Trate o futuro com respeito – Dolane Patrícia*Já dizia Carlos Drummond de Andrade: “Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.” Aristóteles, por sua vez, admite que “a cultura é o melhor conforto para a velhice”.
Mas é Leonardo da Vince que, numa linguagem poética, traduz por meio de uma frase a importância do conhecimento, fazendo uma suave referencia a pessoa idosa: “O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã”,
O dia 15 de junho marcou o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. Esse fenômeno contra a pessoa idosa não pode ser visto e aceito como processo normal, natural. Precisamos nos indignar e combater posturas violentas, que geram violações de direitos humanos.
Aparecem em grande escala no ranking geral das chamadas recebidas pelo Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, as denúncias de maus tratos contra idosos, que são as que mais crescem no Brasil.
“O dia 15 de junho foi instituído em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa”. Esse texto foi publicado pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ que tem buscado a conscientização dos cidadãos quanto ao direito dos idosos.
O idoso não é um ser abstrato, eles precisam de cuidados e sobretudo de muita paciência, nada justifica a violência contra um idoso! É comum ler publicações onde aparece uma mãe cuidando de dez filhos, mostrando que esses mesmos dez filhos não conseguem cuidar de “uma” mãe.
A Bíblia, nos provérbios de Salomão, já trazia a preocupação com os idosos. Com trechos do tipo: “Não desampare sua mãe na velhice”. O abandono ao idoso também é uma espécie de violência. Por mais difícil que seja, porque muitos idosos passam a viver como “criança”, é necessário acolhê-los.
Mas, importa chamar a atenção para as atividades que poderiam ser desenvolvidas, como as aulas de dança de salão do Sesc, os cursos de aperfeiçoamento de culinária, dentre outras. É fato notório que os idosos com melhores condições financeiras, possuem meios mais fáceis de prolongar a saúde de suas faculdades físicas e mentais.A grande verdade é que os idosos esperam que a sociedade retribua a contribuição que foi dada durante muitos anos de sua existência.
Outro ponto que deve ser considerado é o incentivo à participação da pessoa idosa nas artes, na cultura e lazer. Em vez disso, muitos os trancam em suas residências, mantendo-os encarcerados, sem esperança para o futuro, como se não houvesse vida lá fora…
As pessoas precisam atentar para o fato de que os idosos não podem ser espancados, empurrados, ignorados. Algo que pode ajudar é incentivá-los a estudar. Existem idosos que passam em vestibulares após os 60 anos de idade. Isso porque “você tem a idade do seu coração, da sua alma, da sua esperança!” E esperança, assim como sonhos, de certa forma impulsiona a vida.
O site academiadeprofissões.com enumera alguns tipos de violência: A violência física: uso da força física para ferir, provocar dor, incapacidade ou morte ou para compelir o idoso a fazer o que não deseja.
Tem ainda a violência psicológica: agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar o idoso do convívio social.
Outra forma de violência contra o idoso, menos falada, mas que existe, é a violência sexual: atos ou jogos sexuais de caráter homo ou heterorrelacional que utilizam pessoas idosas visando obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças.
Parece incomum a prática, mas acontece em muitos lugares. Grande parte dos idosos que sofrem violências desse tipo, são vítimas de usuários de droga que residem na maioria das vezes em sua própria residência. Os cuidados que se deve dar ao idoso é bem semelhante ao que deve ser dada a uma criança.
Outro tipo muito mais comum de violência é a violência financeira e econômica, que nada mais é do que, a exploração imprópria, ilegal ou não, consentida dos bens financeiros e patrimoniais do idoso.
Nesse caso, entram aquelas pessoas que são responsáveis para retirar o dinheiro da aposentadoria do idoso para “cuidar das suas necessidades” mas acabam usando estes valores para seu próprio benefício.
Já a negligência, tem relação direta com a recusa ou omissão de cuidados devidos ao idoso, por parte de responsáveis familiares ou institucionais.
É comum a autonegligência, que é a conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança por meio da recusa de prover a si mesmo de cuidados necessários. Seja por baixa estima, seja por depressão.
Nesse sentido, a depressão vem a ser um grande vilão na vida do idoso, porque é nesse momento em que acontece a mais grave forma de violência: o abandono, que vem a ser a ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a um idoso que necessite de proteção.
Segundo o site gazetadopovo.com, apesar do crescimento nas denúncias, há quem questione a eficácia das políticas de proteção ao idoso. “Um senhor de 69 anos relata que buscou apoio do Ministério Público de Curitiba sucessivas vezes, após constatar que os irmãos maltratavam a mãe, de 93 anosa. Segundo ele, a denúncia tornou a vítima ainda mais vulnerável.”
“Fiz tudo com segredo de Justiça, porque minha mãe não queria ser exposta. A promotora passou para a assistência social, que veio conversar com ela. Meus irmãos descobriram e passaram a ameaçar mandá-la para um asilo, caso contasse algo”,
Nesse instante é importante trazer à tona a questão do disk denúncia. Em caso de tomar conhecimento que um idoso está sendo vítima de violência, é preciso discar 100. Além disso, buscar todas as formas de proteção e nunca, jamais, abandonar…
Tom Jobim, chama de idade da realização e retrata sua visão quando canta: É preciso sobreviver para atingir a idade da realização, para ser feliz. Não vale sair antes do jogo terminar.*Advogada, Juíza Arbitral, Personalidade Brasileira. @DolanePatricia—————————-Errei, sim – Afonso Rodrigues de Oliveira*“O homem que nunca fez um erro, nunca fará nenhuma outra coisa”. (Bernard Shaw)Não somos animais racionais, mas animais de origem racional. E tudo de que necessitamos é buscar a imunização racional. E como não somos capazes de buscar a imunização por conta própria, vivemos à mercê das orientações dos que nem mesmo são capazes de se orientarem. E por isso vamos cometendo erros vida afora. Ainda não somos capazes de acertar sem errar. E é aí que está a dificuldade em entendermos a simplicidade da racionalidade. E vamos errando vida afora. E fazemos isso há exatamente vinte e uma eternidades. E vivemos mais dos erros do que dos acertos. Ainda somos considerados, na mira da racionalidade, como os animais mais hediondos sobre a face da Terra. E já é um erro não acreditar nisso. Estou apostando que você adora coxa de frango. Mas não imagina quantos milhões de frangos são mortos todos os dias só pra você comer uma coxinha. Já tinha pensado nisso?
Não tenha medo nem vergonha de errar. A vergonha está em você não saber ou não querer aprender com os erros. E o maior erro é, por não querer aceitar o erro, ficar errando o tempo todo. E erramos quando ficamos presos ao erro; ficar perdendo seu tempo com o erro. Mesmo porque você nunca vai encontrar a solução para seu problema enquanto ficar pensando nele. É um erro pensar no erro. “Errar é humano, mas insistir no erro é estupidez”. Você já sabe que o Thomas Edson dizia que quando errava não errava, aprendia como não fazer, da próxima vez. É assim que aprendemos a acertar. Nossa evolução está no nosso raciocínio. E este está em nossos pensamentos.
Se você é uma pessoa muito importante diante da visão comum, cuidado. Os erros de acordo com a visão do mundo são maiores de acordo com a importância de quem o comete. E recentemente vivemos um dos maiores exemplos de erros incomensuráveis. Olha só a tolice que o Dunga fez no jogo contra o Peru. Como é que um técnico competente vai para um campeonato dessa envergadura, disputar com o Peru e não leva nem o Pato nem o Ganso? Nunca cometa um erro tão grande. E pra não errar, vamos falar sério. Quando cometer um erro, involuntariamente, não se aborreça. Sorria para sua tolice. Mas leve a sério o que fez. E uma vez considerado o erro, evite-o sempre. Ainda que venha a cometê-lo novamente, continue tolerante e aprendendo com cada escorregão.
“Somos o que pensamos”. E se somos, vamos aprimorar nossos pensamentos para que cometamos menos erros. Mesmo porque só deixaremos de errar quando formos realmente racionais. E ainda temos muito caminho a percorrer. Pense nisso.*[email protected] 99121-1460
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ESPAÇO DO LEITOR UERR 1Acadêmicos da Universidade Estadual de Roraima (UERR) enviaram o seguinte relato: “A Universidade Estadual vem falhando há quase quatro anos com os discentes, principalmente os dos cursos de Humanas. Os acadêmicos do curso de História estão aflitos com a não continuidade do curso. E os que possuem disciplinas pendentes, concluirão o curso num tempo muito maior de atraso que o esperado, pois não existe outra turma no Campus de Boa Vista para que possam pagar essas disciplinas. Os discentes estão sendo prejudicados, já que não podem migrar para outro curso”.UERR 2 Os alunos seguem o relato: “É necessária maior atenção, profissionalismo e ética para com a conclusão dos cursos que tiveram a suspensão do vestibular por algum motivo que não é informado. Com esta medida, centenas de alunos serão prejudicados. É importante que o corpo docente da instituição seja menos corporativista e pense mais no bem coletivo, ou seja, no bem do curso, deles e dos estudantes. Já sofremos inúmeros problemas com o desgaste da própria instituição que sequer oferece internet gratuita para os acadêmicos fazerem pesquisa”.PROTESTOO leitor Waldemar Castro enviou a seguinte reclamação: “Tenho acompanhado os problemas que a Escola Ayrton Senna está passando, mas é bom registrar que desde o ano de 2012, quando consegui uma vaga para meu filho, que esta situação de abandono do prédio é sabida pela equipe gestora do governo. Acredito ser legítimo o protesto dos alunos que, de uma hora para a outra, temem que a escola seja desativada. É legítimo o movimento e, na oportunidade, gostaria inclusive de convidar outros pais a participarem deste protesto”.NORMANDIAPais de alunos reclamam que a situação está insustentável na Escola Estadual Mariano Vieira no Município de Normandia. “Hoje não sabemos se os alunos terão aula em razão de um protesto que está sendo organizado pelos servidores da escola como forma de mostrar ao governo a situação precária da unidade escolar”, relatou um pai de aluno.