Bom dia! “Em política, a honestidade não conta nem como estratégia nem como índice para avaliação dos outros. Ser honesto em política atuante é ser parvo” – Virgílio Ferreira GRAVAÇÃO Alguns deram crédito para a gravação de um áudio de uma autoridade local – que foi compartilhada no fim de semana por meio de celular – fazendo críticas ao atual governo e dizendo que a administração passada irá voltar, inclusive chegou a pedir apoio dos eleitores. O depoimento teria alguma credibilidade se não tivesse sido feito em uma mesa de bar, como se pode notar pelo barulho na gravação, e com a voz trôpega, mostrando que o interlocutor estava em avançado estágio etílico. PARTIDO Se aproximando as eleições de 2016, está em trâmite mais um processo para a criação de um novo partido. Na semana retrasada, foi protocolado no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TER-RR) o pedido de registro da sigla Igualdade. O presidente estadual do novo partido é o advogado Alex Ladislau. O processo está no Ministério Público para parecer antes de ir a plenário para votação pelo TRE. Conforme os idealizadores, a principal bandeira do partido é a acessibilidade. NOMEAÇÃO Depois de perder a disputa pela reeleição para o Senado em 2014, o ex-deputado federal Luciano Castro, ex-líder do PR na Câmara, conseguiu ser nomeado secretário de Gestão de Programas de Transportes do Ministério dos Transportes. Quando estava na Câmara, ele chegou a ser cogitado à indicação para ministro do Transporte. No início do ano, o PR havia cogitado o nome de Castro para assumir o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit). TERRAS O enredo é bem simples de entender: uma família local recebeu a doação de um terreno público, de propriedade do Estado, e depois vendeu a área pelo valor de R$ 4,5 milhões, em um passado não muito distante, para o próprio Governo do Estado e para a Prefeitura de Boa Vista, para que nela fossem construídas unidades habitacionais do programa federal Minha Casa Vida. Até hoje o caso ficou esquecido em alguma gaveta do passado. SAÚDE 1 Ter um plano de saúde não é mais garantia de atendimento rápido nem eficiente. Uma delegada relatou que, na semana que se passou, ligou para um dos poucos consultórios de pediatria que ainda atende pelo plano de saúde, mas recebeu a informação da secretária de que só haveria vaga para o final de julho para consultar seus filhos.  Porém, ao questionar se poderia ser feita uma consulta particular, a conversa mudou de rumo. SAÚDE 2 Conforme a autoridade policial, com pagamento particular, classificado por ela como “à vista”, a informação é que os filhos dela poderiam ser atendidos no mesmo dia ou, no mais tardar, no dia seguinte. “Não me incomodo de pagar consultas médicas. Na verdade, estou até acostumada a isso. Mas me incomoda esse tratamento desigual oferecido com privilégios para quem paga a consulta à vista e dificuldades para quem consulta pagando um plano de saúde”, protestou a delegada. SAÚDE 3 O fato é que quem paga plano de saúde é tratado como se estivesse pedindo algum favor, mesmo que esteja desembolsando mensalidades vitalícias, o que significa um pagamento adiantado. Se na rede privada as coisas andam desta forma, é de se imaginar na rede pública, onde a espera por atendimento em algumas especialidades demora meses depois de a consulta marcada na recepção do Hospital Coronel Mota. BENFEITORIAS Um empresário de uma área nobre de Boa Vista, que tem seu empreendimento há muito tempo em uma avenida sem asfalto e sem qualquer tipo de infraestrutura, decidiu pegar sua bicicleta e dar um passeio pelo bairro. O resultado foi que ele encontrou áreas que passaram a ser habitadas há poucos anos, mas que já receberam asfalto, meio-fio e iluminação pública. Há casos em que as benfeitorias foram feitas para beneficiar apenas uma residência construída em determinada via. ARQUIVADO O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, mandou arquivar inquérito contra cinco políticos: ex-governador Anchieta Júnior (PSDB), os deputados federais Hiran Gonçalves (PMN-RR) e Shéridan Estefany (PSDB-RR) e os estaduais Jorge Everton (PMDB) e Jalser Renier (PSDC), presidente da Assembleia Legislativa (ALE-RR).  O processo havia subido do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para o STF, cuja autoria era do Ministério Público Eleitoral (MPE), que apontava corrupção eleitoral. MORALIDADE O caso de vice-prefeito que pode optar por receber o salário de servidor público para ocupar o cargo político é o de menos que existe por aí. Existem servidores de nível superior que têm até três vínculos com o governo, além de exercerem cargos em entidade de classe. Se a lei permite e está tudo declarado no Imposto de Renda, ao menos fere um dos princípios do Direito Administrativo: a moralidade. REPERCUTE Diante da polêmica que surgiu com as declarações do coordenador político do Governo do Estado, Neudo Campos, e o procurador-geral de Contas, Paulo Sérgio Sousa, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) se pronunciou. Disse que tomou conhecimento das viagens feitas pelo procurar com dinheiro público por meio da imprensa e que já requisitou esclarecimento a respeito dos fatos. Porém, essa denúncia não é nova e já chegou a instâncias superiores desde o ano passado.