Opinião

Opiniao 23 07 2015 1242

Evidências da Plenitude do Espírito Santo – Antonio de Souza Matos*Plenitude do Espírito é uma condição espiritual que consiste no completo domínio do Espírito Santo sobre nossas vidas.  Conforme a Bíblia, essa experiência não deve ser um privilégio de poucos, mas uma realidade desfrutada por todos os que estão em Cristo: “[…] enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18b). Como saber, porém, se estamos sob o pleno domínio do Espírito? A Palavra de Deus, em Efésios 5:18-21, nos apresenta cinco evidências.

A primeira é a mortificação da carne (v.18a). Diz o texto: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução […]”. Uma pessoa cheia do Espírito Santo não vive mais para si mesma, ou seja, para satisfazer os desejos da sua natureza carnal. O vinho mencionado pelo apóstolo é um exemplo de uma série de coisas que nos afastam da sobriedade, arrastando-nos para o fosso da corrupção, e entristecem o Espírito Santo, que habita em nós (Ef. 1:13-14; I Cor. 12:13). Ele não se afasta quando pecamos e nos mantemos sob o domínio do pecado, como ocorria antes do Pentecostes (Atos 2:1-13), porém deixa de produzir o amor, a alegria, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fé, a mansidão, o domínio próprio Gl. 5:22) – virtudes fundamentais para um viver santo e agradável a Deus.

A segunda é a mente renovada (v.19a). Afirma o fragmento: “Falando entre vós com salmos […]”. Uma pessoa cheia do Espírito Santo tem a mente impregnada da Palavra de Deus (Colos. 3:16). Por isso, naturalmente, sua boca transborda das verdades eternas.  O conteúdo que predomina em suas conversas vem das Escrituras Sagradas. Como diz o apóstolo Paulo, leva cativo todo pensamento à obediência de Cristo (II Cor.10:5), rejeitando as filosofias humanas e antibíblicas. O seu prazer está na lei do Senhor (Salmo 1:2). Não perde, pois, tempo com as vãs filosofias deste século, que nos afastam de Deus e nos tornam dependentes dos homens.

A terceira é o louvor espiritual (v.19b). Uma pessoa cheia do Espírito Santo tem um cântico novo nos lábios, conforme declara o texto: “[…] e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração”. A letra desse cântico exalta a Deus (a trindade) e veicula as doutrinas básicas da fé cristã – não conteúdos que inflam o ego, mesclando teologia bíblica com pensamentos da psicologia moderna. A música (sacra) possui ritmo, melodia e harmonia que mantêm a mente e o corpo em equilíbrio e conduzem à reverência (I Cor. 14:40, Rm. 12:1-2).

A quarta é a atitude de gratidão (v.20). Uma pessoa cheia do Espírito Santo tem sempre motivos para agradecer, de acordo com o texto: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome do Senhor Jesus Cristo”. Ela age assim porque sabe que “todas as coisas cooperaram para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm. 8:28), ainda que algumas delas pareçam dizer o contrário. Tem plena certeza de que “aquele que começou a boa obra em nós há de completá-la até o dia de Jesus Cristo” (Filip. 1:6). Logo, dá graças pela saúde, mas também pela enfermidade; dá graças pelo sol, mas também pela chuva (I Tess. 5:18).

A quinta é a humildade (v.21). Afirma o versículo: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus”. Uma pessoa cheia do Espírito Santo não se julga superior a ninguém. Por isso, não tem dificuldade em sujeitar-se a quem está em posição de autoridade, nem mesmo aos chefes intransigentes.  Não apenas isso, mas também se submete a quaisquer pessoas, independentemente da posição hierárquica, tratando-as com respeito e honra.

É interessante notar que, nessa lista, não aparece nada relacionado com dons ou carismas. Todas as evidências dizem respeito ao caráter do cristão.  Assim, temos de admitir que a plenitude do Espírito é uma realidade distante da maioria de nós, incluindo este articulista, mas não impossível de ser alcançada.   

*Professor e revisor de textos E-mail:[email protected]——————————————-

Educação neste fabuloso mundo digital – Ronaldo Mota* A maior empresa de taxi do planeta, Uber, não tem nenhum carro na frota. O Facebook, grande provedor de conteúdo, não produz nenhuma informação. O maior ofertante de acomodações do planeta, Airbnb, não dispõe de quarto de hotel. A gigantesca rede varejista Alibaba não tem nada no estoque. As maiores agências de notícias não têm nenhum jornal. Mesmo assim, mentes ingênuas imaginam que educação passará ilesa por esta revolução e aceitamos, iludidos, que as transformações nesta área serão passageiras e superficiais. Ledo engano: as mudanças na educação e nas instituições educacionais serão rápidas, profundas e drásticas.

O comércio eletrônico é uma realidade em todos os países, mas particularmente interessante observar a China, epicentro desta revolução. As impressionantes vendas online chinesas, da ordem de US$ 620 bilhões por ano, já são superiores à soma das respectivas vendas americanas (US$ 380 bilhões) e europeias (US$ 228 bilhões). A China representa um potencial ativo de compras online, especialmente via celulares, provenientes de mais de meio bilhão de entusiasmados usuários. Estamos falando de produtos e serviços, muito além de equipamentos e incluindo, cada vez mais, desde alimentos a conteúdos educacionais.

As universidades mudaram muito pouco nas últimas décadas, seja na China ou no Brasil, mas as tendências são claras, tanto em termos de missões como de produtos e serviços ofertados. O processo ensino-aprendizagem permanece, e assim será sempre, o núcleo central da missão universitária, mas os educandos e os educadores já não serão os mesmos, bem como seus entornos. A revolução digital não é meia revolução. Ela é arrasadora e, ainda que chegue mais tarde em alguns setores, não quer dizer que chegará mais suave.

Há uma função cartorial da universidade de atestar conhecimentos e competências que, curiosamente, deverá não só permanecer como ser significativamente ampliada. Hoje, as instituições educacionais praticamente só certificam seus próprios alunos, sobreviventes de maratonas de salas de aulas, presenciais ou virtuais, e de provas espalhadas ao longo do tempo, em geral na escala de muitos anos. No futuro breve, as oportunidades de obter uma certificação, seja de disciplinas, cursos ou mesmo de profissões passarão a ser, opcionalmente para o estudante, questão de dias, o que não implica em ser mais fácil. O valor do título será proporcional ao nível de exigência, associado à marca de quem o confere, ou seja, fruto do reconhecimento social da instituição que assina o atestado.

Interessante observar que a credibilidade da marca será cada vez menos fruto do investimento em campanhas publicitárias tradicionais, mas o resultado líquido da indicação e reconhecimento coletivo dos usuários, diretos e indiretos, deste processo de certificação. Espaço este no qual as opiniões de amigos e conhecidos nas redes sociais têm papel crucial e definitivo.

Enfim, neste universo digital de docentes assemelhados a designers educacionais e de estudantes permanentes ao longo da vida, as escolas serão basicamente provedoras de conteúdos educacionais múltiplos. E porque o fazem com qualidade, resultado da capacidade de suas equipes, se legitimam para os processos de certificação de competências, tenham tais conhecimentos associados sido adquiridos dentro ou fora da instituição.

*Reitor da Universidade Estácio de Sá e diretor executivo de Educação a Distância da Estácio———————————————-No fundo do baú – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Saudade é a presença da ausência”. (Laudo Natel)Se você nunca sentiu saudade, ou não é humano ou não viveu o passado. Não teve a felicidade que eu tive. Não tem o velho e tradicional baú. Ontem foi meu dia de baú. Tive que fazer mudanças dos meus velhos arquivos, levando-os de um lugar para outro. E foi aí que aconteceu. Abri um envelope e encontrei, dentro dele, cópia de uma matéria da extraordinária Márcia Seixas: “A nova era já chegou”, publicada na “Folha de Boa Vista”, no dia 03 de fevereiro de 2000: Até, confesso, fiquei encabulado com os elogios que ela me fez, na matéria. No ano 2000 eu estava iniciando uma das fazes mais difíceis de minha vida. Estava iniciando um período que durou cinco anos, numa tarefa hercúlea, em São Paulo. Li a matéria da Márcia, copiei-a e a guardei. Mas o tempo não me dava tempo para relê-la, por isso perdi-a dentro daquele envelope por 15 anos. Mas o tempo não passa quando somos de origem, a Márcia, eu e todos nós, de um mundo onde não há unidade de tempo. A saudade chegou e fiquei curtindo-a, com a cópia da matéria da Márcia, na mão, revivendo o passado que não passou. Aí me lembrei da fala do Bob Marley: “Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração escorre pelos olhos”.

Sinto-me um ingrato, Márcia, por não ter entrado em contato com você durante todo esse tempo. Mas sou assim mesmo. Curto a saudade como um elemento da vida. Recentemente encontrei você, saindo do almoço, em uma peixada. Eu estava sentado e quase me levantei para abraçar você. Mas você passou por mim e não me viu. Sorri e esperei outra oportunidade, já que você ia conversando com alguém; e por isso não me viu. Mas o mais importante é que vi você. Fiquei feliz e ainda estou aguardando nova oportunidade para encontrá-la e nos abraçarmos. E como a vida é pra ser vivida, vivi-a no momento em que descobri aquele papel dentro daquele envelope, guardando uma matéria que me deixou muito feliz. E a felicidade é um elo que nos liga na racionalidade, eternidades afora.

Um abração do tamanho do mundo pra você, Márcia! Que você continue essa pessoa maravilhosa e distribuidora de saudades. Você não imagina, não obstante a imaginação racional que você tem, o quanto me senti feliz no derramamento de saudade que me saiu daquela matéria relida quinze anos depois. Somos todos da mesma origem, Márcia. E ninguém sabe mais disso do que você. E é por isso que as amizades se solidificam nos espíritos que caminham pelas veredas racionais. O bem e o mal estão dentro de cada um de nós. E nossa grandeza está em saber qual nos convém. Pense nisso.

*[email protected]    99121-1460         ——————————————-ESPAÇO DO LEITOR

INDICAÇÃOO leitor Euclides Moraes enviou o seguinte comentário: “Não é somente os peritos que pleiteiam a indicação para que a polícia técnica tenha como representante um servidor de carreira. Não é bom esquecer que há muito tempo pleiteamos a indicação para que os gestores escolares sejam eleitos por voto direto, e não por indicação política, como tem acontecido até hoje. Eu me solidarizo com a categoria, mas, ao mesmo tempo, gostaria de lembrar o Executivo que temos esta proposta em curso que, ao que parece, adormeceu”.ESCOLASobre matéria a respeito da precariedade da escola na comunidade Boca da Mata, o internauta Agenor Mendes afirmou: “Apesar de o governo promover a reforma nas unidades escolares da Capital, as mais penalizadas realmente são as escolas localizadas no interior. É necessário relatar que a gestão anterior simplesmente ignorou os inúmeros pedidos de melhorias nas unidades. Espero que este processo contemple estas unidades no interior do Estado”.MOTOCICLETASO internauta Jamil Leite afirmou que é necessário intensificar as operações, pelos órgãos de segurança, para frear o roubo de motocicletas, o que tem aumentado nos últimos meses. “Com a realização de blitz, é possível em uma abordagem identificar motocicletas que estão rodando sem a devida documentação, como já aconteceu nas que foram realizadas recentemente na Capital e tiveram êxito. Se apertarem o cerco, os bandidos serão facilmente identificados”, comentou.RECARGAEdilamar Macedo reclamou que, não bastasse o apagão das operadoras de telefonia móvel, outro problema tem gerado insatisfação aos clientes sem que nenhuma providência tenha sido tomada para minimizar esta situação. “Todas às vezes que preciso de recarga, tenho que ir a vários estabelecimentos em outros bairros para tentar inserir o crédito. Como se não bastasse a limitação na internet, ainda tem esta situação constrangedora. Gostaria de pedir aos órgãos de fiscalização para que possam nos ajudar nesta questão”, escreveu.