Opinião

Opiniao 01 10 2015 1514

Tempos de crise – O que fazer? – Antonio de Souza Matos*Não é fácil, para ninguém, encarar uma crise. A maioria de nós acaba fazendo besteira. O livro de Rute – que narra a saga de uma família judia num período de grande turbulência moral, política e econômica em Israel, semelhante ao que atravessamos no Brasil – nos ensina algumas lições sobre como lidar com as crises.

Precisamos de cautela para não tomar decisões erradas. Quando enfrentamos uma crise, somos tentados a agir de modo precipitado. Em vez de manter a calma, ficamos desesperados e buscamos a saída mais rápida, e mais fácil. Foi isso que fez a família de Noemi. Para fugir da crise, agravada por uma violenta seca, em vez de buscar a direção de Deus, optou por deixar o país de origem.

Elimeleque, marido de Noemi, levou a mulher e os dois filhos, Malom e Quiliom, para Moabe – país fronteiriço, mas tradicionalmente hostil aos judeus. A princípio, tudo parecia correr bem, mas depois as coisas se complicaram: o patriarca da família morreu e, em seguida, os dois filhos. Noemi ficou sozinha, sem dinheiro, sem terra e “desamparada”, após dez anos de amargo exílio. A única herança que os filhos lhe deixaram foram suas mulheres: Orfa e Rute – duas jovens moabitas. É isto o que ocorre, na maioria das vezes, quando tomamos decisões impensadas: o agravamento da crise.

Mas, se erramos, temos de ser humildes para retroceder. O nosso orgulho, comumente, nos faz remar contra a maré, e o resultado é catastrófico: afundamos cada vez mais. Noemi, porém, não agiu assim. Decidiu mudar a rota: regressar à terra-natal. Uma de suas noras a acompanhou. A anciã estava em frangalhos por fora e por dentro, mas convicta de que era o mais sensato a fazer. “O que vão dizer de mim quando eu chegar a Israel?” Noemi não se importou com esse pensamento, que, decerto, lhe veio à cabeça. O importante era voltar ao centro da vontade de Deus, ainda que sofresse retaliações da parte dos patrícios e dos parentes. “Aquele que se humilha será exaltado”, dizem as Escrituras Sagradas.

Precisamos também aproveitar as oportunidades. A vaidade nos faz rejeitar serviços considerados inferiores. Porém, quem está em dificuldades financeiras não pode ficar escolhendo trabalho, por mais humilde que pareça. Noemi e Rute, a nora que a acompanhou, chegaram à Israel na época da colheita do milho. De acordo com as leis do país, os pobres tinham direito de colher as sobras dos cereais deixadas pelos segadores. Assim, Rute, de boa vontade, saiu ao campo para colher as sobras da lavoura de um homem abastado. Sendo uma mulher de extrema beleza, não teria dificuldade para encontrar um homem que lhe enchesse de bens a troco de prazer sexual. Mas ela preferiu o trabalho honesto a vender o corpo para lograr o sustento.

Quando agimos dessa maneira, Deus dirige os nossos passos e muda a nossa sorte. Sem saber, Rute foi trabalhar na lavoura de Boaz, o qual, por ser parente mais próximo de Elimeleque, de acordo com as leis judaicas, tinha o direito de resgatar as terras que haviam pertencido a este para restitui-las a Noemi. Além disso, tinha o direito de casar-se com Rute para suscitar descendência ao ex-marido desta. Resumindo a história, Boaz casou-se com a jovem viúva, resgatou a propriedade de Elimeleque e devolveu-a a Noemi, transformando-a em uma próspera proprietária rural.

Mas a história não acaba aí. Noemi, pouco tempo depois, tomou nos braços a Obede, filho de Rute e de Boaz, o neto postiço, que a fez esquecer as agruras passadas e lhe trouxe profundas alegrias. É interessante notar que Obede faz parte da árvore genealógica de Jesus Cristo. Portanto, a bênção derramada sobre Noemi se estendeu para todas as famílias da terra: “… eis que vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:10-11).

O que devemos fazer em tempos de crise? O livro de Rute nos oferece a resposta: não nos precipitar, ter humildade para reparar o erro e aproveitar as oportunidades. Como estamos agindo?

*ProfessorE-mail:[email protected]—————————————————-Do Chuí ao Caburaí – Afonso Rodrigues de Oliveira“E a gente sempre pode melhorar, desde que não seja apenas para ser como os outros querem que sejamos”. (Lya Luft)Desde o dia 8 de setembro, com a comemoração lembrando a Expedição ao Monte Caburaí, que ando meio encucado. Venho, periodicamente, olhando as fotos do grupo de expedicionários em atividades mil. Preste atenção à foto em que, no DVD, eu acho, a jornalista fala sobre a expedição, enquanto um grupo está sentado durante uma reunião. O que me leva à estranheza é que aquele cara que está na foto, ao lado da minha amiga Elena Fioretti, é o Alexandre Magno Rodrigues de Oliveira. Ele participou da expedição. Participou de todas as atividades antes e durante os dias que viveram juntos.

Já que não resisti e comecei a falar no assunto, com certeza o Alexandre vai nos explicar o fato, porque ele também está, como eu, sem entender por que ele não é citado no grupo. E por isso não vou me estender muito no assunto. Mas adianto que ele fez todos os preparativos para o evento. Inclusive o curso de sobrevivência na selva. Recebeu, e está com ele, o certificado do curso, garantindo-lhe sua participação. Foi com o grupo, participou ativamente junto com os meus amigos, Pavani e Joaci. Em síntese, é muito estranho que o Alexandre Magno não esteja mencionado como participante do grupo de expedicionários que renovou a história, num capítulo importante. O Alexandre fecha o grupo como seu 90° elemento.

Dezessete anos já se passaram desde o evento histórico da Espedição ao Monte Caburaí. Quatro anos se passaram para que o Brasil reconhecesse a importância do evento. E só dezessete anos depois foi que viemos a público para acordar o brasileiro, sobretudo a mídia nacionjal, que ainda fala, Brasil afora, “do Oiapoque ao Chuí”. Mas alguém já disse que a história depende de quem a escreve. Escrever a história requer uma responsabilidade imensurável, para que ela não tenha que ser corrigida através dos tempos. Porque estes não se misturam. E porque não, levam a história na caçamba do descrtédito. E se não prestarmos atenção à aparente insignificância disso, é muito provável que um dia, no futuro, tenhamos que corrigir a expressão, do Caburaí ao Chuí, para a do Chuí ao Caburaí. Sei lá. Tudo pode depender da seriedade e exatidão como fazemos e escrevemos a história. Vamos tomar cuidado para não sermos apenas o que os outros querem que sejamos.

Sinceramente não sei como foi o mundo antediluviano. Não consigo me lembrar de nada daquela época. E olha que me esforço pra dedéu, pra me lembrar. Mas me amarro nas tolices que a história diz de como ele foi. Pense nisso.

*[email protected]    99121-1460—————————————————

ESPAÇO DO LEITOR RODOVIA 1O leitor José Veras comentou que na BR-174, sentido Pacaraima, não muito distante de Boa Vista, existe um veículo queimado às margens da rodovia que coloca em perigo quem transita por aquele local, principalmente à noite. “Sugiro que seja apurado de quem é a responsabilidade na retirada daquele veículo. Se for da PRF, até o presente momento ainda não foi tomada nenhuma providência, já que é ela a responsável pela segurança na rodovia”, afirmou.RODOVIA 2 Sobre o trecho sul da BR-17, sentido Manaus, a internauta Marise Guedes relatou: “Tenho percebido que, além do mato que toma conta de parte da rodovia, logo após o Município de Mucajaí, atrapalhando a visão dos motoristas, outra situação são as árvores dentro da terra indígena que estão tomando conta do acostamento e encobrindo placas. Em alguns locais, a rodovia já está totalmente sem visibilidade. Ao que parece, faz tempo que não se realiza nenhuma conservação nesta rodovia”.ILUMINAÇÃOSobre a matéria a respeito da cobrança da taxa de iluminação nos municípios do interior, o leitor Agripino Martins enviou o seguinte e-mail: “Quero relatar minha insatisfação quanto a esta cobrança indevida, isto em razão de pagarmos no Município de Iracema esta taxa pública e a cidade estar completamente às escuras. Deveria ser liberada esta cobrança, já que o serviço é ineficiente. Ou, então, alguém está recebendo e o serviço não está sendo executado como deveria ser. Quem quiser verificar a situação é só andar à noite pelas ruas do município”.GRATUIDADEA leitora Ana Letícia Correia comentou: “Absurdo o tumulto que está sendo causado por este projeto que prevê a gratuidade para estudantes da rede pública de ensino, uma vez que serão inúmeros os prejuízos para as empresas que operam este serviço, principalmente para os taxistas, caso esta lei seja aprovada. Na terça-feira, por exemplo, quem depende de transporte coletivo passou por um grande sufoco em razão do protesto contra a aprovação desta lei”.