Uma Breve História do PIB – Rodrigo Rodrigues Silva*(Parte I) Em 1776, ano historicamente lembrado pela independência americana também coincidentemente foi marcado por outro grande vulto do espírito de liberdade, pois Adam Smith publicou sua monumental obra: Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações. Desde então, sabemos que a dinâmica de uma economia ocorre por sua produção interna e não pelo simples acumulo de metais preciosos como acreditavam os antigos mercantilistas. De lá para cá, calcular o Produto Interno Bruto é uma forma de medir o desempenho econômico de um país em determinado período. É um sinal indelével de que a economia esta em prosperidade ou recessão.
No entanto, mesmo sendo um indicador indispensável de fácil interpretação, o PIB sofreu inúmeras críticas ao longo do tempo. O irmão do icónico presidente norte americano John F. Kennedy, senador Robert Kennedy, em 1968 fez o seguinte discurso: “… nosso PIB compreende tudo isso, mas não leva em conta a saúde de nossos filhos, a qualidade de sua educação ou a alegria de suas brincadeiras. Não inclui a beleza de nossa poesia ou a intensidade de nossos casamentos, a inteligência de nossos debates públicos ou a integridade de nossas autoridades. Ele não mensura nosso talento ou nossa coragem, nossa sabedoria ou nosso aprendizado, nossa compaixão ou nosso patriotismo. Em poucas palavras, mede tudo, menos aquilo que torna a vida digna de ser vivida. Pode nos dizer tudo sobre a América, exceto o motivo pelo qual temos orgulho de ser americanos.”. Certamente, o PIB somente mede a atividade econômica, não faz juízo de valor sobre esse processo.
Para uma resposta adequada sobre a situação interna da população, passou-se a observar o PIB per capta, que nada mais é que o PIB dividido pela população total do país. A ideia: quanto maior essa média supostamente melhor se encontrava o padrão de vida das pessoas.
Contudo, essa abordagem foi contestada pelo economista indiano Amartya Sen, ganhador do prêmio Nobel de economia de 1998. Segundo Sen, o PIB per capta, por ser uma espécie de média do PIB por habitante, nada explicita sobre a distribuição funcional da renda, logo não era um bom indicador de bem estar social da população. Propôs então uma nova fórmula de cálculo: O IDH (índice de Desenvolvimento Humano). Uma espécie de média da taxa de escolarização, longevidade e poder de compra, que segundo ele, seria uma melhor medida de bem estar social. Mensuração adotada pela ONU desde 1990.
Comparações recentes mostram que os países com maior IDH também são os mesmos que apresentam maior PIB per capta.
Desta forma, o IDH apesar de ser mais “bem intencionado”, somente confirma que o PIB per capta afeta positivamente saúde, educação e nível de renda real. Porém, uma das grandes contribuições de Sen foi demostrar que esse efeito é verdadeiro para países democráticos.
O PIB per capta nos diz que o crescimento econômico deve caminhar a passos mais largos que o crescimento populacional (se possível e desejável: não afetando o meio ambiente), dessa forma, teríamos aumento da qualidade de vida das pessoas.
Imaginem o que ocorrerá com o Brasil, que neste momento, esta caminhando para trás. O bem estar de nossa população esta lentamente descendo num abismo social. O resultado é uma paulatina piora nos serviços de saúde, educação, segurança, etc. Infelizmente, o PIB revela seu lado perverso. Quando cresce é festa e alegria, mas com sua queda é miséria e desespero. Que essa nuvem negra que paira sobre a nação passe logo. Boa sorte a todos.
*Doutor em Economia e professor do Departamento de Economia da UFRR [email protected]
98119-3224—————————————————-
Semana da Luta da Pessoa com Deficiência – Vera Sábio*Precisamos lutar sempre… Lutar contra a desigualdade social, lutar contra a corrupção, lutar contra as injustiças, lutar para que tenhamos direito de receber saúde, educação e segurança.. Lutar, lutar e lutar…
Todavia, giramos em círculos e pouco saímos do lugar, pois nessa crise imposta por poderosos, quem está na minoria é a maioria, a qual de braços amarrados não tem grande união. É incapaz de pôr a cara a tapa, sofrendo a triste consequência de votos errados e não sabendo bem como agir.
Porém, você que tem o físico e o intelecto perfeitos, saiba que existe mais de 24% da população brasileira com algum tipo de deficiência física ou sensorial. São eles os cegos, os surdos, os paralíticos, os tetraplégicos, os mutilados e os com diversas deficiências intelectuais, os quais vivem a margem de uma sociedade apática e desprovida de sensibilidade para compreender que em algum momento da vida, um destes pode ser qualquer um de nós, ou de nossos familiares.
Nessa luta desigual, mesmo aqueles que não possuem deficiência aparente são enfraquecidos pelos governantes que os deixam sem condições de darem um passo em busca de melhorias, e sem voz suficiente para que consigam reorganizar a casa.
O desanimo é total enquanto saqueiam o país. Porém, a visão dos cegos enxerga que além do horizonte existe uma luz. Os passos do paralítico avançam em rodas em busca de seus objetivos. A voz dos surdos revela nos gestos a vontade de uma comunicação honesta, sincera e digna e os deficientes intelectuais aprendem através do amor; sendo até mesmo os autistas unidos pela música…
Tudo tem jeito se a solidariedade der as caras, se a união revelar a força e se a fé continuar viva e vibrante… Por isto, na semana da luta da pessoa com deficiência, perceba que enquanto você não enxerga porque não quer, não ouve para não se comprometer, não anda para não sair do seu comodismo, não entende para não doer a consciência ao saber que precisa agir… Milhares de pessoas dão aquilo que tem e fazem o que podem mesmo com a ausência de um ou mais sentidos.
Nesta percepção, agradeça a Deus por tudo que tem e usem seus talentos, seus sentidos e todo seu corpo para fazer o bem; andar com dignidade, enxergar a dor do próximo, ouvir o apelo dos aflitos, compreender a inteligência da ternura e louvar e agradecer por tudo que tem partilhando com aquele que não tem.
Saiba que a verdade sempre aparece, pois Deus se manifesta através de qualquer condição de vida e, enquanto há vida, há esperança e assim continuaremos lutando.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected].: 991687731————————————————
Aprender sempre – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende”. (Leonardo Da Vinci)A vida é um eterno aprendizado. Até mesmo quando não nos esforçamos para aprender estamos aprendendo. Pensa que não? E o melhor é você nunca se esquecer do que prendeu. Eu tinha me esquecido, mas a Samara Diniz me lembrou, ontem. Numa mensagem, pelo face, ela me disse pra eu ainda dar muitas voltas em vlta do Sol. Tive que rir. Já mandei, inúmeras vezes, esse recado para meus amigos. Não importa nem interessa sua idade. Em todos os dias do seu aniversário, pare, pense e reflita sobre a realidade da vida. Comece pensando que no dia do seu aniversário você está completando mais uma volta em volta do Sol. Isso é muito importante e ninguém pensa nisso.
Nosso valor depende do valor que nos damos. E quando nos valorizamos não temos por que não ser feliz. Isaac Newton diz que: “O que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano”. Todos nós somos eternos e ainda não aprendemos sobre isso. Vivemos mais em função da nossa embalagem que, ela sim, morre. Por isso não devemos perder um momento se quer sem aprender a viver. O mundo, sob meu ponto de vista, claro, só evolui com o que aprendemos. Há vinte e uma eternidades vivemos sobre este solo embrutecido e continuamos marchando em marcha lenta para o seu polimento.
Você sabe quantos dilúvios já tivemos na Terra? Eu também não. Mas sabemos, você e eu, que depois do último dilúvio progredimos muito pouco para alcançar o que fomos antes do dilúvio. Ainda temos muito que aprender para sermos o que realmente somos. Vivemos num mundo de progresso a regresso. E toda a evolução do mundo vai depender dos nossos conhecimentos. E ainda nos encantamos com descobrimentos de ossadas de dinossauros. Vamos aprender para evoluir. O oceano do nosso desconhecimento é incomensurável. Ainda nem mesmo descobrimos quem realmente somos aqui neste solo terrestre.
Todo o poder de que você necessita para seu crescimento está no seu subconsciente. Lembre-se de que “Ninguém, além de você mesmo, tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz se você não estiver a fim”. Todo o poder está em você. É só você acreditar nisso. E quando acreditamos aprendemos a usar nosso poder dentro da racionalidade. Somos todos, acreditemos ou não, de origem racional. Não fomos feitos de barro. Chegamos aqui como seres racionais. E nosso regresso levou vinte e uma eternidades até chegarmos aqui. E em todo esse período ainda não aprendemos a pensar. E porque não pensamos ainda somos meras gotas no oceano do saber. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460————————————————ESPAÇO DO LEITOR ASSALTOS “Continua a onda de assaltos na Capital, tendo como alvo preferido celulares. Nesta terça-feira, ao registrar ocorrência sobre o roubo de meu celular, pelo menos mais quatro pessoas estavam esperando para comunicar a mesma situação. Como sempre, estamos desassistidos, sem nenhuma ronda ostensiva, e os bandidos se sentem à vontade para atemorizar a população. Enquanto o sistema de segurança não tomar nenhuma atitude de enfrentamento a esta onda de assaltos, o cidadão de bem, infelizmente, estará à mercê da mira de um revólver”, relatou um morador do bairro São Francisco.HGRUsuários da saúde pública relataram que ontem a demora no atendimento superou a tolerância das pessoas que necessitavam de atendimento no Hospital Geral de Roraima (HGR). “Ocorreram casos em que os pacientes tiveram que esperar mais de cinco horas para serem medicados, incluindo os idosos, que sempre buscam atendimento para problemas relacionados à diabetes e hipertensão”, relatou um paciente.GREVE O leitor Breno Lima comentou que esta semana começou a circular novamente uma informação nas redes sociais sobre uma possível greve dos bancários em todo o país. “A classe em Roraima já estaria, inclusive, se articulando para deflagrar no dia 28 deste mês o movimento de paralisação das agências. Até onde é verdade, não sabemos, mas já era de se esperar uma vez que todos os anos esta situação se repete”, frisou.ESCOLASSobre o retorno das aulas nas escolas estaduais, o leitor José Augusto Ramos comentou: “Não é verdade que a maioria dos professores retornou às escolas. É fato que tem gestor tirando dinheiro do bolso e pagando carros de som para anunciarem a volta das aulas. Quando os alunos vão à escola, constatam que só alguns professores seletivados estão presentes, enquanto o demais continuam em greve”.