Opinião
Opiniao 23 05 2015 1023
Abuso à infância – Vera Sábio* Temos leis ambientais muito importantes, as quais pune com prisões severas aqueles que matarem um bicho ou derrubarem uma árvore. Porém, pouco é realmente feito a respeito daqueles que praticam o aborto ou desrespeitam uma criança. Alguns que não levam tão a sério a retirada de um feto, o qual não pediu para ser concebido e com irresponsabilidade foi, mas por falta de respeito à vida, interrompe-se seu desenvolvimento e matam seu direito de viver. Esquecem que, se agora estão com a ideia de aborto, foi porque um dia sua mãe o permitiu que nascessem, e são com estas atitudes criminosas que agradecem a oportunidade que já tiveram. Da mesma forma ingrata os adultos desrespeitam as crianças quando deixam que elas assistam a programas impróprios, usem roupas inadequadas, participem das brigas entre adultos, incentivam a mentir quando mentem a eles, a odiar quando não sabem perdoar e a tirar vantagem em tudo, sem explicarem e serem exemplos do que é certo ou errado. Assim também quando os governantes desviam da educação, da saúde e da segurança, declaram um abuso mascarado enorme às crianças que se tornam sem saúde e sem educação, crescendo desprotegidas e à margem de poderosos que enriquecem a custa das verbas destinadas a vida destes inocentes. E quanto aos pais e cuidadores, é preciso que entendam a vossas responsabilidades em colocarem limites nas ações dos filhos diante dos celulares, computadores e TV. Pois, ao contrário, eles terão uma libertinagem muito prejudicial ao crescimento com ética e responsabilidade, perdendo a inocência muito antes do adequado. Cada dia vemos mais crianças, mães, pais, adolescentes viciados e prostituídos, o que faz crescer excessivamente a promiscuidade, desaparecendo o controle que os pais devem ter sobre a boa educação e formação dos filhos. E ainda, para piorar, e muito, há adultos que são doentes, doidos e monstros quando espancam o abusam sexualmente de uma criança. Até aonde iremos parar, se a pressa em ser adulto é constante e se o respeito e o limite estão fora de moda? Até onde chegaremos com tanto crimes contra a vida, contra a moral, contra a ética e contra a justiça? As leis devem ser mais rigorosas ao punir quem abusar de uma criança, seja através da mídia, da corrupção e de toda forma de violência direta e indireta, mascarada e declarada. Que as denúncias sejam feitas, que os responsáveis sejam punidos e que nossas crianças tenham direito de viverem, brincarem, serem puras, receberem boa alimentação, educação, saúde, segurança, carinho e todas as atitudes e meios capazes de possibilitar um crescimento digno ao futuro da nação. *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/04509 [email protected] Cel.: 991687731 ————————————– A avaliação da arte na escola contribui para o planejamento das aulas? – Pétira Maria Ferreira dos Santos*, Maria Belchior Fontenele de Albuquerque** e Tiago Cardoso da Silva*** Avaliar implica conhecer como os conteúdos de Arte são assimilados pelos alunos a cada momento da escolaridade, reconhecendo os limites e a flexibilidade necessários para dar oportunidade à coexistência de distintos níveis de aprendizagem em um mesmo grupo de discentes. Portanto, o Professor deve saber o que é adequado dentro de um campo largo de aprendizagem para cada nível escolar, ou seja, o que é relevante o aluno praticar nas aulas de Arte. Sabemos que no transcorrer dos anos na educação básica, espera-se que os alunos progressivamente adquiram competências de sensibilidade e de cognição nas diversas áreas, como: artes visuais, música, teatro, Dança, frente á produção de Arte e o contato com o Patrimônio Cultural, Artístico e Regional, sempre levando nosso aluno a exercitar sua cidadania, atingindo seus objetivos e os procedimentos didáticos em conexão com os conteúdos, os modos de aprendizagem dos alunos, e a vivência escolar. O professor de Arte precisa considerar a história do processo pessoal de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na rede escolar, sempre procurando o que avaliar sobre os conteúdos, como avaliar os livros didáticos na disciplina de Arte, o processo da música na escola, os trabalhos pedagógicos na sala de aula, projetos, documentários e proposta curricular. O professor deve refletir sobre como a disciplina de Arte, e a sua execução prática, contribui significativamente e torna-se importante com a adequação de três eixos: o fazer, o contextualizar e o apreciar. Todo educador tem que observar o seu modo de ensinar e apresentar os conteúdos, e a replanejar uma tarefa para obter a aprendizagem adequada e ser um criador de estratégias de Ensino. O acolhimento pessoal de todos os alunos é um fator fundamental para a aprendizagem na disciplina de Arte, área na qual a marca pessoal é a fonte de criação e desenvolvimento. Sabemos que a função de avaliar não pode se basear apenas e tão somente no gosto pessoal do professor, sempre deve estar fundamentada em certos critérios definidos e os conceitos emitidos pelo docente não devem ser somente quantitativos. Todo aluno que é julgado pela quantidade, sem conhecer a correspondência qualitativa e o sentido dos conceitos, valores numéricos, passa a se submeter às desígnios de notas, sem autonomia, acarretando baixa autoestima. Para ser um bom educador, é preciso que a avaliação seja: diagnóstica e pode ser realizada durante a situação de aprendizagem, quando o professor identifica como o aluno interage com os conteúdos e ao término das atividades de um conjunto, analisando como processo ensino aprendizagem ocorre durante o dia letivo. O professor deve guiar-se pelos resultados obtidos e planejar de uma forma criativa, para que os alunos possam participar e compreender as leituras de textos, trabalhos, dramatizações, apresentações musicais, performances instrumentais. Cabe a cada estabelecimento de ensino, promover também situações de auto avaliação para desenvolver a reflexão do aluno sobre seu papel. É interessante que os alunos participem da avaliação do processo de cada colega, manifestando seus pontos de vista. Aprender ser avaliado é um ato social do modo que a turma e a escola devem refletir o funcionamento de uma comunidade de indivíduos pensantes e responsáveis. A análise do conjunto é uma boa maneira para que o aluno reflita sobre suas teorias, raciocínios e hipóteses em relação aos temas e conteúdos abordados. Portanto, é fundamental que a atitude dos alunos e professores seja discutido durante o processo de avaliação, principalmente seus métodos, procedimentos com a equipe administrativa da escola. Todo professor deve ser avaliado sobre a prática pedagógica que realiza, para que o processo seja eficaz e produtivo no Estabelecimento de Ensino. *Professora de Artes e História do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Roraima – UFRR. E-mail: [email protected] **Professora Pedagoga e Esp. Metodologia do Ensino da matemática do Colégio de Aplicação – UFRR. E-mail: [email protected] ***Professor de Música do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Roraima (UFRR). E-Mail: [email protected] ———————————- A águia e a cotovia – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos”. (Victor Hugo) Há uma matéria escrita pelo Gibran Khalil Gibran, lá pelo início do século passado, que fala do encontro de uma cotovia com uma águia. É legal pra dedéu. É mais ou menos isso: a águia estava parada quando uma cotovia chegou e a cumprimentou. A águia aborreceu-se e chamou a atenção da cotovia. Esta não deveria falar com ela, por ela ser considerada uma ave superior. A cotovia, bem humorada, falou de coisas que fazia e a águia não conseguia fazer. Com o desdém da águia, a cotovia pulou em cima dela. Ela voou, tentando derrubar a cotovia, mas não conseguiu. Voltou ao chão e uma tartaruga que assistia a tudo começou a rir espalhafatosamente. A águia repreendeu a tartaruga dizendo que estava apenas brincando com a cotovia que fazia parte da sua família. A vida é assim. Se você não baixar a cabeça para os tolos que se julgam superiores a você, eles começam a respeitar você. São tolos porque ainda não se conhecem. E porque não se conhecem pensam que são o que não são, e por isso não conseguem ser o que não são sem deixar de ser o que são. Independentemente do cargo ou posição que ocupam, não conseguem se valorizar no que realmente são. Por isso nunca baixe sua cabeça diante dos que se julgam superiores a você. Eles não conhecem a Margaret Thatcher: “Estar no poder é como ser uma dama; se precisar dizer que é, não é”. Nunca se curve. Seu valor está em você e não nos que dizem ou pensam que são superiores a você. Honre-se no que você é. As veredas da vida são tortuosas e difíceis, mas não ínvias. Todos temos o poder de superar os obstáculos. E tudo fica mais fácil quando sabemos que o poder de Deus está conosco. Cabe a cada um de nós se aprimorar para vencer. E só vence quem luta. Não há vitória sem luta. E o mais importante é que não façamos da luta uma guerra. Não confundir adversário com inimigo. Não se esquecendo de que a simplicidade valoriza o simples. No inventário do Gandhi, depois de sua morte, tudo que lele deixou como pertences foi um par de óculos, um par de sandálias e vestes simples que ele mesmo tecia. Nunca se julgue superior nem inferior a ninguém. “Somos todos iguais nas diferenças”. Os realmente superiores não se julgam superiores, senão seriam inferiores. Deixe sua vaidade de lado. Ela não leva você a lugar nenhum a não ser ao mundo do vazio na irracionalidade. Aproveite seu fim de semana para fazer um balanço das coisas que estão fazendo com que você fique marcando passos sobre o mesmo terreno. Seu estágio de recruta já passou. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460 ————————————- ESPAÇO DO LEITOR DISTRITO Morador do Distrito Industrial enviou a seguinte reclamação: “Nos dias de chuva, as crianças que estudam na escola municipal localizada no Distrito Industrial estão enfrentando inúmeros problemas em relação a poças de lama e buracos por toda a parte. Quando chove forte fica intransitável a rua de acesso e, com isso, por algumas vezes já deixei de levar meu filho em razão de ter que atravessar pela lama e água empossada para chegar até a escola”. MUSEU O acadêmico Ronaldo Martins enviou e-mail comentando sobre a conservação dos prédios públicos e do acervo histórico de Roraima. “Exemplo maior é a depredação do Museu de Roraima, que abriga inúmeras peças arqueológicas e parte do nosso acervo histórico. A estrutura há tempos carece de uma reforma tanto na parte interna como externa, o que não ocorreu por mais de cinco anos, ocasionando na perda de algumas peças”, opinou. PRAÇAS Sobre a ação de vândalos na Capital, a internauta Mônica Santos relatou que há tempos que deixou de frequentar as praças públicas. “Os marginais, além de promoverem desordem, estão atacando as pessoas para roubar objetos pessoais e ameaçarem inclusive com arma de fogo. Fica como sugestão, após a reforma que está sendo executada em boa parte delas, o direcionamento de guardas municipais para garantir a segurança das famílias”, frisou. ESTACIONAMENTO A leitora Raquel Cruz comentou que, além da dificuldade em estacionar na Avenida Jaime Brasil, onde é obrigado a disputar a vaga com os lojistas, em razão da falta de um planejamento e fiscalização por parte dos órgãos de trânsito, fica como sugestão o retorno da Faixa Azul que funcionava quando esteve em operação. “Já pagamos mesmo para estacionar quando surge uma vaga, que é disputada pelos flanelinhas que ficam no local, então por que não implantar de novo este serviço?”.