Opinião

Opiniao 17 07 2015 1219

E a educação, vai bem? – Fábio Gama da Silva*O ensino público brasileiro perpassa por umas séries de mudanças que genericamente acabam sendo encobertas de confetes e serpentinas das falácias e feitos históricos de muitos políticos e gestores. Já pararam para olhar o quanto o nível educacional do nosso país caiu? Pois é, não quero e nem vou mencionar números aqui, já que não é minha intenção gerar dados estatísticos, afinal de contas, disso o “sistema” se encarrega muito bem.  Concordamos e convenhamos de que essas mudanças são decorrentes dentre muitas causas e uma delas que podemos ressaltar, seja a falta de aplicação correta dos recursos direcionados para tal função, a Educação.

São os grandes desfalques aos cofres públicos divulgados quase diariamente pela mídia nacional atingindo em cheio os recursos que poderiam está disponíveis para investir na educação dos cidadãos que passam quase a metade do ano trabalhando para pagar tudo aquilo que é inserido de impostos nos produtos colocados à venda para uma pessoa sobreviver dignamente na sociedade, ou seja, nós precisamos estar em dias com os nossos deveres diante a gestão pública. E a gestão pública quanto a essa função também não deveria agir da mesma forma? Direitos e deveres iguais a todos. Assim, diz a Constituição Brasileira, se não mudou ainda. Espero que não! Haja vista, as muitas reformas políticas em debates na Câmara Federal e no Congresso Nacional.

Esses fatos ocasionam déficit educacionais que aparentemente não são percebidos pela maquiagem numérica sugerida pelo “sistema” que sobrepõe todo o processo didático-pedagógico que é evidenciado pelo dia-a-dia do profissional educador. Os professores e alunos sabem muito bem a falta que faz um recurso a menos em sua escola, em sua sala de aula, pois se já não bastassem as adversidades que se tem que enfrentar dia após dia com a diversidade cultural, linguística, dialética, religiosa, moral e econômica um tanto diferenciada num espaço físico até suportável se este obedecesse em sua totalidade o número e as condições favoráveis à uma socialização do ensino-aprendizagem.    

Como já ouvimos dizer, “hoje já não se fazem professores como antigamente”. Fico imaginando essa pessoa se pondo no lugar deste profissional, e falo isso por experiência própria, já vivenciei numa sala de “escola padrão”, numa turma de adolescentes entre 14 e 17 anos, em horário vespertino onde o sol batia na janela da sala, onde no espaço entre as cadeiras dos alunos conseguia-se passar apenas de forma lateral; apenas dois dos quatro ventiladores funcionavam e a mesa do professor continha apenas três pernas, não por ser triangular, mas por uma estar quebrada. E a cadeira?  Essa nem se fala. Sentava-se na mesma que era disponibilizada aos alunos onde o braço desta impedia a aproximação à mesa. Isso se não quisesse ficar o tempo todo em pé. Como manter o domínio da turma nessa hora? Bom, não me lembro de terem me preparado para este momento em sala de aula quando estava na licenciatura.

Pois, com tudo isso, os educadores ainda estão empenhados em mudar a situação da educação brasileira. Valores éticos e morais que permeiam o princípio básico desta habilidade norteadora que é ensinar, educar se elevam em níveis acima do que se tem disponível como ferramentas metodológicas, ou até mesmo, dos próprios recursos materiais.

Portanto, existe um esforço contínuo que em alguns pontos do caminho profissional que está sendo construída a aprendizagem, este necessite ser refeito para a entrada de novas alternativas que vise uma ideia mais humanista e menos tecnicista com um novo olhar às novas metodologias e saberes desenvolvidos de uma forma mais interativa, abordando assim, em conjunto a teoria e prática.  

Colocando de uma forma mais direta, a avaliação dita desta última geração se expressa muito como juízes de causa pelo seu autoritarismo que por vezes intimida a eficaz e correta avaliação da aprendizagem. Nossas escolas estão tão aglomeradas de conteúdos que o ensino em si não é priorizado em suma. Ensino esse que necessita acompanhar o processo dessa aprendizagem, o que realmente interessa, e não apenas o resultado final que se espera. O professor ensina o que pede o currículo escolar e o aluno absorve este de maneira superficial para uma posterior avaliação.

Daí eu me remeto a perguntar diretamente sem demagogia, como conseguiremos desenvolver um país, se o foco não estiver na educação do seu povo? Qual o desenvolvimento que se espera obter se não temos cidadãos capacitados intelectualmente no mercado de trabalho que não sejam meramente reprodutores de opiniões? Não me interpretem mal, pois não estou generalizando a situação. O povo sofre por não ter conhecimento, e isso, faz dos oportunistas a sua escada de sucesso. Quando uma sociedade se abstém de seu maior bem, a liberdade, torna-se prisioneira de sua própria escolha se levarmos em conta que o conhecimento o liberta.

*Mestrando em Ensino de Ciências – UERR———————————————-Faz parte da política – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Não é a política que faz o candidato virar ladrão, é o seu voto que faz o ladrão virar político”.Alguém também já disse que “Todo povo tem o governo que merece”. Pense nisso e procure ver o que você pode fazer para mudar o cenário. Fácil pra dedéu. É uma questão de civilidade, racionalidade e, sobretudo, dignidade. Quando você vota num candidato que já foi condenado ou simplesmente apontado, anteriormente, como corrupto ou coisa assim, você não está merecendo respeito por não estar respeitando a sociedade da qual você faz parte. E quando não respeitamos não somos respeitados. Não adianta você ir para as ruas gritar e bagunçar. Corrija seu erro no silêncio da urna. Mas faça isso conscientemente. Um povo educado e civilizado sabe do poder que tem na direção pública do governo em todas as esferas. E pelo que vemos, o que nos falta é educação para a cidadania.

Recentemente ouvimos, na mídia nacional, a apresentação de propostas no Congresso Nacional, para a criação do voto facultativo. Confesso que fiquei meio assustado com a proposta. Primeiro porque sabia que ela não seria aprovada, segundo pelo perigo na aprovação. E olha que o que mais me revolta é ainda sermos tão desinformados a ponto de pensar que somos uma democracia, com a obrigatoriedade do voto. Coisa exclusiva de povos subdesenvolvidos. Mas a verdade é que ainda não estamos preparados para o voto facultativo. Ainda não fomos educados para isso. E isso precisa de formação na educação política. Você já perguntou a seu candidato se ele pensa nisso? Ou se ele está preparado para incrementar a liberdade do voto, ou se prefere a obrigatoriedade? Pergunte.      A verdade é que pouquíssimos políticos estão preparados para encarar uma política realmente democrática. A esmagadora maioria prefere continuar na política expressada pelo Gaston Bouthoul: “Reconhece-se um país subdesenvolvido pelo fato de nele ser a política a maior fonte de riqueza”. Enquanto alimentarmos essa política suja, continuaremos como simples títeres de titeriteiros espertos. Aí, quando você vai pra rua protestar contra os desmandos, está ignorando a fala do delegado lá de São Miguel Paulista, em Sampa. Nos anos dos cinquenta ele me disse: – Afonso… não existiria vigaristas se não houvesse os otários.

E o que é que somos enquanto elegermos políticos desonestos e corruptos? Eles são os vigaristas, e nós o que somos? Vamos nos preparar para a liberdade do voto? Vamos trabalhar para melhorar a qualidade da nossa educação para melhorarmos nossa política. E só quando educados seremos livres e democratas. Pense nisso.

*[email protected]    99121-1460———————————————ESPAÇO DO LEITORINSSAposentados enviaram a seguinte denúncia sobre o atendimento no INSS: “Há pelos menos dois dias, o atendimento na agência central do INSS tem apresentado um atendimento lento e quase sempre as solicitações não são resolvidas no mesmo dia. Tive que me deslocar do Município de Alto Alegre para ser atendido e, na hora do atendimento, fui informado que o sistema está lento e as solicitações seriam atendidas um dia depois. E quem não tem parente na Capital, como fica?”.LAGOASobre a reclamação de moradores da rua Francisco Custódio de Andrade, a leitora Nilda Mendes relatou: “O que nos deixa mais estarrecidos é o fato de a Prefeitura sempre ter conhecimento da situação desta rua, mas somente agora diz que ainda vai fazer visita técnica. Pelo visto, estamos fadados a conviver com o problema por mais algumas décadas, já que, até a equipe emitir o laudo e as obras de reestruturação deste local acontecerem, vai demorar e muito”.ANIMAISO internauta Gilberto Torres comentou que estão acontecendo, com frequência, acidentes envolvendo motociclistas que atropelam animais que ficam perambulando pelas ruas. “As pessoas simplesmente soltam os animais e, com isso, eles ficam nas ruas, partindo para cima dos motoqueiros, como aconteceu com meu sobrinho, que ao atravessar a avenida foi surpreendido por um cachorro. Ao desequilibrar-se da moto, teve uma fratura no ombro esquerdo”, relatou.FRONTEIRASobre a presença de foragidos de Roraima na Venezuela, o internauta Márcio Cavalcante opinou que só existiria uma forma de impedir a entrada desses elementos na Venezuela: parceria das polícias e disponibilização de uma lista de nomes de foragidos, com foto, para deixar na Aduana de entrada de Santa Elena de Uairén. “Acredito que esta ação de integração importante não teria nenhuma objeção do país vizinho. Muito pelo contrário! Seria até uma forma de resguardar a população da Venezuela”, frisou.