Bom dia!“Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por ideias” – Mário Vargas LlosaCLIMAAs poderosas antenas da Parabólica captaram sinais muito fortes dando conta de que as relações entre o G14, grupo de deputados que comandam a Assembleia Legislativa, e o Governo do Estado devem azedar neste segundo semestre. Os parlamentares do bloco estão desconfiados de que o comando político do governo não tem interesse em harmonizar essa relação.ÔNIBUSNa sessão de retomada dos trabalhos da Câmara Municipal de Boa Vista, também ontem pela manhã, foi lida a relação de tudo o que está tramitando naquela Casa à espera da apreciação dos vereadores a partir deste segundo semestre. São quatro vetos, 59 projetos de lei e 55 indicações. Na listagem constam proposições inusitadas, como o projeto que obriga todas as rotas de ônibus urbanos a passarem em frente ao Hospital da Criança Santo Antônio, no bairro 13 de Setembro, na zona Sul da cidade. É mole?SAUDADEEntre postagens de fotos posando em lugares turísticos na Europa, já que estava de recesso das atividades em Brasília, uma autoridade comentou em seu perfil na rede social que estava morrendo de saudade da vida que tinha em Roraima, ou seja, da rotina de acordar de madrugada para sair em direção à periferia para abraçar e atender as pessoas pobres. Então, ta! PONTE 1 A comunidade da Serra Grande 2 e Fonte Nova, no Município do Cantá, temem que uma ponte de madeira desabe a qualquer momento na Vicinal 2, que dá acesso à Vila Fonte Nova. A estrutura, de 10 metros, está visivelmente comprometida e não resistirá se um veículo maior, como um ônibus, passar pelo local. Essa rota é utilizada diariamente por transporte escolar e por pais que estudam à noite na Educação de Jovens e Adultos. Além disso, é um dos acessos a um empreendimento que trabalha com turismo ecológico nos fins de semana, que recebe turistas.PONTE 2Há alguns anos, outra ponte de madeira na mesma vicinal desabou e os moradores da região foram obrigados a fazer um desvio, o qual passou a ser utilizado como acesso único, uma vez que o poder público não reconstruiu a ponte nem fez um trabalho de aterro para reforçar o desvio feito de forma precária. Caso ocorra um inverno mais forte, o aterro desse desvio, feito com barro e cascalho, pode ser arrastado pela força da enxurrada, o que poderá deixar as famílias ilhadas, obrigando a comunidade a pegar outra vicinal como desvio, o que irá aumentar o percurso em vários quilômetros.EQUOTERAPIA 1Para reabrir o Centro Estadual de Equoterapia Thiago Vidal de Magalhães Pinheiro, que é o nome do Centro de Estimulação Precoce do Estado de Roraima, a Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed) argumenta que encontrou respaldo na lei para contratar os profissionais que irão atuar naquele serviço sem necessidade de concurso ou seletivo. As publicações já foram viabilizadas com anúncio oficial de nome, cargo e valores.EQUOTERAPIA 2O pagamento de despesas para a contratação de prestação de serviços dos profissionais de fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia e terapia ocupacional para compor a equipe multiprofissional de Equoterapia terá o valor total de R$ 157,4 mil. A contratação de profissionais tradutores/interpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para apoio escolar e pedagógico da rede pública estadual de ensino nos municípios do Estado será de R$ 508,3 mil.EDUCAÇÃO 1A Organização dos Professores Indígenas de Roraima (Opirr) está divulgando uma “carta de repúdio”, convidando as populações indígenas a aderirem a um movimento contra as decisões tomadas pela Secretaria Estadual de Educação (Seed) em relação à Educação Indígena. A entidade afirma que as últimas decisões do governo colocam em risco todas as conquistas das comunidades nas duas últimas décadas, que se tornaram referência nacional, como a autonomia dos professores indígenas, lideranças e comunidades para discutir que tipo de educação eles querem para as escolas indígenas.EDUCAÇÃO 2Segundo o documento, a investida da Seed começou pelo Plano Estadual de Educação, que retirou os direitos de educação diferenciada e agora está trabalhando para mudar as matrizes curriculares diferenciadas, colocando novamente na caixa geral da matriz curricular nacional. Outra questão, conforme a Opirr, são os professores que ministram a língua materna que não são reconhecidos pelo Censo Escolar, deixando todos esses profissionais fora do sistema Inep, o qual é responsável por reconhecer os docentes como professores indígenas.EDUCAÇÃO 3Ainda conforme a entidade, a Divisão de Educação Escolar Indígena, que é a legítima representante dos professores indígenas dentro da estrutura da Seed, hoje está inerte, sem nenhum direito de voz e isolado porque a atual direção não vem compactuando com as mudanças impostas pelo governo. “Provavelmente, no ano que vem, não teremos represente indígena no Conselho Estadual de Educação. Os gestores de escolas, coordenadores e diretores de centros regionais não serão mais indicados pela base, e sim pela secretária de educação para os próximos mandatos”, afirma o manifesto divulgado pela Opirr.