Microempreendedor Individual – MEI – Leocádio Vasconcelos*A legislação brasileira instituiu a figura do Microempreendedor Individual – MEI, como forma de trazer para a legalidade aqueles trabalhadores autônomos que até então trabalhavam à margem de toda a legislação tributária, previdenciária e trabalhista.
A partir da formalização do MEI, referidos trabalhadores, apesar de arcarem mensalmente com um recolhimento simbólico, passaram a receber todos os benefícios assegurados aos demais trabalhadores, notadamente os de natureza previdenciária. Porém, para que o MEI seja contemplado com o anunciado recolhimento simbólico, a lei lhe estabeleceu limites, principalmente quanto à sua receita bruta anual.
Conforme estabelecido no parágrafo 1º do artigo 18-A da Lei Complementar federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006 – lei que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte – considera-se MEI o empresário individual que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).
Trata-se, portanto, de um dispositivo legal voltado exclusivamente para os pequenos empreendedores. Ocorre que alguns empresários maiores, motivados pela espertice comum a quem alimenta o animus da sonegação de impostos, fazem uso da figura do MEI para fugirem do pagamento de tributos. Como funciona; usam várias pessoas físicas (os chamados laranjas), abrem inscrições de MEI em seus nomes e passam a operar como “procuradores” das mesmas, auferindo receitas elevadas e recolhendo os tributos de forma simbólica, como se MEI efetivamente fossem.
Aqui em Roraima a realidade não é diferente. A título de exemplo, existe em Boa Vista, açougue de médio porte registrado como MEI. Salta aos olhos de todos que tenham o mínimo de bom censo, que o faturamento anual de um açougue de médio porte jamais será inferior a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). Basta que ele venda dois bois por mês, para ultrapassar a receita mensal de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Trata-se, indubitavelmente, de um daqueles espertalhões que usam a boa fé de pessoas inocentes para sonegar impostos.
No entanto, não é uma manobra difícil de ser desbaratada; basta que a Secretaria da Fazenda e a Receita Federal apurem e tomem as providências.
Um açougue como MEI é algo que podemos chamar de AÇOUGUE PARAÍSO….
*Servidor público aposentado———————————-Somos todos da raça humana – Vera Sábio*Quando escrevo, imagino que as pessoas lerão. Porém, para que leiam, não é necessário serem brancas, negras, amarelas, crianças, jovens, idosos, pobres, ricos e mesmo cegos ou “enxergantes”.
É simplesmente preciso que estejam alfabetizadas e compreendam o que está escrito; ou, no caso dos cegos, que tenham um ledor de tela ou um texto acessível ao seu contato tátil ou auditivo para que e entenda o que está sendo transmitido.
Todavia, quero dizer, com isto, que não são os olhos, os braços, a cor da pele e a classe social que nos descrevem como leitores. Da mesma maneira, somente a característica de animal irracional e seres extraterrestres pode identificar alguém como não sendo da raça humana.
Porém, da mesma forma que ninguém nasce sabendo ler, não há alguém que nasça com preconceito e ar de superioridade em relação ao próximo. Pois, se alguém não se sente próximo do outro, embora as características físicas, mentais, sensoriais e sentimentais sejam bem parecidas, ainda temos a dependência, no fundo, mesmo que não nos demos conta disto. No entanto, o outro é próximo, e em tudo, dependemos uns dos outros.
Somente esta conscientização do quanto somos interligados irá, com muita boa vontade, quebrar paradigmas e valorizar o outro, tirar este estereótipo de que a cor da pele interfere na condição real da raça humana.
Por causa desta valorização e desvalorização da cor, como característica necessária para maior ou menor respeito, admiração, poder, inteligência e tantos outros requisitos que nada dependem do que os olhos enxergam, e sim do que a personalidade, caráter e outros valores internos possuem, os quais não têm cor e não podem ser identificados pelos olhos.
Isso me faz pensar no quanto seria bom se, por momentos, todos fôssemos cegos, para que retirassem o preconceito impregnado aos negros, que os condicionaram com a propagação de gerações em gerações, as quais pregaram constantemente que a cor de suas peles eram feias, inferiores e deveriam submeter-se aos que tivessem a cor mais clara do que as suas.
Que os brancos adultos fossem cegos, para que nunca olhassem os amigos dos filhos que são de cores diferentes que as suas como condição de desprezos, aproximando de todos sem nenhum preconceito provenientes da cor, etnia e outras características, que os olhos olhariam com desdém.
Que os jovens e crianças fossem cegos para que a união e amizade nunca se desfizessem ou deixassem de acontecer, porque sabiam pelos conselhos familiares quais as pessoas deveriam ou não se aproximar. Desta maneira, o preconceito nunca surgiria.
Sei que isto é só uma utopia e não precisam se preocupar, não é praga de cego. Ma só teremos condições de lutar contra este terrível preconceito racial, quando a empatia nos identificarem como sendo todos da mesma raça humana e, desta forma, merecemos todos as mesmas oportunidades, o mesmo direito e a mesma valorização. Independentes da nossa cor ou quaisquer características externa que não seja formadora do nosso caráter.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/[email protected].: 991687731——————————–A farsa do Facebook – Tom Coelho*“É mais fácil enganar uma multidão do que um homem.”(Heródoto)Vou pontuar desde o início: este artigo é direcionado a todos que investem no Facebook como instrumento de marketing digital. Esta mídia social, e muitas outras, são canais incríveis para cultivar relacionamentos. Desde os tempos do falecido Orkut, tive a oportunidade de resgatar amizades perdidas ao longo dos anos graças a estas redes sociais.
Com mais de 1 bilhão de usuários ativos no mundo, é natural que se procure gerar e potencializar negócios através do Facebook. Assim, empresas passaram a utilizar o chamado Face Ads, destinando uma verba mensal para promover seus “posts”, buscando aumentar o número de “seguidores” e de “curtidas”. A pergunta é: “Qual a efetividade desta estratégia?”.
Vamos aos fatos. Primeiro, não importa quantos seguidores você tenha, o alcance chamado “orgânico”, ou seja, sem ônus, de qualquer mensagem postada, tem sido cada vez mais irrisório. Então, você opta por investir na publicação, deparando-se com números de alcance estonteantes – e falsos. Vou apresentar alguns dados estatísticos para respaldar minha tese.
Analisei apenas os últimos 10 posts patrocinados em minha página. O valor médio investido foi de R$17,32. O alcance médio de cada um foi de 14.639 pessoas. Então, você pode concluir que é um ótimo número, ou seja, gastar menos de vinte reais para atingir quase 15 mil pessoas, correto? Ledo engano, pois apenas 16 pessoas foram, de fato, impactadas na média, o que representa uma taxa de retorno de apenas 0,11% e um custo médio, por pessoa, de R$ 1,10.
Esta análise é possível porque todos os posts continham link para acesso através do qual o internauta poderia baixar um e-book, participar de um congresso virtual ou de eventos presenciais, tudo gratuitamente. Portanto, note o seguinte: eu não estava vendendo nada, não estava fazendo qualquer apelo comercial. O propósito de cada mensagem era compartilhar conhecimento ou entregar um benefício, sem qualquer ônus.
Os defensores deste instrumento poderão argumentar que R$ 1,10 por pessoa continua sendo um investimento mínimo. Porém, note que o fato de uma pessoa ter clicado no link não significa, evidentemente, que uma vez na página para a qual foi remetida, ela venha a consolidar o interesse naquele produto ou serviço.
Por fim, ressalto que tenho utilizado filtros na definição do perfil do público, segmentando-o com base em palavras-chaves específicas. Em um destes casos, em um post direcionado a profissionais de RH, o alcance atingiu 19 mil pessoas (lindo!), porém com apenas 12 míseros cliques, ao custo de R$ 3,93 cada!
Pessoalmente, tomei a decisão de não mais investir no Face Ads. Sinto-me ludibriado e lamento por quem se ilude com os números apresentados. Isso não significa que esta mídia não possa trazer resultados. É claro que pode, desde que se coloque um caminhão de dinheiro. Mas grandes investimentos geram resultados de qualquer forma, em qualquer iniciativa de marketing.
*Educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros
E-mail: [email protected]: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br————————————–Pare de falar e diga o que eu quero ouvir – Afonso Rodeigues de Oliveira*“Tudo que se faz por amor adquire formosura e se engrandece”. (Balaguer)Às sextas-feiras, adoro preparar um papo para o sábado, com você, garota. Mas confesso que, na maioria das vezes, fica difícil pra dedéu. Ontem, então, foi de amargar. A vida pra mim não anda tão simples assim. O que já é um motivo pra desestimular. Aí ligaram o televisor e assistimos a uma reportagem sobre as dificuldades no município de Normandia. Até aí, tudo bem. Nada diferente nas dificuldades municipais roraimenses. Mas o que mais irrita é a fala das autoridades na tentativa de justificar as deficiências. Meu Deus…
Chega a ser patético. Sentei-me ao computador e fiquei batendo com a testa na tela, tentando buscar assunto. Aí veio a reportagem do encanto paradisíaco numa ilha encantadora. Respirei.
Faz um tempão que estou me preparando para ir morar na Ilha Comprida, no litoral paulista. É uma ilha atípica, com setenta e quatro quilômetros de comprimento e quatro quilômetros de largura. Mar aberto e água calma. Passo as noites e dias sonhando. Mas, quando acordo, ta tudo diferente. Aí fico caminhando na praia nada reta, das ruas descuidadas de Boa Vista. Mas qualquer dia desses, e não falta muito, estarei lhe mandando um recado lá da beira do mar. Também curtindo as sextas-feiras.
Não fica tão difícil assim fazer o que fazemos quando fazemos com amor. Tudo que fazemos com amor tem mais valor. Você sabe disso. Então procuremos fazer tudo com amor e dedicação. É gostoso pra dedéu. Procure viver intensamente seu fim de semana. Mas, viver intensamente não é viver desordenadamente nos divertimentos e aparentes prazeres. O prazer se completa com amor. Cervantes já disse que “Não há jardins sem flores nem coração sem amor”. E tenho certeza que o seu coração é um jardim de amor. Viva-o com intensidade. Uma reflexão sobre você mesma vai lhe fazer muito bem no que você realmente é. Ame, cante, dance e seja feliz. Só quando somos felizes podemos fazer as outras pessoas felizes.
Evite aborrecimentos. Quando somos capazes não nos deixamos levar por aborrecimentos. E quando não lhes damos corda eles caem fora. Mire-se no que você é e você será melhor do que é. Você é um ser humano. E como tal, vive um processo evolutivo. Isso indica que cada minuto de sua vida é uma eternidade na sua evolução. Logo, não o desperdice. Viva-o intensamente. Lembre-se de que no mundo racional, de onde você veio, não há unidade de tempo. O tempo que você vive é terreno e tanto pode ser aproveitado quanto desperdiçado. Tudo vai depender de sua capacidade de ser. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460———————————-
ESPAÇO DO LEITORINTERNET 1Moradores de Rorainópolis enviaram a seguinte reclamação: “Faz mais de dois meses que tentamos resolver com a empresa OI, que disponibiliza o serviço de internet no Município de Rorainópolis, para que resolva a nossa situação em relação ao serviço contratado. Pagamos por cinco megas, conforme o contrato, mas tem dias que nem uma foto conseguimos baixar, sem contar a interrupção dos serviços da telefônica fixa”.INTERNET 2A internauta Cristiane Lourenço relata que no bairro Cidade Satélite, zona Oeste da Capital, os moradores não contam com acesso à internet contratada junto à operadora TIM. “A rede 4G não funciona e a coisa mais rara é a internet 3G estar operante, já que vive oscilando. O interessante é que outras operadoras, como a Claro e a Vivo, funcionam normalmente. Somente a TIM, apresenta esta falha na transmissão de dados”, reclamou.SALÁRIOSServidores do Município de Uiramutã comentaram que estão com os salários atrasados, já chegando para o segundo mês, mas a Prefeitura não dá justificativas. “Além do atraso, já sofremos dificuldades na hora do saque, pois o posto de pagamento do Bradesco nunca está operante, obrigando, todos os meses, o nosso deslocamento até Boa Vista para realizar o saque. Mesmo comunicando este fato ao prefeito, nada foi feito durante sua gestão para reverter estes problemas”, relatou um servidor.VIROSEPais que encaminharam seus filhos para atendimento no Hospital da Criança Santo Antonio denunciaram que a direção daquela unidade, nesta sexta-feira, mandou que eles buscassem atendimento em um posto médico mais próximo de suas casas. “O interessante é que no posto médico já nos direcionaram para o hospital, uma vez que as crianças precisavam ser medicadas com urgência, pois muitas estavam com vômito e diarréia. Ficamos realmente sem entender esta atitude da direção do hospital”, protestou um dos pais.