIROS O leitor Rafael Guimarães enviou o seguinte e-mail: “Ao utilizar a Rodoviária de Boa Vista para me deslocar a Manaus, percebi o quanto o local se encontra abandonado, faltando apenas um cuidado na parte estrutural. Da mesma forma que fazem nas rodoviárias em Manaus, a administração local deveria terceirizar o serviço de limpeza com a cobrança de uma taxa simbólica, já que não existe pessoal de apoio suficiente para realizar a limpeza, e cuidar dos reparos necessários. Além de uma alternativa para solucionar a parte de limpeza, ajudaria a garantir uma renda extra a quem operacionalizar o serviço”. TELEFONIA Letícia Alves comentou que muito se tem falado a respeito da notificação de empresas que operam com o sistema de telefonia móvel em relação à interrupção do serviço de internet aos clientes, mas que, na prática, esta situação ainda vai demorar a beneficiar os clientes de Roraima. “Estados do Centro-Sul do país já conseguiram esta suspensão na Justiça, mas aqui sequer se viu uma ação mais enérgica. Enquanto isso, o consumidor é quem fica no prejuízo”, frisou. EXAMES Usuário de postos médicos enviou a seguinte reclamação: “Tenho percebido a redução do número de fichas para a coleta de exames nos postos médicos e a demora na entrega do resultado. Com isso, dificulta o nosso retorno ao médico. Em alguns casos, já ouvi relatos que a consulta dos pacientes aconteceu e o exame não tinha ficado pronto dentro do período. Quando vamos perguntar sobra a causa da demora, nada é informado”.