Opinião

Opiniao 07 08 2015 1302

Greve: por que aderir? – Antonio de Souza Matos*Como cristão evangélico, oponho-me a quaisquer atos de vandalismo ou de violência. Entretanto, considero legítimas as paralisações deflagradas pelos trabalhadores para defender seus direitos.

A exploração do homem pelo homem deve ser combatida, de forma pacífica, por todas as pessoas de bem. Omitir-se ou silenciar diante das injustiças implica ser cúmplice dos que usurpam os direitos alheios.

Numa sociedade democrática, como a nossa, a greve é um dos instrumentos de que a classe trabalhadora dispõe para defender seus direitos. O art.9.º da Constituição Federal de 1988, reiterado pelo art. 1.º da Lei n.º 7.783, de 28 de junho de 1989, garante o direito de greve: “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.

Assim, participar de movimentos grevistas não configura um ato de subversão nem de desobediência à autoridade, visto que ninguém, nem mesmo a presidente da República, está acima da lei. Aderir à greve é um exercício de cidadania – um direito constitucional.

É constrangedor para mim, como crente, participar de um movimento paredista. Porém, mas constrangedor é ver meia dúzia de colegas lutando para defender direitos que também são meus e, depois, usufruir, sem merecer, os benefícios que eles sozinhos conquistaram, às vezes, com sangue, suor e lágrimas.

É por isso que não posso fugir à luta, agindo como se ela nada tivesse a ver comigo. A derrota dos meus colegas será a minha derrota, e a vitória deles será a minha vitória.

Eu poderia até explicar por que não aderi à greve, mas jamais justificaria a minha omissão. Como disse Paulo Freire no livro Educação e Mudança, não existe neutralidade: ou estamos do lado dos oprimidos ou do lado dos opressores.

A principal razão de a classe trabalhadora não conseguir êxito em suas demandas é a fragmentação. Como disse o Senhor Jesus Cristo, “toda casa dividida não subsistirá”. Mas, se houver a adesão da maioria, tudo se resolverá mais rápido e de modo satisfatório.

Não podemos ser ingênuos a ponto de pensar que os governos e/ou patrões vão sentir compaixão de nós. Quanto menos gastarem com salários e gratificações, mais lucros e dividendos terão – ou mais dinheiro sobrará para ser desviado para as contas particulares, conforme a operação “Lava Jato” tem revelado. “Quem conhece a dor do calo”, como dizia meu pai, “é quem calça o sapato”.

Os servidores públicos brasileiros, neste momento, sobretudo das instituições de ensino, estão em greve por melhores condições de trabalho e por salários compatíveis com a formação profissional. Não é justo que aqueles que mais fazem pelo país sejam os menos valorizados. Não é justo que um juiz e/ou um promotor da esfera estadual, conforme divulgou a revista Época em junho, receba 14 vezes mais do que o vencimento médio do trabalhador brasileiro.

Todos têm liberdade para aderir ou não a uma greve. Mas considero falta de bom senso e de justiça manter-se alheio.

*Professor estadual e revisor de textosE-mail:[email protected]———————————————–    Gratidão de filho – Vera Sábio*

“Um pai pode cuidar de 10 filhos, mas às vezes dez filhos não consegue cuidar de um pai”.Na falta de limites pelas quais a modernidade perpassa, é complicado saber até aonde vai a autoridade dos pais, e até aonde chega a liberdade dos filhos. Aquele pai ou aquela mãe às vezes se submete a todas as vontades dos filhos, os quais não estudam direito, não trabalham, não obedecem, mas entendem das leis que os protegem, justificando suas atitudes libertinas e seus atos preguiçosos.

Esses filhos não conhecem o valor imensurável da gratidão, esquecendo que o tempo passa e chegará o dia em que poderão receber de seus filhos o que deram a seus pais.

Pais conscientes e responsáveis, não tenham medo de imporem suas autoridades e compreendam que seus filhos podem ser seus amigos, mas devem agir sempre como seus filhos.

Nunca os filhos estarão em pé de igualdade com os pais, pois dessa forma surgem tantos filhos rebeldes, vagabundos e sem noção de responsabilidade, honestidade e limites.

Antigamente, a autoridade dos pais era respeitada e havia bem menos filhos que matavam os próprios pais. No entanto, a modernidade que diversas vezes contribui para nosso bem-estar destorce princípios essenciais para o bom convívio multo.

Amar é se doar, podar e apoiar. Lembrando sempre que o direito de um acaba onde começa o direito do outro, e que não há como termos direitos sem que cumpramos os deveres.

Todavia, os seguimentos dessa regrinha básica citada acima permitem que a participação, a honestidade, o caráter e as personalidades se construam com uma base sólida, formando cidadãos íntegros.

Agradeçamos aos pais que fizeram com que nos tornássemos seres melhores, sendo os espelhos para nossos filhos. Pois o exemplo arrasta e modela as pessoas de acordo com seus referenciais.

Obrigada, Senhor, pelo  o meu pai e que eu consiga ser parecida com ele…

*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected].: 991687731———————————————Depende de como vemos – Afonso Rodrigues de Oliveira*“São os olhos dos outros, e não os nossos, que nos arruinam. Se o mundo inteiro, e menos eu, fosse cego, não me importaria com roupas finas e belas mobílias”. (Benjamim Franklin) As coisas nem sempre são como as vemos. A interpretação do que vemos geralmente depende de influência externa. Somos inclinados a ver a beleza dependendo da influência dela na mídia. E não se iluda, porque até mesmo quando a beleza influenciada não vem dos palcos, influencia. Não há quem não se encante com as propagandas de produtos de beleza. Parece futilidade, e é. Mas como seria a humanidade se não fosse os momentos e coisas fúteis. Na verdade, nem seríamos capazes de distinguir entre o feio e o bonito. Ainda bem que temos o feio e o bonito para que possamos escolher o que nos convém. E é também por isso, que devemos estar atentos às belezas que nos cercam, mesmo onde estamos rodeados de feiúras.

Não desperdice seu dia perdendo tempo com coisas desagradáveis e que não contribuem para sua grandeza. Estamos atravessando um período perigoso no nosso desenvolvimento. Não estamos mais violentos do que fomos no passado. Até, acho, estamos bem mais civilizados do que eles. Ontem o Japão comemorou um aniversário dramático. O público foi às ruas comemorar, nem sei se esse é o termo certo, os setenta anos da destruição na catastrófica bomba atômica em Hiroxima. Por que temos que ficar lembrando desastres, com o objetivo de evitá-los? Acredito mesmo que a Segunda Guerra Mundial foi o marco final de uma época, que se tornará era se procurarmos esquecê-la registrando-a apenas na história.

Vamos viver a vida racionalmente. É na racionalidade que alcançamos a prosperidade. O que usufruímos como resultado da violência é resultado do que aprendemos na violência, e não com ela. Nunca construiremos um mundo rico e próspero alicerçado na violência. Logo, vamos jogar a violência para o fundo do baú. Vamos construir o mundo que realmente queremos para nossos descendentes. E não vamos fazer disso uma filosofia inútil. Comecemos a nos valorizar no que somos. Dois gênios da simplicidade nos disseram: “A vida é para quem topa qualquer parada. Não para quem para em qualquer topada”. (Bob Marley). A Ellen Keller também disse que: “A alegria é o fogo que mantém aceso o nosso objetivo, e acesa a nossa inteligência”.

Mantenha acesa sua inteligência com a alegria e não com lembranças desastrosas do passado. Não parar na topada é uma demonstração de força e de personalidade. Por que permitir que uma simples topada faça com que você pare no caminhar da vida? Vá sempre em frente. Pense nisso.

*[email protected]    99121-1460

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ESPAÇO DO LEITOR APAGÃOO leitor Marcos Sales comentou sobre o “apagão” das operadoras TIM e Vivo. “Essa não é a primeira vez que acontece este problema, e as operadoras simplesmente ignoram as reclamações dos clientes. Diferente de outros estados, Roraima ainda conta com um serviço ineficiente em relação às operadoras de telefonia celular. No interior, não foi diferente: as ligações não completavam e as linhas ficavam cruzadas, você ligava para um número e quem atendia era outra pessoa”, relatou.BEBIDASEm relação à matéria sobre a venda de bebida para menores nas rodovias, a leitora Eleonora Macedo relatou: “Na realidade, existem vários meios de burlar a fiscalização e vender bebidas a menores. O que realmente necessita é trabalhar os jovens nas escolas, orientando sobre os problemas e consequências que o álcool pode trazer para o adolescente que faz uso prematuro do mesmo. Recentemente, tivemos um caso de uma jovem que comprou bebida, em um bar próximo à rodovia, causando indignação na população a forma como ela foi encontrada”, comentou.ANIMAISA internauta Marize Lemos enviou o seguinte e-mail: “Gostaria de chamar a atenção para o sumiço de animais, que tem se intensificado nos últimos meses na Capital. Na semana passada, pelo menos duas pessoas relataram o sumiço de seus animais de estimação e, após colocarem aviso de recompensa, logo o animal foi encontrado. Seria bom ficar atento para não ser mais nenhum golpe”.PROMOÇÃOO leitor Alfredo Costa comentou que, este ano, as lojas no centro comercial da avenida Jaime Brasil não inovaram em presentes para o Dia dos Pais e nenhum atrativo, como descontos e promoções, está sendo oferecido. “Em anos anteriores, até supermercados eram ornamentados com decorações alusivas à data. Mas, este ano, tenho percebido que muitas sequer estão parcelando no cartão. Talvez seja o reflexo da crise pela qual o comércio está passando com a compra retraída dos consumidores”, opinou.