Opinião

Opiniao 17 08 2015 1333

Manifestação! Nada contra, muito pelo contrário – Tom Zé Albuquerque* Mais uma vez não fui para as ruas ontem participar das manifestações. Simplesmente porque não sei o porquê de o povo ter sido convocado às ruas. Qual o objetivo? Impeachment da roraimada? Redução do preço na passagem de ônibus? Compra de giz para as salas de aula nas Universidades Federais? Chuvas no Nordeste? Troca do Dunga pelo Joel Santana?

É, mais uma vez falta foco. Falta objeto, origem, alicerce e nitidez no real interesse público. Cada vez que há uma manifestação assim, os movimentos sociais de ruas são corroídos, desqualificados pela própria desorganização e desordenação. O PT adora essa falta de sintonia. Em verdade, o que se vê nas redes sociais após as movimentações nas ruas são selfies de tudo quanto é jeito, muitos sorrisos desvairados, muitas poses, cervejas, biquinhos; contradições também soam alto, pois algumas figuras que vão – em tese – às ruas lutar “contra corrupção” (segundo grafia de seus cartazes e faixas) são conhecidas por serem corruptas ou se beneficiarem direta ou indiretamente desse câncer social.

Tem também a parte cômica, por exemplo, pessoas se manifestarem contra coisas erradas, atos vis, e estarem vestidos com a camisa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), um antro de falcatruas de dar inveja a partido político. Ou então o PMDB ser a favor da manifestação contra corrupção. Tem ainda o fato de o PT defender que quem está nas ruas é a elite brasileira, se referindo à classe média-alta para cima. Opa, mas a elite do Brasil hoje é composta dos aliados do PT, que se beneficiam com mensalão, lava-jato, ministérios, BNDES e DNIT (estes últimos ainda caixa-preta a ser aberta, ou seja, muito cocô ainda a feder). Além disso, ao contrário de o que o PT pensa, ser pobre não é ser burro. Ser dotado de senso crítico e ter discernimento não é consequente de dinheiro no exterior. O fato de alguém estar nas ruas defendendo sabe lá o que, não significa que é rico ou inteligente; ou aquele que se recolhe em seu lar não necessariamente é alienado ou carente. A arrogância do PT não tem limite.

Não acredito no impeachment da Dilmãe, e até temo que isso aconteça, porque a insegurança jurídica que isso causará não terá volta. Caso vivêssemos em um país cujo sistema de governo não fosse o Presidencialismo, poderíamos pensar em alternância de gestor com tanta naturalidade. Aliás, a atual Constituição fora concebida num sistema Parlamentarista, alterada em sua forma (e não em sua essência) no apagar das luzes, na Constituinte/88. A quem beneficiava esse formato? Ou, a quem beneficiou?

Precisamos de formas mais coerentes de questionar, de lutar pelos nossos direitos; na condição atual pouca coisa irá mudar. E isso requer tempo, outras gerações. Uma sociedade não muda sua cultura em curto espaço de tempo. O Brasil ainda é uma terra de gente tola, ingênua. É de dar pena! *[email protected]———————————————– Políticos e políticos – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Todo legislador sábio deve tudo subordinar à preocupação de assegurar a felicidade e a tranquilidade dos cidadãos”. (Aristóteles)Hoje vamos falar de uma coisa de que gosto muito: política. Criei-me no meio dela. Aprendi muito com políticos de verdade. Aprendi, desde cedo, a não confundir política com politicagem. Nunca consegui meter as duas na mesma panela. Mesmo porque em política não há panela. Alguém já disse, pouco tempo atrás, que o Congresso Nacional Brasileiro ainda tem muitos bons políticos, mas não temos mais estadistas. Realmente, de umas décadas para cá, nosso Congresso perdeu muito em qualidade. Aproximam-se as eleições para mais um período Legislativo e Executivo. E mais do que antes, há uma necessidade premente de mudanças no cenário político, em todas as esferas. Mas o eleitor consciente está embasbacado sem saber para que lado pender. E olha que falei do eleitor consciente. Mas como somos um país de analfabetos políticos, os “políticos” não estão tão preocupados quanto estão os políticos. Não obstante a força que a mídia faz para nos convencer de que o eleitor brasileiro está mais consciente, o que vemos, na verdade, não é bem isso. Continuamos, candidatos e eleitores, no mesmo nível. Ambos no degrau de baixo. Isto é, despreparados para a missão importante que temos pela frente.

Quando o jovem Aécio Neves se candidatou ao Governo de Minas Gerais, alguém o criticou dizendo que ele não tinha experiência política para o governo de um Estado do porte de Minas. A resposta do Aécio foi: “Eu tenho duzentos anos de política”. E você, quantos anos tem de experiência na política? Veja bem, isso não quer dizer que só devamos votar em quem tem longa experiência política. Mas não podemos esquecer da nossa inexperiência em identificar um político no estreante. Poucos de nós sabem que nem todos os que atuam na política são políticos assim como temos muitos políticos que não atuam na política. E é preciso saber distinguir quem é quem nesse engodo. O vazio nas propostas da esmagadora maioria dos nossos candidatos é preocupante. Preocupante porque elas são as mesmas de tempos idos. Não mudam, numa época em que necessitamos tanto de mudanças.

Somos um Estado incipiente. (Estou falando de Roraima). Mas isso não nos isenta da responsabilidade da eficiência na política. E qual a formação política da maioria dos nossos candidatos, nas três esferas? Qual o candidato que está realmente preocupado com o nosso analfabetismo político enquanto cidadãos e eleitores? Qual deles incluiu no seu programa a educação política do eleitor, sobretudo do leitor jovem e do futuro eleitor? Ou isso não conta? Mas aqui vai uma sugestão: não vá ficar encucado com isso. Apenas pense nisso pra não votar inconscientemente. Mas, mesmo que seu candidato não seja o que você deseja, não deixe de votar. Procure o melhor e vote. Mas saiba o que é ser o melhor. Comece considerando que a política é o primeiro dos dois esteios da humanidade. Sem ela não seríamos nada nem ninguém. Pense nisso. *[email protected]———————————————-  O Brasil não está bem – Júlio César Cardoso*Este País precisa de uma urgente intervenção. Circulou na imprensa nacional notícia de que o ex-presidente Lula deverá integrar o ministério de Dilma Rousseff, como articulista para salvar o seu governo. Na verdade, o objetivo dos mandarins do PT é a vergonhosa manobra de blindar o ex-presidente com foro privilegiado caso ele seja envolvido na Operação Lava Jato.

Temos uma mandatária da República, que não tem escrúpulo de sofismar. Tudo o que está ocorrendo, com prejuízo à sociedade brasileira, foi proclamado de outra forma por Dilma Rousseff, em programa de televisão (JAN/2013): “…nosso País avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia, e que tentavam amedrontar nosso povo, entre outras coisas, com a queda de emprego e a perda do poder de compra do salário. Os juros caíram como nunca, o emprego aumentou, os brasileiros estão podendo e sabendo consumir e poupar”. Mas como que num piscar de olhos o Brasil de Dilma Rousseff mudou tão rápido?

Estamos numa nau sem rumo, sem timoneira, a qual perdida em suas reflexões confusas mostra que o seu governo jamais teve meta, como se espera de uma empresa responsável com os seus cotistas ou acionistas. Pois a presidente da República, em declaração ambígua, se trumbica toda com a meta ao anunciar, no Palácio do Planalto, 15 mil vagas para o Pronatec Jovem Aprendiz: “Não vamos colocar uma meta, nós vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós dobraremos a meta”. Deu para entender?

A presidente Dilma deveria reconhecer os seus erros e fazer a mea-culpa ao povo brasileiro, que hoje repudia o seu governo com alto índice de rejeição, em vez de convocar a nação, que não deu causa nenhuma à recessão econômica, para realinhar o país. A presidente não pode reclamar da turbulência mundial de 2008, pois o seu partido ironizava a crise como marolinha. Só que nesse período o Brasil investiu apenas 2,5% do PIB, enquanto Peru (4%), Chile (5%), Índia (6%) e China (13%).

O povo deve se movimentar. Espera-se que no próximo dia 16 de agosto esses políticos corruptos e governo recebam uma resposta cívica da população brasileira apolítica e muito decepcionada com o que está ocorrendo no Brasil.A coisa anda tão imoral que recentemente, no Senado, o senador Fernando Collor, de forma destemperada, furibunda e indecorosa, chamou o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de filho da p*. Essa indecorosidade, arrogância e prepotência, incompatível com um político civilizado, deveria lhe render uma grave punição do estamento, bem como a manifestação da OAB e de outros organismos jurídicos, em defesa do Procurador. Logo Collor, irremediável, que já foi cassado, deu prejuízo a poupadores nacionais e que continua envolvido em negócios nebulosos.

Tem-se a impressão de que os demais senadores se amedrontam diante de Collor ao aceitarem e não contestarem a maneira deselegante, incivilizada e desrespeitosa com que ele se dirigiu ao representante máximo da Procuradoria-Geral da República, cuja função primordial é ser um fiscal da lei com autonomia de ação.

*Bacharel em Direito e servidor federal aposentado. Balneário Camboriú (SC)————————————————Vida e religião – Vera Sábio*O jogo das palavras diversas vezes não nos faz pensar sobre o que realmente significam. Já que a escola é essencial para adquirirmos conhecimento.No entanto, são poucas reflexões e aprendizagens, expostas a respeito de quem somos.

A vida sem a letra V é apenas uma ida: um caminho, uma busca, uma descoberta, enfim somente vivemos a vida indo para frente e aperfeiçoando nossos passos dia após dia.

É engraçado quando a insatisfação diante do que se viveleva a reclamarmos por poder viver. “Deixa eu viver minha vida”. São indagações sem fundamentos, porém pronunciadas muitas vezes pelos adolescentes e adultos que ainda não conseguiram amadurecer e entender que não tem como ninguém viver a vida do outro, seguir adiante pelo outro e ainda o mais conflitante é que morremos a cada dia, para que possamos avançar.

Neste contexto vem outra palavra que também é tão pouco compreendida. É a palavra “religião”.

Religião vem de um religamento, ou seja, só tem como religar algo no momento em que, algo foi desligado, quebrado, acabado e retirado.

Assim de acordo com a crença de que fomos ligados ao divino; esta religião se torna uma ponte que pode nos religar novamente ao divino, pois através do pecado nos afastamos de Deus.

Portanto meu pensamento aqui, tenta despertar aqueles adormecidos na ignorância que tal igreja salva, que tal dirigente tem o privilégio de estar de fato ligado a Deus, de que há pessoas vivas, ou seja, na ida da vida, existe alguns com maior conexão, privilégios e que são santos sem ter chegado lá na eternidade.

O apóstolo Paulo mesmo com tantas conquistas espirituais, nos relatou em suas cartas, que embora ele não verificasse algo de mal nele, ainda assim não poderia se reconhecer santo.

Por isto, faça o melhor que puder enquanto podes ir, enquanto vives, enquanto caminha e enquanto tiver saúde para progredir. Todavia quem se sentir o primeiro, que seja o último e sirva.

A religião pode te religar, te mostrar as ações necessárias para isto, te esclarecer sobre a vontade de Deus, te aperfeiçoar a cada dia. Mas somente sua fé, sua perseverança, suas boas ações e sua vontade de ser melhor a cada dia, pode te conduzir a Deus.

*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e [email protected]. 991687731———————————————

ESPAÇO DO LEITOR

PCCR 1Sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores estaduais, o internauta José Roberto dos Santos comentou que faz parte da única categoria sem um PCCR aprovado. “Estamos há 11 anos esperando uma manifestação dos governos estaduais e, nada. Nossos salários estão defasados. Hoje, nós, servidores dos níveis básico, médio e superior, estamos pagando para trabalhar”, assegurou.PCCR 2“Achei uma grande falta de respeito para nós, servidores da área administrativa da Secretaria estadual de Saúde, ficarmos de fora do PCCR, pois já trabalhamos há mais de 11 anos e a alegação é que somos do Executivo. Todos somos do Executivo! Cadê a isonomia? Basta! Servidores dos tribunais com salários altíssimos e nós pagando para ir trabalhar”, continuou José Roberto dos Santos.PCCR 3O internauta disse estar satisfeito com a gestão do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima). “Nosso PCCR está andando e isso é um direito nosso. Não adianta fazer contraproposta, pois nossa equipe técnica está afiada para argumentar qualquer proposta contrária e que venha a nos prejudicar”, concluiu. PCCR 4Para o internauta Diones Batista dos Santos, se o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores estaduais for aprovado, será uma vitória para os servidores. “Para isso acontecer, precisamos da união de todos e da participação dos servidores nas reuniões dos sindicatos”, declarou.GREVEO internauta Robson Gomes disse ser contra a greve dos professores estaduais. “Meus filhos estão perdendo aula. Foram vocês que votaram neles e agora terão que aguentar quatro anos. A secretária de Educação só sabe perseguir os servidores e desafiar a justiça”, comentou.