Bom dia!“Neutro é quem já se decidiu pelo mais forte” – Max WeberDESCONHECIDOEmbora o Governo do Estado negue, o sistema prisional está em alerta por causa de constantes fugas na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), as quais não são divulgadas para a imprensa. Conforme matéria da Folha, na semana passada, nos grupos de WhatsApp formados por agentes penitenciários, falou-se em pelo menos 10 fugas. Eles comentaram que há casos de foragidos daquele presídio que sequer chegaram ao conhecimento da administração. O negócio é cabuloso mesmo. ALERTAEm entrevista na quinta-feira passada à Folha, o coronel Amaro Júnior, do Comando de Polícia da Capital (CPC) da Polícia Militar, já alertava que a Pamc precisava de atenção especial. Houve o caso de um detento que fugiu da Pamc e depois foi para uma audiência no Fórum Sobral Pinto. Ele deveria ter chegado escoltado ao local, pois a Justiça o considerava réu preso. Como apareceu sozinho, sem qualquer escolta e algemas, o caso chamou a atenção das autoridades ali presentes. CONTAGEMOs fatos só têm vindo à tona quando há contagem de presos no final da tarde de cada dia, quando eles não respondem às chamadas verbais. Nas conversas entre os agentes, houve relatos de um dia em que foi sentida a falta de 13 detentos que não responderam às chamadas, ou seja, ninguém sabia explicar se fugiram ou estavam “escondidos” dentro do próprio presídio. Foi anunciada pelo governo a aquisição de identificador biométrico, mas sequer existe uma compra formalizada nesse sentido.  FLAGRANTEPara se ter uma noção do que está acontecendo por lá, o detento Leandro Eduardo da Silva foi preso em flagrante, no sábado, acusado de assalto, mas na delegacia descobriu-se que ele era para estar preso, porém, sequer foi dado como foragido. Conforme os agentes da Polícia Civil, a informação é que ele havia escapado do presídio dias antes e com mais dois detentos. Até aquele momento, o caso havia sido mantido em sigilo. E já foram recapturados cinco presos cujas fugas não foram informadas. Ontem 18 presos não responderam às chamadas. É mole?GASTOSDos 27 governos estaduais, 22 estão sob ameaça de enquadramento nas regras da Lei de Responsabilidade Fiscais para quem gasta demais com a folha de pagamento, ou seja, 49% da receita corrente líquida. A legislação requer medidas urgentes para reequilibrar as contas e quem não o fizer estará sujeito até a prisão, em caso de condenação judicial. O Estado de Roraima está nessa lista de alerta. A informação é do jornal paulista o Estadão. DESCONFORTOAté os primeiros quatro meses do ano passado, os estados gastavam menos de 44,1% da receita líquida com pessoal, estando abaixo dos três limites previstos na legislação: 49% da receita corrente líquida, 46,55% (limite prudencial) e 44,1% (em alerta). Atualmente, só há cinco governos nessa chamada “zona de conforto”: Rio de Janeiro, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rondônia. Os demais estão na lista de preocupação.PERDASDo ano passado para cá, houve desaceleração da economia, aumento do desemprego, redução do consumo e queda na arrecadação de impostos estaduais e de repasses federais. Dos 25 estados que já contabilizaram as receitas dos quatro primeiros meses de 2015, o total de 17 já registra perda de arrecadação, em termos reais, em comparação com o mesmo período do ano passado. São 17 estados que também ampliaram as despesas com servidores em ritmo superior ao da inflação e em 11 foi registrada a combinação de menos recursos e mais gastos.MEDIDASA Lei de Responsabilidade Fiscal dá prazo de dois quadrimestres para que sejam tomadas medidas que reequilibrem as contas quando um governante ultrapassa o teto de gastos com pessoal. Se não forem apresentados resultados, começa o arrocho em forma de punição: são suspensas as transferências voluntárias de recursos e ficam proibidas as operações de crédito, além de impedimentos de reajustes salariais, criação de cargos e qualquer outra alteração de estrutura que provoque aumento de despesas.SEM CRISESe há algo dando certo no Brasil são os bancos, que sequer são atingidos pelos ajustes fiscais, cortes de investimentos, inflação alta e contração da economia nacional. Apesar da queda do consumo e da restrição de crédito, as instituições bancárias têm registrado lucros recordes desde o ano passado. Em dezembro de 2014, os cinco maiores bancos do País (Santander, Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) obtiveram um lucro líquido (já livre de impostos e descontos) de R$ 60,3 bilhões, um crescimento de 18,5% na comparação com o ano anterior.RANKING 1Os números são de um estudo realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em parceria com a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT). O maior lucro líquido foi do Itaú Unibanco, de R$ 20,6 bilhões. O montante é 30,2% acima do registrado em 2013 além de o maior percentual de crescimento entre os bancos pesquisados. O Bradesco foi o segundo banco mais rentável, com lucro líquido de R$ 15,4 bilhões. O valor representa um crescimento de 25,9% em 12 meses e um recorde para a instituição.RANKING 2O Banco do Brasil aparece em terceiro lugar, com lucro de R$ 11,3 bilhões e alta de 9,6% comparado a 2013. A Caixa vem na quarta posição e atingiu R$ 7,1 bi e aumento de 5,5%. O Santander está na quinta posição, crescendo 1,8%, totalizando R$ 5,9 bilhões em 2014, ante 2013. Esses resultados, somados aos de bancos menores, corretoras e de outras instituições financeiras, fizeram com que o setor se tornasse um dos mais rentáveis da economia nacional e mundial