Parabolica 08 09 2015 1414

Bom dia!“O segredo do demagogo é de se fazer passar por tão estúpido quanto a sua plateia, para que esta imagine ser tão esperta quanto ele” – Karl KrausATÔMICADeu na revista Época deste fim de semana: “A propina atômica do PMDB em Angra 3”. A matéria afirma que a Procuradoria-Geral da República obteve evidências de que os senadores do PMDB Renan Calheiros, Edison Lobão e Romero Jucá receberam propina de empreiteiras pelo contrato da usina nuclear. Agora é esperar a reação do senador roraimense, pois as vezes que a Parabólica fala da Operação Lava Jato, a assessoria do parlamentar envia notas raivosas contestando o teor.CONTRIBUIÇÕESConforme a matéria, às vésperas das eleições do ano passado, já com a Lava Jato em curso investigando o propinoduto da Petrobras, o empreiteiro Ricardo Pessôa, dono da UTC, encontrou-se com o presidente da Eletronuclear, almirante Othon Pinheiro, que pedira “contribuições” antecipadas para o PMDB, já que aquela empreiteira estaria praticamente certa de que iria retomar a construção da usina nuclear de Angra 3, parada desde a década de 1980, cujo valor dos contratos somavam R$ 3,1 bilhões.DELATOR Pessôa se tornou um dos principais delatores da Lava Jato e já havia acusado Lobão de participar do esquema nas obras de Angra 3. “Segundo as investigações, se cartel havia entre as empreiteiras, cartel havia também entre os senadores do PMDB. E esse cartel do Senado é o próximo alvo de Janot e sua equipe”, diz a matéria da Época, ao frisar que surgiram indícios fortes do envolvimento do presidente da Câmara, Renan Calheiros, Romero Jucá e Lobão na Lava Jato. Eles já são investigados no Supremo por suspeita de participação no petrolão. AUTORIZAÇÃONas próximas semanas, Janot pedirá autorização para investigar Renan e Jucá no caso de Angra 3. Acusado de ter pedido “contribuição” para a campanha do filho Rodrigo Jucá, que era candidato a vice-governador em Roraima, o senador peemedebista negou tudo. “Não tenho conhecimento da delação e estou à disposição para prestar qualquer esclarecimento que o Ministério Público pedir. Não participei de nenhuma irregularidade em contratos com qualquer estatal”, disse, por meio da assessoria. Rodrigo Jucá não quis se pronunciar para a revista. RESQUÍCIO 1Apesar de a governadora Suely Campos (PP) ter sido festejada por indígenas acampados na Praça do Centro Cívico, em Boa Vista, por ter assinado o Plano Estadual de Educação, que reincluiu o capítulo sobre a Educação Indígena, lá no coração da Terra Indígena Raposa Serra do Sol o tratamento é outro. Na solenidade realizada na comunidade Maturuca, na sexta-feira passada, com a participação do ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a representante do Governo do Estado não foi bem recebida.RESQUÍCIO 2Ao chegar de avião para o lançamento do primeiro Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) Indígena do Brasil, a chefe da Casa Civil, Danielle Campos, foi avisada que não seria bem-vinda a Maturuca. Ela ainda tentou remediar com os assessores de Lewandowski, mas eles disseram que não tinham ingerência no evento e quem mandava eram as lideranças da comunidade. Como não foi chamada para compor a mesa do evento, então ela decidiu não insistir: pegou o avião de volta.PROTESTO No desfile de 7 de Setembro, na manhã de ontem, na Avenida Ene Garcez, alguns estudantes protestaram em favor da greve dos professores. Enquanto a secretária estadual de Educação, Selma Mulinari, dava entrevista, os manifestantes ensaiavam um grito pedindo a saída dela. Mas não passou disso, pois os policiais militares logo fizeram um cordão de isolamento em torno do palanque oficial, afastando qualquer manifestante das autoridades.  ALFINETADAO tempo em que Lewandowski ficou em Boa Vista, na sexta-feira passada, deu para sentir um pouco do que o roraimense vem sofrendo com os apagões na distribuição de energia elétrica e na internet, problemas estes recorrentes e que se intensificaram na semana passada. Os que presenciaram a cena não perderam tempo de alfinetar: disseram que o ministro estava provando o pouco do que ele ajudou a piorar, ao manter o então governador Anchieta Junior (PSDB) no cargo por meio de liminar, no STF, até o fim de seu mandato. MOTIVAÇÃOO que deu motivação para os comentários capciosos foi o fato de o ex-governador Anchieta ter sido convidado a sentar-se ao lado do ministro, mesmo sendo tão somente o presidente regional de um partido. A propósito, a força que um cargo do Supremo tem em Roraima pôde ser vista com a extensa homenagem e paparicos de políticos de todas as matizes ao ministro Ricardo Lewandowski. Não há registro, no Estado, de uma autoridade que tenha sido agraciado com tantas medalhas assim por quase todos os poderes constituídos. SOBRECARGAServidores da Polícia Civil afirmam que eles estão sendo penalizados com a falta de profissionais, principalmente nas delegacias plantonistas. Mesmo sendo chamado de “plantão extraordinários”, eles afirmam que todos são obrigado a cumprir três plantões de doze horas por mês, o que significa 36 horas de carga horária excedida. “Estamos recebendo por isso, mas há dias em que temos plantão extraordinário temos que emendar direto, sem descanso”, reclamou um servidor, pedindo que fosse assinalado pela coluna. Então, feito o registro.