Opinião

Opiniao 11 06 2015 1078

Da confissão à negação – Antonio de Souza Matos*Pedro foi um dos principais apóstolos de Jesus Cristo. Da sua boca saiu uma das mais belas confissões de fé: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!”. Mas da sua boca também saíram palavras de rejeição a seu Mestre: “Eu não conheço esse homem!”. O que levou Pedro a descer a montanha da confiança para o vale da incredulidade? Com base nos registros de Lucas, é possível inferir que isso se deu de forma processual.

Pedro, a princípio, foi dominado pela autoconfiança. Quando Jesus predisse que todos os seus discípulos o abandonariam, ele declarou: “Eu nunca te abandonarei! Por ti, darei a própria vida!”. Pedro julgou que poderia manter sua fidelidade a Cristo a qualquer preço, em qualquer circunstância. Pensou que estivesse preparado para enfrentar os piores reveses junto com seu Senhor e Salvador. Estava enganado.

A autoconfiança levou Pedro a negligenciar a oração. Mesmo sendo avisado por Cristo de que o diabo pretendia cirandá-lo, o apóstolo preferiu ignorar a advertência. Enquanto Jesus, no jardim do Getsêmani, em agonia, clamava ao Pai pedindo forças para enfrentar os horrores da cruz, Pedro dormia profundamente junto com Tiago e João. Três vezes o Senhor os acordou e pediu-lhes que orassem com Ele, mas seus olhos estavam pesados, o que o fez exortá-los: “Nem uma hora pudestes vigiar comigo! Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”.

A negligência à oração levou Pedro afastar-se de Jesus. Depois que este foi preso, o apóstolo passou a segui-lo de longe. Aquele homem ousado de outrora, que dissera com toda a convicção que daria a própria vida por Jesus agora se escondia no meio da multidão, acovardado, temendo ser identificado como um dos seus seguidores. Fragilizado pela falta de poder espiritual, o apóstolo foi se afastando cada vez mais do seu Mestre.

O afastamento atingiu o ápice, levando Pedro a assentar-se na roda dos escarnecedores. De repente, lá estava ele próximo daqueles que meneavam a cabeça e desprezam o Messias. Lá estava ele em comunhão com os infiéis e blasfemos, que se reuniam apenas para ver o espetáculo da crucificação. Nessa condição espiritual, para negar seu redentor foi só uma questão de tempo. Ele o fez por três vezes naquela noite, antes de o galo cantar. Primeiro, ele disse não ser um dos discípulos. Depois, disse não conhecer Jesus. Por fim, praguejou. Conforme o Novíssimo Aulete dicionário contemporâneo da língua portuguesa, praguejar é “difamar”, “amaldiçoar”. É espantoso, não? Pedro não somente negou a Jesus, mas também o amaldiçoou.

Nesse ínterim, escoltado por alguns soldados, Jesus passou perto do lugar onde Pedro se encontrava. Seus olhos se cruzaram com os do apóstolo. De repente, os olhos deste se encheram de lágrimas. De súbito, lembrou-se das palavras do Senhor: “Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes!” E, em vez de tirar a própria vida, como Judas, correu para um lugar solitário a fim de suplicar o perdão de Deus, quiçá lembrando-se das palavras do salmista: “Um coração contrito não desprezarás, ó Deus!”.

Assim como Pedro, podemos também chegar a negar a Jesus se nos deixarmos dominar pela autoconfiança, negligenciando a oração e a leitura da Palavra de Deus. Oh, que deixemos a preguiça e a indolência e busquemos sempre um lugar para estar a sós com Deus, a fim de mantermos o coração sempre aquecido pelo fogo do Espírito Santo!

*Professor e revisor de textosE-mail: [email protected]——————————————-

O DNA de Deus – Lindomar Neves Bach*Creio que poucas vezes vi se discutir tanto sobre religiosidade como ultimamente. Bem ou mal, a superexposição do tema tem sacudido a inércia mental de alguns iludidos. Já os entendidos e teólogos de plantão, como sempre, levantam questões sobre doutrinas e dogmas no lugar de tratar o fator crucial do assunto. A questão não é, com certeza, quem tem a melhor posição, a melhor defesa de suas ideias, ou como eventualmente parece ser mais fácil, a melhor forma de depreciar a fé alheia. É preciso, sim, estar sensível ao que somos para Deus.

É preciso buscar dentro de si mesmo, desarmar-se, não resistir ao Espírito Santo com sugestões, conveniências próprias e absurdas, se resguardando de sua ação. É preciso entregar-se com fé, pela necessidade que temos no íntimo de Deus, sem querer escandalizar ninguém, procurar o DNA de Deus em nós, soprado, no Éden, com o espírito de vida nas narinas do homem. Deus nos presenteou com mais que isso.

O Criador nos nutriu com alma, o palco das emoções e escolhas, um traço dele próprio. Não quero com isso dizer que cada um é seu próprio Deus ou uma amostra grátis de Deus, meu intento é mostrar a ligação que temos com nosso criador, como filhos. Obra de seu poder.

Tenha plena certeza que o plano de Deus para nossas vidas está prestes a se cumprir e verdadeiramente aqueles que buscarem essa comunhão, entregando-se ao comando do Espírito Santo, que age quase imperceptivelmente em favor dessa aproximação do homem e Deus. Do Pai com seus filhos. Ele é a fonte da vida plena, da qual não conseguiremos nos afastar, porque certamente sentiremos sede.

A certeza dessa paternidade, dessa ligação do amor de Deus, fica mais clara quando sabemos que fomos criados a sua imagem e semelhança. Apesar da conotação espiritual dessa afirmação, isso renova nossa esperança em dias melhores de nos sentirmos não somente uma partícula de uma matéria em constante mudança, solta ao acaso no cosmo, não é a toa que essa mentira ecoe esotérica demais aos ouvidos.

Lavousier dizia que na natureza nada se cria nada se perde, tudo se transforma. Porém, somos únicos e temos livre arbítrio, temos uma ligação forte e profunda com o Criador do Universo. Uma prova disso é que o Espírito Santo age independentemente da nossa vontade, no entanto, sem violar o livre arbítrio dado por Deus. Devemos estar atentos ao cumprimento das escrituras, sem reserva nos entregarmos e abrirmos a porta do coração para deixar entrar a presença e servir ao propósito de Deus em nossas vidas. É preciso você aceitar essa verdade libertadora do amor do Pai.

*Artista plástico, cartunista, designer gráfico e escritor.——————————————–Isso é válido – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Procure algo de positivo em tudo que as pessoas fazem e conte para os outros. Elogie as pessoas em público, especialmente diante de sua família e amigos. Em uma semana você verá resultados positivos”. (Jim Dornan)Mas não é tarefa fácil. Até no elogiar é necessário que estejamos preparados. Nada exige mais sinceridade do que um elogio. Quando não somos sinceros o elogio toma característica de puxa-saquismo ou gozação. Quase sempre nem percebemos o bem que causamos à nossa família quando elogiamos alguém, com sinceridade. E a sinceridade não combina com vulgaridade nem hipocrisia. A sinceridade faz parte da liderança. E a liderança é fundamental para o desenvolvimento. Há décadas, as grandes empresas vêm batalhando para o desenvolvimento, escudado nos princípio das Relações Humanas no Trabalho e na Família. E a dificuldade está precisamente na confusão que fazemos em “misturar” família com trabalho. E é nessa fusão incompreendida que está o alicerce do crescimento equilibrado, nas empresas.

Há um livro, cujo título não me ocorre no momento, que nos diz que os grandes magnatas do início do século vinte não têm como serrem considerados ricos. E olha que eles foram os desenvolvedores do progresso econômico, sobretudo, nos Estados Unidos da América do Norte. Concordo plenamente com ele. A riqueza não está só no poder econômico. Trabalhei trinta anos na indústria mecânica de São Paulo e na indústria naval no Rio de Janeiro; para minha felicidade e enriquecimento profissional. Nas três décadas de trabalho, sempre trabalhei em grandes empresas, tanto nas navais quanto nas mecânicas. Um mundo profissional que foi uma verdadeira faculdade para mim, a que chamo, atualmente, de a “Universidade do Asfalto”.

Permita-me um parêntese: (Não estou me arrogando de sábio nem dono do saber; corta essa. Estou falando apenas de minha experiência adquirida nas três décadas, no mundo desenvolvido nas Relações Humanas). O desenvolvimento do Controle de Qualidade – CQ vem tentando equilibrar-se no Brasil desde o início da década dos sessentas. Participei ativamente neste desenvolvimento. E só quem viveu aquela época sabe o quanto evoluímos, mas o quanto ainda devemos evoluir. Sobretudo no crescente e alarmante desenvolvimento comercial. No poder público nem se comenta. Neste ainda estamos num processo jurássico. Que me desculpem os administradores públicos, mas a verdade tem que vir à tona para que possamos acreditar nela.

Estou ouvindo, neste momento, a Maria Betânia cantando uma das músicas mais maravilhosas daquela época. Amanhã falarei disso. Prometo. Panse nisso.

*[email protected]    99121-1460————————————-ESPAÇO DO LEITOR FEIRASA leitora Marinês Lima comentou sobre os preços de frutas e hortaliças nas feiras e mercados da Capital. “O tomate, por exemplo, que impulsionou a alta dos preços, continua custando mais de R$ 5,00, e a batata chega a custar R$ 6,00, um preço abusivo comparado a outras regiões que produzem em grande quantidade estes produtos, como o Município de Alto Alegre e a região de Campos Novos. Portanto, o preço já era pra ser diferente do que está sendo comercializado atualmente”, disse.GREVEO internauta Anizio Garcia enviou o seguinte e-mail: “Pelo que percebemos, a greve dos servidores da Suframa traz como consequência o desabastecimento de alguns produtos no mercado. Acessórios para eletrônicos e até peças de automóveis são os itens que mais estão em falta no mercado. Esta semana, tive que mandar buscar uma peça em Manaus, pois a informação repassada no balcão de uma loja de autopeças é que, por consequência da greve, a mercadoria se encontra retida sem previsão de ser liberada. Enquanto isso somos obrigados a pagar um frete absurdo para conseguir a mercadoria em outro Estado”.MOSQUITOS“Está anormal a quantidade de moscas e mosquitos nos supermercados da Capital, principalmente próximo a frutas e hortaliças. Deveriam pelo menos manter, próximo aos locais de comercialização, um espaço adequado para a exposição dos produtos. Apesar de ter reclamado esta semana com o gerente de uma rede local, nada foi feito. Falta fiscalização mais rigorosa dos órgãos de fiscalização a estes estabelecimentos”, relatou um consumidor.BR 401O internauta Paulo Marques comentou sobre a duplicação da BR-401, que dá acesso ao Município de Bonfim. “Já deveria ter acontecido há muito tempo, no entanto, é necessário que seja também incluso o asfalto até o Município de Normandia. Já faz anos que nós, produtores, aguardamos com ansiedade o anúncio desta obra que nem se fala mais, pois parece que caiu no esquecimento”, protestou.