Bom dia! “Pode-se fazer política com o coração, mas só se pode governar com a cabeça” – António de Oliveira SalazarTEMPESTADEEstão fazendo uma tempestade em um copo d’água que a própria Assembleia Legislativa do Estado (ALE) ajudou a encher, no ainda governo Anchieta Júnior (PSDB). Membros da Comissão de Administração, Segurança e Serviços Públicos da ALE querem enquadrar a governadora Suely Campos (PP) e a delegada-geral da Polícia Civil, Haydée Magalhães, por suposto ato de improbidade administrativa. O motivo é o ato da governadora que formalizou a condição da delegada de ordenadora de despesa da instituição policial.MUDANÇAA Parabólica já tratou da questão por duas vezes. Na época de Anchieta, surgiu um movimento por parte dos delegados cobrando que a Polícia Civil tivesse autonomia, inclusive com pedido de demissão do secretário de Segurança. Eles conseguiram. No entanto, no apagar das luzes do governo Chico Rodrigues (PSB), os deputados aprovaram uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) retirando a autonomia da Polícia Civil e normatizando que ela é subordinada à Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).REGULAMENTAÇÃOO “porém” desta PEC é que não houve nenhuma regulamentação ou alteração da lei, ainda em vigor, além da mudança de um artigo da Constituição Estadual que não diz de que forma seria essa subordinação da Polícia Civil à Sesp. Isso significa que a Polícia Civil continua com autonomia para gerir seus próprios recursos. Legalmente, a instituição policial foi criada por lei e, por isso, todo o arcabouço jurídico permite autonomia administrativa e financeira da Polícia Civil.SEM SENTIDOA tempestade criada na ALE não tem sentido quando se observa que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros têm autonomia para gerir seus recursos, porém esse detalhe não é levado em conta na hora de analisar a questão da Polícia Civil. O que se vê é que a autonomia da Polícia Civil tem servido, também, de “cavalo de batalha” para atingir politicamente o governo Suley Campos. Sem contar que todo esse emaranhado foi criado nas administrações anteriores. E mais: a Lei Complementar 55/01 é bem clara ao permitir que a Polícia Civil mantenha essa autonomia.MUCAJAÍ 1As autoridades precisam ficar atentas ao que está ocorrendo no Município de Mucajaí, município que fica a cerca de 60 km de Boa Vista, trecho sul da BR-174. Os índios Yanomami têm fugido da falta de assistência de suas aldeias para perambular pelas ruas daquela cidade, onde buscam não apenas comida, mas também bebidas alcoólicas. Essa realidade tem incomodado os moradores por causa dos excessos provocados pela bebida.MUCAJAÍ 2Além das brigas entre os indígenas, a mendicância para conseguir dinheiro e comida tem ainda o preconceito de boa parte da população. Há quem defenda que os índios sejam praticamente enxotados dali para que nem acampem na cidade ou fiquem andando pelas ruas. Ontem, um produtor cultural ficou indignado ao presenciar uma patrulha da Guarda Municipal empurrando um grupo de indígenas para que saísse da Rua Padre Ricardo Silvestre, no bairro Sagrado Família, para que fossem para dentro do mato.MUCAJAÍ 3O problema é antigo e não há outra solução a não ser os órgãos indigenistas e entidades que dão assistência aos índios realizarem um trabalho para evitar que eles saiam de suas terras por falta de serviços básicos, como saúde e alimentação. Nos últimos anos, a população de Mucajaí tem reclamado e a Fundação Nacional do Índio (Funai) vai lá para transportar os índios de volta para suas terras. Porém, semanas depois, o problema se repete, já que as comunidades indígenas estão desassistidas.POLÍCIAAssim como ocorreu no arraial municipal Boa Vista Junina, que ocorreu na praça Fábio Paracat, as forças policiais têm sido elogiada pelas suas ações no Arraial Macuxi, que está sendo realizado pelo governo nas dependências do Parque Anauá. Com policiais atuando por todo o parque, inclusive com serviço de inteligência à paisana, no primeiro dia de evento não houve qualquer alteração ou ocorrência grave. No festejo municipal, a tranquilidade reinou soberana. CONFUSÃOEm relação a festas juninas, a única confusão que se tem registrado, até o momento, é protagonizada nas redes sociais, onde há uma injustificada disputa de lados políticos para mostrar que um arraial junino foi ou está sendo melhor do que o outro. Ao que parece, há grupos que são especialistas em criar factóides com a única finalidade de atingir seus adversários políticos em qualquer oportunidade.  EXEMPLONem mesmo as quadrilhas juninas, que disputam títulos e reconhecimento, fazem jogo baixo para desqualificar suas adversárias. Ali, sim, há um profissionalismo irretocável. Os quadrilheiros dão exemplo de organização e brilho, que deveriam ser copiados pelas autoridades em todos os níveis, uma vez que muitos eventos são feitos somente na base da improvisação, sem planejamento. NOVA SEDEO presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL) do Governo do Estado, Alceu Walter Rosa Júnior, afirmou que agora o órgão conseguiu instalar sua sede em um local novo, com acessibilidade e moderno, sem onerar mais os cofres públicos. Segundo ele, a estrutura anterior era insalubre, colocando em risco a saúde dos servidores e do público. “O novo local custa menos e gera menos gastos”, afirmou, acrescentando que o prédio anterior apresentava infiltrações, problema nas instalações elétricas e hidráulicas, o que exigiria um gasto muito alto para revitalizá-lo.