Opiniao 20 08 2015 1350

Use a inteligência – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A inteligência do ser humano se mede pela sua capacidade de resolver problemas”. (José Silva) Comece a pisar no breque, se se achar uma pessoa superinteligente. Temos um montão de inteligentes sobrecarregados de problemas. E o segredo da inteligência está em não ter segredo. Quando não temos segredos não temos problemas. E o problema é que sempre teremos problemas. Ainda bem. Porque se não tivéssemos problemas não teríamos soluções. Tive um amigo lá pelos tempos de outrora que pedia a Deus para não mandá-lo para o céu. Ele dizia que o céu deve ser o lugar mais enfadonho para se viver. Lá não há problema; você tem que ficar o tempo todo debaixo do parreiral esperando as uvas caírem na sua boca. Realmente, eu detestaria viver num lugar onde não houvesse problemas para me manter ativo.

Vamos falar sério sobre assunto sério. Não sei como seria o mundo sem as crises. São exatamente as crises que nos trazem as soluções. É pelas crises que aprendemos a lutar para melhorar o mundo. A crise é um problema, e todo problema exige solução. E se é assim, devemos procurar levar a vida solucionando os problemas. E como sabemos que não há como viver sem problemas, devemos não dar bolas para problemas. E você nunca vai eliminar um problema enquanto ficar preocupado com ele. E você sabe que as soluções não nos preocupam. Então, por que ficar preocupado com o problema quando você tem à sua disposição a solução? Sua inteligência está na sua capacidade de solucionar. Nada mais simples nem mais lógico do que procurar soluções para a vida.

Relaxe. Não perca seu tempo com briguinhas de rua, nem zorra, no sentido de solucionar problemas que não têm a dimensão que julgamos ter. Sejamos inteligentes no pensar. Somos o que pensamos. E é no que pensamos que agimos. Quem muito fala, muito erra. Devemos cuidar mais do nosso desenvolvimento agindo no aprimoramento dos nossos pensamentos. Nunca seremos um povo civilizado enquanto não formos um povo politicamente esclarecido. Enquanto você não aprender a eleger candidatos competentes para serem seus representantes no poder público, vai ter os representantes que você merece. E não se esqueça de que você está elegendo não só seu representante, mas o representante de todos os cidadãos do seu Município, do seu Estado e do seu País. E todos com letras maiúsculas. Somos todos os eleitores, os responsáveis pelos desmandos ou equilíbrios da sociedade. Não é com gritaria que vamos resolver os problemas alheios causados pela nossa incompetência. Então vamos cuidar do nosso aprimoramento cultural, político e cidadão. Pense nisso. *[email protected]————————————  Ler para crer – Lindomar Neves Bach*Essa aconteceu comigo. Estava com minha filha Aninha, vendendo estrategicamente uma pequena tiragem do meu primeiro livro (Partículas, 2007) pra alavancar uma tiragem maior de exemplares. Nisso encontrei uma jovem senhora, mãe de uma colega de escola da minha filha. Ofereci entusiasmado meu livro, fiz o marketing, disse o preço e o motivo de estar vendendo daquela forma. Ela pegou o livro com cara de nojo e disse que compraria pra me ajudar, mas que ela odiava ler. Deu vontade de tomar meu filho, quero dizer, meu livro da mão dela e dizer que não precisava da ajuda dela. No entanto engoli em seco, escrevi uma dedicação, pequei o dinheiro e, meio sem graça, saí dali. Ainda pude de vê-la dar o livro pra filha dela jogar no lixo. Esperei um tempo, fui lá e peguei de volta. Não desanimei. Hoje, já estou no décimo livro. Consegui publicar quatro somente. Tempos bicudos.

Avaliando o contexto histórico o ser humano só passou a se destacar nas diversas áreas; artística, científica e diplomática depois que inventou a escrita, assim ele pôde transmitir seu conhecimento para as futuras gerações, compartilhar e expressar experiências com seus contemporâneos e lavrar documentos oficiais. O tempo foi passando e ler passou a ser uma necessidade vital para qualquer pessoa com as faculdades mentais em ordem. A educação passou por um processo de modernização, mudaram-se diversos métodos de avaliação, vários acordos ortográficos foram impostos para corrigir certos vícios de linguagem, a escrita evoluiu, a literatura em geral ficou mais dinâmica, mas a escrita continuou importante no cotidiano do ser humano.

Porém, na atualidade, o que temos observado é uma virulenta falta de compromisso com a forma correta de escrever e a incapacidade de ler e interpretar textos. Isso agride até o âmago do córtex de quem, assim como eu, que mesmo longe de ser perfeito, ama literatura.

Longe de apontar culpados, reconheço que por mais esforçado que seja o indivíduo, qualquer um tem dificuldade com a língua portuguesa. Em diversas situações, produzi, como publicitário, algumas campanhas que eu não soube como me expressar da melhor maneira. Acabei tropeçando nas palavras ou sendo atropeladas por elas. (Risos). Mas fui evoluindo conforme continuei lendo a respeito do referido segmento.

Ler é um exercício mental que facilita escrever corretamente, por isso leio muito. Talvez partindo desse ponto, se formule uma solução para que nossos jovens escrevam melhor, imagino que o interesse em ler tenha sido suprimido pela facilidade de obter informação na imagem. Causando o sedentarismo cerebral.

O que a televisão tem feito é: não somente despejar uma programação sem conteúdo, como também desvalorizar a cultura da leitura. Faz isso montando uma grade que visa somente alguns pontos no ibope, não importa a qual custo. Daí é válido expor corpos de mulheres curvilíneas e homens sarados, músicas sem letra, escrachos e absurdos de um gosto bem duvidoso. Moldar e manipular a massa acéfala deve ser a missão das emissoras. “Quanto pior melhor”, esse é o lema. Isso deveria ser escrito na fachada desses monopólios gigantescos do entretenimento. Não é à toa que a estatal TVE está prestes a fechar as portas. Pensar e ter opinião própria virou artigo raro.

As redes sociais viraram o paraíso dessa prática nociva, desse descompromisso com um dos símbolos de nossa identidade como nação, A linguagem. Viraram agência de propaganda da estupidez e da alienação.

Rever os métodos de avaliação de ensino é necessário, ou o sistema educacional ensina e avalia de maneira correta ou esses alunos, futuros profissionais, serão reprovados pela vida. A educação está equivocada nessa questão. O aluno precisa saber ler e escrever o mínimo correto e necessário para estar preparado para o mercado de trabalho. Se não estamos condenando uma geração inteira ao analfabetismo funcional. “Um País desenvolvido se faz com educação de qualidade”, diz o institucional do Governo Federal. O discurso é bonito, mas a prática é do abandono das escolas de Ensino Fundamental, Médio e Superior pelo Brasil afora.

Mas não tem só que apontar o descaso do sistema educacional pelo quadro grotesco que se agiganta à nossa frente, podemos cultivar pequenas atitudes no dia a dia para incentivar nossas crianças: Quando ainda pequenas podemos ler para ela dormir, podemos acompanhar o desenvolvimento delas na escola, podemos adquirir literatura para você compartilhar momentos saudáveis que estreitarão a relação familiar e de amizade com seus filhos. Mas leitura de qualidade, porque tem muito lixo por aí.

Você pai, qual foi a última vez que você leu um livro? Ah, não tem tempo? Pois bem, como você pode servir de exemplo pro seu filho? Vamos ler mais! *Artista Plástico, Cartunista, Designer Gráfico e [email protected]————————————- O mar não está para peixe – João Alberto dos SantosQuando caminhamos na praia não é raro nos depararmos com peixes miúdos mortos ou boiando na beira do mar. Muitas vezes, isso acontece por causa de uma captura acidental das redes de pesca. Por não ter valor comercial ou por terem sidos capturados sem intenção, os pescadores os descartam de qualquer jeito.

Essa é uma ação condenável e que coloca em risco todo o ecossistema e a existência da vida marinha. A captura acidental é a maior responsável pelo estoque mundial de peixes estar em declínio, antes mesmo da poluição e dos fatores climáticos.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), estima-se que 20 milhões de toneladas de peixes são mortos dessa maneira, por ano. Além dos peixes, cerca de 308 mil golfinhos e baleias também morrem devido à captura acidental. No Estado de São Paulo, a toninha (uma espécie de golfinho) e a tartaruga-verde são as espécies mais capturadas.

Outro problema preocupante nos nossos mares é a sobrepesca, que é a retirada excessiva de alguns pescados acima da cota permitida pelos órgãos ambientais. Com isso, aumenta a falta de tempo para que as espécies possam se reproduzir. Outro fator é o nosso apetite por peixes ultrapassar os limites ecológicos dos oceanos, colocando a sobrevivência de muitas espécies em risco.

A sardinha pode ser apontada como um bom exemplo. Antes presente em toda a costa, ela quase desapareceu da vida marinha. Em 1973, a produção de sardinha-verdadeira no país era de 228 mil toneladas. Em 2011, esse número baixou drasticamente para apenas 75 mil toneladas.

É importante mostrar que se não houver maior controle sobre a pesca predatória no País, muitas espécies correm o risco de entrar em extinção. Segundo estudos feitos por pesquisadores, cerca de 80% das principais espécies exploradas nas zonas costeiras aqui do Brasil estão em estado de sobrpesca.

Se continuarmos assim, não haverá mais espécies de peixes para serem consumidas futuramente, nos sobrando para o consumo apenas as algas marinhas e os pepinos-do-mar. * Membro do Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul) – CRBio-01.———————————–ESPAÇO DO LEITORCONCILIAÇÃO 1O leitor Jamiro Silva comentou: “Sempre foi assim. Entra e sai governo e todos falam que os professores não têm direito. Entendo que a justiça não pode simplesmente ignorar nossa luta e deixar de reconhecer a legitimidade de nossos pleitos. A reivindicação de melhorias pontuais no sistema educacional de Roraima não pode jamais ser tratada como ilegal, muito pelo contrário, devem ser sempre nossa bandeira de luta”, destacou.CONCILIAÇÃO 2Sobre o mesmo assunto a professora Nilza Guimarães afirmou: “Acredito que o momento tenha sido oportuno para a realização desta conciliação entre o Governo e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima, mediado pelo Tribunal de Justiça. Os 39 itens apresentados para serem analisados, apontam as melhorias que precisam ser implementadas com maior brevidade. É um direito nosso e precisa ter o reconhecimento quanto a sua legalidade, a exemplo do pagamento das progressões”.CRATERAA leitora Mary Sousa endereçou o seguinte e-mail: “Gostaria de pedir ajuda em relação à situação que os moradores estão enfrentando na Rua Hugo Malet no bairro Paravaina, por conta das fortes chuvas desta semana, ocasião em que se formou uma enorme cratera na rua, impedindo os moradores até de sair de casa. Durante o verão solicitamos, por vários ofícios, que fosse feito um serviço de conservação, o que não ocorreu.IMPRUDÊNCIAO internauta Luiz Guedes comentou: “Gostaria de solicitar uma fiscalização mais eficiente da Superintendência Municipal de Trânsito em relação ao semáforo que fica localizado próximo a Rodoviária Internacional de Boa Vista. Simplesmente os condutores que saem do local ignoram se o sinal está aberto ou fechado e cruzam a via lateral, desrespeitando a preferência de quem está se deslocando da Avenida Venezuela. Esta situação, eu e minha família presenciamos esta semana, quando quase fomos atingidos por um caminhão que saia da rodoviária”, frisou.