Saúde na balança da Justiça – Arthur Chioro* e Adriano Massuda** Como decretou o constituinte de 1988, “a saúde é direito de todos e dever do Estado”. Amparado neste conceito, o Sistema Único de Saúde (SUS) foi projetado a um dos maiores do mundo e está presente na vida de todos os brasileiros – garantindo da vacinação ao transplante de órgãos. Agora, por meio da Agenda Brasil, o Congresso Nacional coloca em pauta a judicialização. O assunto merece atenção, uma vez que tem consumido cada vez mais um bem precioso na manutenção do SUS, seu orçamento.
Em cinco anos, foram destinados R$ 2,1 bilhões para as decisões judiciais em que a União foi obrigada a prover medicamentos e insumos por vezes, no mínimo, curiosos, como álcool gel, loção hidratante, óleos de girassol e linhaça, protetor solar, rolo de fita crepe e até shampoo anticaspa. Esse cenário gera injustiça e iniquidade, desorganiza o sistema de saúde, sem contar o risco à saúde da população que pode ser submetida a procedimentos e medicamentos sem segurança e evidência científica que comprove sua eficácia. Além do ônus de deixar quem mais precisa sem os recursos necessários, uma vez que não há recursos adicionais para as decisões judiciais.
Desde 2010, houve um aumento de 500% nos gastos com ações judiciais. Naquele ano, o valor consumido foi de R$ 139,6 milhões. Apenas em 2014, o gasto chegou a R$ 838,4 milhões. O gasto apenas em 2014 seria suficiente contratar quase 3 mil profissionais do Mais Médicos por um ano, adquirir mais de 5,8 mil ambulâncias, construir 327 UPAs de porte I ou 12 hospitais.
Esses valores limitam-se aos gastos da União com a judicialização. Estados e municípios também têm seus orçamentos comprometidos. Em alguns casos, despesas com demandas judiciais chegam a superar 8% dos recursos para a saúde. Portanto, trata-se de um problema gravíssimo e que afeta todas as esferas de governo.
Não somos, de maneira alguma, contra acionar a justiça para assegurar o direito do cidadão quando este encontra dificuldade em acessar serviços que devem ser garantidos. Mas são necessárias regras legais para acionar a justiça e normas precisas quanto à indicação e uso dos medicamentos e procedimentos.
As iniciativas do Ministério da Saúde são pautadas por regras claras sobre a incorporação de novas tecnologias e normas sobre a forma de uso. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) assessora a pasta na decisão de incorporação de novas tecnologias no SUS, com análise fundamentada da eficácia, efetividade e custo-benefício. Paralelamente, temos ampliado cada vez mais a oferta gratuita de medicamentos por meio do SUS. Os gastos para a compra de medicamentos cresceu 78% em quatro anos, passando de R$ 6,9 bilhões, em 2010, para R$ 12,4 bilhões, em 2014.
Diante disso, entendemos como extremamente positivo para o SUS que o tema seja colocado na agenda da sociedade, para que possamos garantir o direito à saúde de qualidade e com segurança para todos.
*Ministro da Saúde**Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde———————————————-Duas rodas e um pé na cova – Vera Sábio*Faltam um impacto maior, uma necessidade de colocar o pé no freio, uma empatia imediata em sentir que ninguém está imune a esta crescente violência no trânsito para que o transito seja mais cuidadoso, respeitoso e consciente.
Embora haja todos os dias muitas colisões por diversos fatores, desde a irresponsabilidade ao volante, como a pressa, a falta de manutenção do veículo, motoristas embriagados e alta velocidade, também faltam iluminação, sinalização e fiscalização, bem como buracos e animais na pista, pedestres distraídos etc.
Enfim, o perigo no transito é constante, mas quando verificamos a estatística entre aqueles que usam a motocicleta, o índice de morte e amputações, traumatismos e invalidez é exageradamente maior.
Precisamos pensar juntos: denunciar o transporte indevido de crianças pequenas, que são as principais vítimas fatais dos acidentes de moto, verificar a utilização dos capacetes, o respeito e diminuição da velocidade, a habilitação correta do condutor e, de modo especial, o fornecimento de transportes coletivos eficientes, adequados e baratos, para que o uso da moto seja substituído pelos ônibus, onde a segurança é bem maior.
São poucas as pessoas que nascem com alguma deficiência, no entanto, o crescimento assustador de pessoas deficientes provenientes dos acidentes no trânsito deve ser uma preocupação geral, em que palestras de conscientização precisam estar presente nas escolas, nas associações de bairro, nas igrejas etc, em prol de uma maior prevenção, única forma correta de evitar o mal, ao invés de tratá-lo com toda a dificuldade que este tratamento acontece, vendo quantos foram para cova, por puro descuido e desinformação.
É melhor perder um minuto da vida do que perder a vida em um minuto. Quantas vidas seriam poupadas se a pressa e a imprudência não fossem realizadas?
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected].: 99687731——————————————–A arte de viver – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Como você se sente não é o resultado do que está acontecendo em sua vida; é a sua interpretação do que está acontecendo”. (Anthony Robbins)Há um zilhão de pessoas que detestam este assunto. Mas não caia nessa esparrela. Reflita um pouco sobre a importância dele e vá em frente. A estrada do sucesso é uma obra sempre em construção. Ela nunca estará pronta enquanto vivermos. É um processo evolutivo. Suas reações aos acontecimentos dependem do seu grau de evolução. Tudo é muito natural. Cada um de nós tem seu próprio comportamento em relação aos acontecimentos. A marujada da Praça Mauá, no Rio de Janeiro, na década dos cinquentas, costumava dizer que a vida é um pandeiro sem fundo. Deixe que os outros batuquem e divirta-se com o som.
Acho que já falei disso com você. Um dia estávamos conversando, um casal amigo e eu. De repente a esposa do meu amigo comentou:
– Afonso… eu acho interessante porque você diz para a gente fazer isso, mas você não faz.
Não precisei refletir pra responder:
– O problema não está em eu não fazer, está em você não fazer porque eu não faço.
Ela riu, rimos e continuamos com o papo. As pessoas resistem muito à simplicidade. É quase uma discriminção com ela. Não sei como você se sente, mas sugiro: procure bater, sempre, um papo com seu subconsciente. Converse com ele. É a maneira mais simples e eficiente de você encontrar sua felicidade. O segredo está em as pessoas não acreditarem nisso, por conta da simplicidade. Comece por nunca dizer para seu subcosciente o que você não quer. Ele não está nem aí para o que você não quer. Diga-lhe sempre, e firmemente, o que você quer. Faça esse exercício. Seu subconsciente é o maior poder que você tem em você mesmo, ou mesma, não importa.
Mas não caia na esparrela de tentar fazer disso uma religião, filosofia, ou coisa assim. Simplesmente concentre-se, mas com naturalidade, e diga pra seu subconsciente o que você realmente quer. Mas faça isso com constância e persistência, mas sem arrufo nem preocupação. A simplicidade e a naturalidade são o instrumento mais eficaz para um papo seu com seu subconsciente. Simples pra dedéu. Ma não espere milagre. É você que está fazendo o milagre. Ele vai depender, exclusivamente, do grau de confiança que você tem em você mesmo. De uma coisa estou certo, você vai ser muito mais feliz com você mesmo. Vai acreditar mais em você mesmo e na sua capacidade de alcançar a paz que você deseja no seu dia a dia. Acredite que você é um ser de origem racional. Sua volta ao seu mundo de origem depende única e exclusivamente de você e de mais ninguém. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460
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ESPAÇO DO LEITORCIMENTOO leitor Renato Lima Mendes relatou que, ao acompanhar as matérias na imprensa sobre o preço do cimento praticado nos estabelecimentos comerciais de Roraima e Amazonas, ainda não é possível encontrar um preço diferenciado do produto. “A redução de um comércio para o outro chega a ser insignificante, não mais que de R$0,30 a R$0,50. Apesar de ser um produto de livre concorrência, deveriam, pelo menos, manter um preço justo na venda ao consumidor”, frisou. FRONTEIRAA leitora Amélia Silva Nunes comentou: “Gostaria de deixar como alerta a situação em que os brasileiros que se aventuram em ir a Santa Elena estão passando em razão do constrangimento na barreira do lado venezuelano. Os guardas venezuelanos revistam todos os locais possíveis dos carros que cruzam a fronteira, além da abordagem brusca que fazem às famílias como se fôssemos bandidos. Fica, então, o alerta para que redobrem o cuidado em relação a esta situação”. ILUMINAÇÃOMoradores de Mucajaí encaminharam o seguinte relato: “Infelizmente, as ruas do Município de Mucajaí estão totalmente às escuras, dando margem aos bandidos para que pratiquem roubos, além de propiciar o comércio de drogas. Para conter a escuridão, alguns moradores colocam luzes na frente de suas casas, gastando sua energia para não deixar totalmente a rua no escuro”.ALERTASobre a matéria do alerta do Corpo de Bombeiros a quem frequenta balneários, a leitora Jamile Cortez escreveu: “Neste período, deve ser intensificado o patrulhamento nos balneários por conta da grande quantidade de famílias que comparecem aos finais de semana, principalmente com crianças. Mas vale a pena lembrar que os pais devem ter também cuidado com as crianças, principalmente na Praia Grande, que possui uma grande quantidade de buracos”.