Opinião

Opiniao 18 07 2015 1223

Sonhar – Katiane de Souza*Sonhar nunca é demais, ainda mais quando se luta para que o mesmo aconteça. Vimos e passamos a conhecer vários tipos de pessoas com diversos sonhos que, para alguns conhecidos, é um sonho “impossível” e “inalcançável”.

Se baixarmos a cabeça e dermos créditos àqueles que poderiam ser nossos exemplos e nossos incentivadores, mas que sempre nos puxam para baixo, seríamos cada vez mais infelizes e nos sentiríamos “burros”. Acreditar em ter sua casa própria ou se formar em medicina -para quem é de baixa renda – não é um sonho intangível ou impossível, pois só não alcançamos nossas metas e objetivos se NÃO QUISERMOS.

Cada um de nós possui uma habilidade, uma atitude e/ou um conhecimento em uma determinada área ou serviço. Quando era aluna de escola pública, tinha como maior sonho estudar na Universidade Federal. Lembro-me que me diziam que não conseguiria passar realizando o PI (Prova Integral). Mesmo com as críticas, acreditei e confiei em mim.

Sai de onde trabalhava e dediquei-me só nos estudos, fazendo pré-vestibular e me importando cada vez mais nas aulas, estudei e passei. Hoje não estudo lá porque optei em cursar em outra instituição de ensino superior. Mas, digo a você, caro leitor, seja lá você negro, branco, pardo, pobre, índio e entre outros, não desista e não pense que és incapaz. Não diga que jamais conseguirá, não dá, que não consegue, porque consegue SIM, o improvável e o impossível sempre permanecerão naqueles que possuem uma baixa autoestima e uma baixa autoconfiança. É preciso deixar de lado aqueles que querem pô-lo para baixo.

Como leitora e amante de uma boa literatura e mais, também, como defensora da autoestimulação para a leitura, vejo que se cada pessoa tivesse mais interesse em explorar, buscar e pesquisar sobre assuntos, que atualmente nos diz muito respeito e fizéssemos artigos e redações, teríamos mais pessoas expondo seus sensos críticos certamente melhoraríamos nossa sociedade.

O que precisamos são de pessoas espontâneas, repletas de criatividade, de coragem, de dedicação. Precisamos de pessoas sonhadoras e que tenham forças e garras para alcançar suas metas e seus objetivos. De existem pessoas assim, realmente há, mas são poucas. Precisamos de mais indivíduos assim.

Sonhar em uma sociedade melhor e mais humana não é questão de loucura tampouco um fanatismo. Ter a certeza de que aqueles que vêm lá de baixo, do simples, do humilde, mas que por sua vez possuem interesses em ser um médico(a), advogado(a), psicólogo(a), juiz(a), gestor(a) e entre outras áreas, e lutar para que isso aconteça, eles ou elas mostram-se fortes e já são vencedores(as). Cada um alcança aquilo que mais almeja e sem cessar batalham para que se concretizem.

*Acadêmica de Graduação Tecnológica de Gestão de Recursos Humanos da Faculdade Estácio Atual da Amazônia—————————————-Temos o Estatuto da Pessoa com Deficiência. e aí? – Vera Sábio*Será que o Brasil não vai bem porque falta alguma lei? Temos a Constituição Federal, há diversos estatutos como do idoso, da criança e agora da pessoa com deficiência. Há também a Convenção da Pessoa com Deficiência, os conselhos estaduais e federais, os ministérios e as secretarias dos direitos humanos e inúmeros outras.

Isso tudo para mostrar um trabalho inexistente, já que não existe uma punição efetiva e rápida a quem não cumprir quaisquer leis, a menos que quem descumpra, seja alguém sem nenhum vínculo com esses poderes constituídos. Afinal, em toda regra, sempre há uma exceção.

Os poderes legislativos responsáveis por formarem as leis jamais farão uma armadilha, na qual poderão se tornarem a primeira vitima a serem pegos por ela.  Assim, o conjunto de leis é regido pelos integrantes que compõem a parte mais favorecida, pois as brechas que os punirão, são disfarçadas entre cargos de parentes e outros favores, de um ministério ou local para outro, formando uma cadeia sem fim.

A Constituição, nossa lei maior, relata que devemos tratar os iguais como iguais e os diferentes como diferentes. Também Boaventura de Sousa Santos diz que: “Que sejamos iguais quando a diferença nos inferiorize e diferentes quando a igualdade nos descaracterize”. Mas mesmo assim, foram vedados alguns artigos da nova lei ou estatuto da pessoa com deficiência, sem se quer obedecerem à Convenção da ONU em prol da pessoa com deficiência, a qual reza que “nada seja feito por nós (deficientes) sem nossa participação”.

Sei que é praticamente impossível entrarmos em um bom senso, em um acordo em que todos aceitem e queiram as mesmas normas. No entanto, para isto existem associações e organizações representativas que por meio de votações precisam manifestar a vontade da maioria. Todavia, o preconceito em relação à incapacidade completa das pessoas com deficiência, continua prevalecendo, no instante em que esses movimentos não são valorizados e se quer foram consultados.

Relato aqui não somente a minha vontade, mas a vontade e indignação de muitas pessoas com deficiência, que mais do que cotas, privilégios e inúmeras leis desejam a equiparação de oportunidades, um ensino acessível e digno em que possamos realmente aprender. Desejamos a valorização e adequação das capacitações, onde profissionais e equipamentos adequados sejam disponíveis para nosso preparo para o mundo do trabalho. Precisamos que valorizem nossas aptidões e nos ofereçam oportunidades de demonstrarmos nossa capacidade de adequação e convívio social.

Um exemplo é quando há uma vaga de emprego para pessoas com deficiência em uma empresa, onde o empresário é obrigado a colocar alguém com deficiência para que sua empresa não sofra multas. Estando no momento da entrevista uma pessoa cega total, porém com um curriculum ótimo, e outra pessoa que é cega de um olho e enxerga bem do outro, mas sem muita instrução. Por vezes, o empregador nem analisa ou submete o cego a um tempo de experiência para verificar suas aptidões. Simplesmente o descarta, pois seu preconceito reconhece ser mais capaz o que enxerga de um olho.

A lei existe, foi cumprida, porém no que resolveu para aquele mais discriminado e com uma deficiência severa? Cadê a equiparação de oportunidades? A valorização pelo que a pessoa é capaz, enxergando o outro como um ser humano capaz e apto, e não somente olhando sua limitação?

No Brasil, há leis para tudo, no entanto, impunidade para muitos, e esta situação é prejudicial e revoltante a qualquer cidadão de bem, independente dele possuir ou não uma deficiência.

*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/[email protected].: 99168-7731——————————————

O dinheiro e a fome – Rubens Marchioni*A necessidade de garantir a sobrevivência biológica, essa força que ninguém pode vencer, desloca pessoas para aventuras, cujo risco nem sempre é calculado. Elas partem em busca de respostas práticas e imediatas para a exigência vital. Por outro lado, movida por uma ideologia que prega a acumulação acima dos valores humanos, a empresa do ramo alimentício XPTO – nome fictício -, instalada no Reino Unido, reúne pessoas em situação econômica e profissional precária. Quando se aglomeram, o vozerio dessa gente, em busca do pão de todo santo dia, lembra a agitação de uma manada de búfalos acuada por um bando faminto de leões cheios de fúria e determinação.

Em geral, são jovens e adultos, homens e mulheres. Um contingente originário, sobretudo de diferentes partes da Europa e Ásia. Peregrinos em busca incerta pelos meios de manter a vida e alguma dignidade. Uma vez tendo tomado posse dessa força de trabalho, a empresa as amontoa em seus pavilhões, a que insiste em chamar “Unidades”. O que acontece ali é uma forma de escravidão atualizada para o século 21. Todos os passos, todos os gestos são rigorosamente controlados não pelo chicote, que é coisa ultrapassada, mas por computadores e câmeras de última geração. Sempre seguidos de gritos que não incentivam nem estimulam, apenas amedrontam. Seriam gerentes, não fosse pela perfeição com que interpretam o papel de feitores.  

Necessidades fisiológicas? Elas podem ter de esperar até 40 longos minutos, tempo em que a autorização pode ser, enfim, concedida. Tomar remédios de rotina? Não pode. Escovar os dentes após a refeição relâmpago? Também não pode. Quanto a respirar, até onde se sabe, não foi divulgada nenhuma nota desautorizando. No entanto, comenta-se que já existe alguma coisa no ar a esse respeito. A companhia deseja controlar tal luxo injustificado.

Na maioria dos casos, esses quase indigentes não dispõem dos conhecimentos e habilidades indispensáveis para o desempenho das suas funções, segundo padrões mínimos de qualidade. Não recebem treinamento. Não sabem o que é, nem como e para que se faz isso ou aquilo. Apenas são incumbidos de fazer tão bem e rapidamente como se tivessem nascido sabendo. Isso sem contar que a velocidade é determinada pela máquina. Trata-se de esteiras apressadas com a pressa do empresário, desejoso de produzir o máximo no mínimo de tempo e pelo menor custo possível.

Quando a ganância se casa com a necessidade vivida por pessoas em situação de quase indigência o resultado é previsível. Afinal, elas estão dispostas a qualquer aventura para garantir a sobrevivência biológica pessoal e da família. Assim, não é de se estranhar que o poder do capital cresça visivelmente e amplie ainda mais a sua força para dominar essa horda de necessitados.

*Publicitário, jornalista e escritor; colunista da revista espanhola Brazilcomz, da canadense BrasilNews e da americana BrasilUsa Orlando [email protected] – http://rubensmarchioni.wordpress.com———————————————Valorize a amizade – Afonso Rodrigues de Oliveira*“É o destino que nos dá a nossa família, mas somos nós que escolhemos nossos amigos. Isso mostra que a amizade vale mais do que todos os laços de sangue”. (Aristóteles)Cultive suas amizades, começando pelos seus vizinhos. Eles são uma família sobressalente que você tem. Você pode até nunca reorrer a eles, mas tem certeza de que se necessitar será atendido. Por isso, não abuse nem os desprese. Nunca se julgue supeiror nem inferior a seu vizinho. Ele é uma amizada que deve ser cultivada, mantida e respeitada. Lembra-se da fala o Emerson? “Você é tão rico ou tão pobre quanto o seu vizinho; senão não seria vizinho dele”. Seu amigo faz parte da sua família, mesmo que não pertença a ela. E o respeito é o maior sustentáculo dessa construção. Nada mais agradável do que um encontro com um amigo. Um abraço ou um simples aperto de mãos; um papo coloquial, notícias e risos.

Os amigos são a extensão da família. Um elo que não se deve quebrar. Quando amamos nossos filhos sabemos amar e respeitar nossos amigos. Em ambos universos há momentos agradáveis e dessagradáveis. E a imensidão do amor agregado à amizade e à família, anula os dissabores. Gibran Khalil também disse: “Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles vêm através de vós, e não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem”. E não é difícil entender que o amor que temos por nossos filhos tem a mesma característica da amizade que temos por nossos amigos. Logo, nada mais racional do que preservar as amizades como um laço de amor, mesmo que não seja de sangue. Ame seus amigos para que eles o respeitem. Porque é no respeito que as amizades se consolidam.

Amizade e respeito sempre andaram de mãos dadas. Podemos, e devemos, cultivar o respeito a qualquer custo. Quando desrespeitamos quem nos desrespeita estamos nos nivelando a ele. E a dificuldade encontrada pelos que não se atentam para a importância do respeito está em confundir respeito com familiaridade. E não se familiarizar é manter o respeito, mantendo a distância necessária para evitar, repeitosamente, a familiaridade. E uma das condições indispensáveis é saber que somos todos iguais nas diferenças. Mantenha as diferenças à distância, respeitando a igualdade. E esta consiste no entendimento à nossa origem racional. Viemos todos de um mesmo universo, independentemente das nossas condições neste universo onde chegamos e ficamos. Respeitando-se isso, respeitamo-nos no que somos, e isso nos leva ao círculo da amizade pura limpa e perfeita. Só quando amamos somos amados. Pense nisso.

*[email protected]    99121-1460————————————-ESPAÇO DO LEITORÁGUAO leitor João Leandro fez a seguinte denúncia: “Nós, moradores da Vila Martins Pereira, em Rorainópolis, estamos há exatamente 10 dias sem água. Para lavar as louças, tomar banho e cozinhar os alimentos temos que comprar água em poços da região. As informações repassadas pelos funcionários da Caer é a de sempre: problemas na bomba – e não informam mais nada. Nunca chegamos a uma situação dessa”.TRANSPORTEMoradores da Vila do Apiaú, em Mucajaí, reclamam que os veículos que realizam o transporte escolar daquela localidade não apresentam condições seguras para os alunos. “São carros circulando sem cinto de segurança, sem iluminação e sem faixas de identificação de que estão a serviço. Se for feita uma fiscalização, com certeza estariam reprovados. Por conta dessa situação, já tivemos inúmeros acidentes e no mais recente, infelizmente, uma das crianças faleceu”, relatou um pai de aluno.EXPLORAÇÃO 1O leitor Rodrigo Colares comentou: “Segundo a CNBB, o tráfico internacional de pessoas, em especial de mulheres, é pior que a época da escravidão no Brasil, pois muitas vezes as vítimas são humilhadas. Correta a atitude da Polícia Federal. Sou a favor de uma fiscalização ostensiva nas casas de prostituição e as de fachada (mais difíceis de serem localizadas), mesmo porque, em nosso país, prostituição não é crime. O que configura o delito é a exploração dessa conduta, rufianismo (prática do cafetão) e o tráfico de pessoas”.EXPLORAÇÃO 2Sobre o mesmo assunto, a internauta Carmem Pinho afirmou que, da mesma forma que foi realizada a operação na Capital, caberia uma visita à cidade de Santa Elena, na Venezuela. “Segundo relatos, ali existem brasileiras que também se prostituem e, ao que parece, são obrigadas a pagarem alimentação, moradia e  vivem no país em condições precárias. Não custa nada uma investigação para coibir essa exploração”, escreveu.