Opinião

Opiniao 18 05 2015 999

Busque o que você é – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Lutar para ser admirado pelos outros é tolice. Realize seus sonhos com a naturalidade de um rio que sabe por onde corre, e não para que alguém o aplauda”. (Roberto Shinyashiki) Buscar aplausos é pura vaidade. E vaidade é futilidade. Quando sabemos realmente o que somos, nossas vitórias fazem parte do nosso desenvolvimento. E quando sabemos o que somos, sabemos o que queremos. E quando sabemos o que queremos e alcançamos, somos felizes. E quando somos felizes não dependemos de aplausos. E se não dependemos deles, por que correr atrás deles? Quando o aplauso chega nos faz bem. E a maturidade está em recebê-lo como uma dádiva e não como uma vitória. Simples pra dedéu. Procure mostrar, sempre, o que você tem de melhor. Mas para você mesmo. Ninguém ignora seu valor. Até mesmo quando alguém se engana no julgamento do seu valor, não há motivo para você se aborrecer. Deixe o tempo correr e verdade e esclarecimento vêm à tona. Nunca tente mostrar o que você é, apena seja. Quando entrar numa disputa, não dispute; apenas faça o que tem que fazer da melhor maneira que puder fazer e pronto. Porque você sempre pode fazer o melhor quando sabe que tem o valor necessário para fazer. E quando temos e sabemos usar, somos imbatíveis. Valorize-se no que você é. E nunca se esqueça de que você é no que faz. Nunca se sinta inferior. Ninguém é superior a você se você não se sentir inferior. Logo, não há por que disputar. Seu erro talvez esteja em você se concentrar mais no valor do seu adversário do que no seu. Que é o que acontece em todas as disputas. Você está sempre concentrado nos aplausos. E não é por aí. Os aplausos sempre virão, desde que você os mereça. E você sempre os merece. É só pensar nisso e ir em frente. “Ninguém, além de você mesmo, tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz se você não estiver a fim”. E você estará sempre a fim de ser feliz, se não se preocupar com a derrota. Pense sempre no que você merece e vá à procura. E tudo de que você necessita e merece está dentro de você mesmo. É só botar pra fora, dando o melhor de você no que você faz, sabendo que você pode fazer o melhor sem precisar disputar. Seu adversário é um adversário e não um inimigo. Lembre-se de que Deus não é um ser, mas uma energia pura, limpa e perfeita. E se é energia, está dentro de você. Cabe a você saber usá-la. E quando pensamos assim não conhecemos limites nem restrições. Seu valor é você que se dá e não os aplausos buscados na preocupação vaidosa. Procure ser o melhor em você mesmo e não nos outros. Aplauda-se sem vaidades nem temores. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460     ————————————— A romântica forma de roubar – Tom Zé Albuquerque* É muito provável que o nome corrupção tenha sido o mais pronunciado nos últimos três anos pela mídia nacional. E, de tão rotineiro, corre o risco de passar por algo natural, algo que não afeta nem incomode a sociedade. A questão é: o que fazer para que o sofrível quadro mude na seara política e na administração pública brasileiras? Recentemente em entrevista concedida pelo economista americano RobertKlitgaard à repórter brasileira Cláudia Andrade, uma linha crua e pouco explorada no Brasil veio à evidência. Segundo ele, “…se o seu plano para combater a corrupção é mudar os sentimentos e a mentalidade das pessoas, eu lhe desejo boa sorte. Será um trabalho árduo e longo, e com grande probabilidade de não levar a nada. Em sociedades complexas como as nossas, combater a corrupção não pode ser uma tarefa relegada a pregadores e psicanalistas”. É o que mais vemos em nosso país, todo esse papo de conscientizar o povo, preparar um mundo melhor para os nossos filhos, promover passeatas pela ética, sacudir panelas ao vento… Todasessas e outras iniciativas ingênuas só servem pra divertir os corruptos, de tão cínicos que são. O economista defende com pragmatismo algumas alternativas de combates efetivos à corrupção, como por exemplo: a quebra de monopólios, limitação ao poder dos dirigentes e, principalmente, o uso irrestrito da transparência. Assim, o combate à corrupção não deveria ser tratado como um problema totalmente moral, mas, ao contrário, com o aniquilamento das oportunidades de os corruptos se locupletarem, coibindo o nascedouro e a manutenção das condições propícias dos saques aos cofres públicos. Dessa forma, diz Klitgaard, “a corrupção tem menos a ver com paixões do que com oportunidades”. Outro fator relevante nessa linha de entendimento do mesmo autor é que não se deve confundir os custos nocivos da corrupção com o valor percentual da propina negociada, uma vez que o reflexo nunca é direto; mas ganha proporções inimagináveis. Ora, quando se arromba, por exemplo, os cofres de uma empresa pública brasileira numa negociata de 10%, a falta desse montante para a sociedade atingirá outras gerações, com os óbitos irresponsáveis nos corredores dos hospitais por apropriação indevida de dinheiro da população, ou com a alienação de adultos por desvio de verba da educação, ou com a violência que tira a vida de homens de bem, fruto de má aplicação de recursos públicos em segurança. O Brasil precisa aprender a conviver com a falta de impunidade, eliminando legislações bizarras de tão complacentes que são, e excluindo leis românticas que só incentivam os infratores, para os corruptos e os corruptores. A corrupção é uma anomalia cruel à sociedade, e não poderia ser jamais institucionalizada, tal qual está sendo implantada. *Administrador ———————————– Professor X Pai das Profissões – Vera Sábio* Quem ensina, aprende a ensinar. Quem aprende, ensina a aprender.  (Paulo Freire) Pensando bem, não temos como cobrar boa segurança, saúde de qualidade, uma grande estrutura urbana e mesmo pessoas dignas e honestas, se na infância não tiveram pais que foram bons educadores, e professores que ensinaram os princípios básicos do respeito mútuo, de como conviver com o próximo, sabendo que seu direito acaba onde começa o direito dele. Em casa, somos filhos, tendo os privilégios da proteção familiar, do amor paterno e materno e de estarmos perdoados quando ultrapassarmos algumas das regras da boa convivência. Mesmo que a mamãe nos dê uma palmada, ou nos coloque no cantinho da reflexão. Porém, é na escola, que percebemos que a disciplina deve ser cumprida, que não somos tratados diferentes pelo amor familiar, mas que temos limites a serem respeitados e aprendizados que nos preparam para a vida produtiva. Como os professores podem ensinar bem e com entusiasmo, se não forem valorizados com recursos adequados e remunerações dignas, pois são eles os “pais” das outras profissões. Não temos como ter uma cidade saudável, se a educação estiver doente. Não temos como desenvolver cidadãos dignos se falta dignidade, estrutura, climatização, harmonia e conhecimento para que o professor passe às crianças a formação necessária, constituindo o alicerce da vida adulta. Ensinar é bem mais amplo do que alfabetizar, do que formar profissionais e conhecedores de áreas diversas. Ensinar é formar personalidades, conscientizar caráter, construir cidadãos, formular ideias e fazer pensar… Somente com pensamentos críticos é possível refletir e modificar os fatos, produzindo ações que revolucionem o mundo. Única constância é a “mudança”, por tanto é necessário mudar o pensamento a respeito da educação. Produzindo novo amor, nova perspectiva em relação ao amanhã incerto. Tendo como única certeza, a certeza de que através de bons professores, teremos um futuro bem melhor. *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega ————————————– Posso falar? – Rubens Marchioni* Minha amiga Giovanna relata sua mais recente experiência na busca de uma recolocação no mercado de trabalho – CLT ou autônoma. Ela liga para uma empresa e pede à gentil recepcionista que a transfira para o RH ou o Departamento Comercial. Da outra ponta da linha vem a pergunta viciada: “Quem seria?” Giovanna mantém a calma. Pensa “Não seria. É.” E informa seu nome. A recepcionista emenda um “sobre o que seria?”. Não seria. É. “Sobre trabalho”, Giovanna acrescenta. Pronto, essa é a deixa para que a impávida senhorita informe que nesse caso ela deve “estar enviando um currículo para o site da empresa; se houver interesse eles vão estar entrando em contato”. Para o leitor que está chegando agora: houve um momento na história da humanidade em que as empresas não tinham medo das pessoas, e estas podiam contribuir para que atingissem mais rapidamente os seus objetivos mercadológicos. Estar no lugar certo e na hora certa? Como fazer isso se o único lugar permitido ao desempregado é o sofá da sala, esperando pacientemente que alguém “esteja ligando”? Voltando ao assunto, é isso mesmo, a candidata acaba de levar a porta na cara. O brilho nos olhos? A segurança na voz e em tudo o mais? O amor pelo trabalho que faz? Os conhecimentos e experiências adicionais? As suas melhores convicções e propósitos? Nada disso será visto e ouvido por quem teria uma série de razões para contratá-la. Perderam. Os dois. Fazendo um paralelo, o que teria acontecido se naquele 22 de outubro se eu ou a minha mulher, que conheci numa sala de bate-papo, apenas tivesse pedido ao outro para estar enviando…?    Uma ótima profissional, cheia de possibilidades, acaba de ser jogada na lata de lixo. Tudo, graças à execução sumária praticada por uma filosofia de Recursos Humanos que padece de miopia crônica, irreversível. Boa sorte, Giovanna. A persistirem os sintomas, você vai precisar muito disso. *Publicitário, jornalista e escritor. [email protected] http://rubensmarchioni.wordpress.com ————————————- ESPAÇO DO LEITOR COMBUSTÍVEL Sobre a pesquisa que apontou que o preço da gasolina em Roraima está acima da média nacional, o internauta Ramon Alves comentou: “Claro! Sempre esteve o preço acima. Com um cartel desse ninguém pode competir. É um cartel descarado. Mas a culpa é nossa, que aceitamos tudo e não reclamamos”. COMISSIONADOS O internauta David Souza afirmou que, como em Roraima quase não existe indústria e agricultura pesada, a única solução é empregar pessoas em gabinetes de parlamentares. “Se não empregar, o município fica um caos. A Câmara demitiu 340 [servidores comissionados], a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado demitiram os terceirizados. O Crédito Social foi cortado pela metade. As sorveterias, pizzarias e o comércio em geral sentiram o impacto financeiro”, disse. INSEGURANÇA “A fata de policiamento, não só nas praças, mas nas ruas também, contribui bastante para o crime. A Guarda Municipal deveria fazer o seu papel na proteção das nossas praças. Mas como fazê-lo tendo um efetivo pequeno? É preciso tomar providências”, pediu o internauta identificado apenas como Marcus. DROGA 1 O internauta Carlos Evandro Pereira de Menezes afirmou que os traficantes só existem porque existem várias pessoas viciadas em drogas. “A cada dia que passa mais pessoas ficam doentes por causa desse problema. Está mais do que na hora de o governo iniciar um trabalho intenso em todo o Estado com o intuito de mostrar a toda a população as consequências do uso das drogas. Não basta somente cobrar providência das polícias, pois enquanto houver usuário, existirá alguém para vender a droga”, disse. DROGA 2 Ele continuou: “Deixo uma sugestão aos governantes: façam um trabalho de prevenção do uso de drogas em todos os lugares possíveis, como escolas, faculdades, hospitais, cinemas, bares, praças, órgãos públicos… O mais importante é dizer que a família é um dos elementos fundamentais para a prevenção do uso da droga”.