O amor é indestrutível – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Você é tão rico ou tão pobre quanto o seu vizinho; senão não seria vizinho dele”. (Emerson) Sei que é difícil pra dedéu entender isso, mas é simples pacas. É só você se valorizar. Quando nos valorizamos não nos aborrecemos com os sem-valor. É ou não é? Sempre que você se aborrecer com um desvalorizado, dê uma paradinha e veja se você não está se igualando a ele. Simples. Já tentaram me ridicularizar por eu falar sempre sobre o espelho interior. Mas ele existe e está em você. E se existe, use-o. É fácil e simples. Sempre que alguém enganar você e você ficar pisando em brasas, pare, reflita, olhe-se no seu espelho interior e se pergunte: ele me enganou ou eu me enganei com ele? E se você se enganou é porque foi ingênua e tola. Sorria e procure ser mais esperta na próxima vez. Se se enganou procure ser mais observadora. Lembra-se de que já falei pra você, aqui sentados, num papo, que só existe vigaristas porque existem os otários?
Juro pra você que não ia falar desse assunto, hoje. Mas ontem fui votar. Quando voltamos para casa, a primeira coisa que a dona Salete fez quando entrou em casa foi ligar o televisor. Já me parece um vício. E o pior é que havia uma senhora falando sobre amor. E arregalei os olhos quando ela disse que o amor às vezes se acaba. Quase desliguei o televisor. Acho que este é um conceito muito elementar, de amor. O amor, no meu conceito, é indestrutível. Ele não se acaba. Cabe a você ser equilibrado emocionalmente para saber amar. A mesma senhora falou também sobre a junção amor, paixão e ciúme. Desculpe-me, senhora, mas acho isso um descontrole. Amor, paixão e ciúme são coisas absolutamente distintas e independentes. Os emocionalmente descontrolados é que os misturam. O amor não tem definição; a paixão é um descontrole emocional; e o ciúme é um descontrole mental. E fim de papo.
Mantenha sua vida equilibrada no humor sadio. E não há humor sadio quando nos preocupamos com as doenças que são bem mais daninhas quando mentais. Nunca se sinta inferior a ninguém. Você tem o poder se ser feliz. É só não perder tempo com a infelicidade. Os trancos e barrancos na vida fazem parte da vida. Eles não são uma derrota, mas uma lição de como podemos e devemos agir racionalmente. Mire-se sempre no seu espelho interior. É nele que você se vê como você realmente é. E se se vir como um derrotista, veja se não está se igualando ao seu vizinho. E seu vizinho não é o cara que mora na casa ao lado da sua, mas a pessoa com quem você convive. Se ela estiver fazendo você se sentir mal é porque você não está se valorizando. Pense nisso. *[email protected]———————————————- Um lugar perfeito – Tom Zé Albuquerque*Hoje o Estado de Roraima está fazendo aniversário. Aprazível, acolhedor, deslumbrante, esta novel Unidade da Federação criada há 27 anos se segura contraidamente para manter um ar interiorano, embora fisicamente ganhe a cada dia contornos de cidade grande, modificando lentamente a estrutura e cultura predominantes.
O Estado mais setentrional da federação, cuja capital é a única do país integralmente no Hemisfério Norte, é pluralista em inúmeras realidades, ora amazônido, ora savanado; ora polido pelo convívio, ora tosco pelas inações; ora bucólico, ora engendrado pelo crescimento urbano; tem sua população sendo solidificada pelo ecletismo de imigrações das várias regiões do país, em especial o nordeste, que o habilita a ser, num futuro próximo, um Estado a ter uma das mais ricas culturas do mundo, justamente pela profusão de pessoas e suas peculiaridades que nele residem.
Roraima está localizado em espaço privilegiado em relação aos demais Estados brasileiros, cujas veias de escoamento de produção ganham competitividade incomum quando enveredado para a América do Norte, África e Europa. O clima é propício para o agrobusiness e agribusiness, como nenhuma outra região do Brasil. A hidrografia é extensa, permitindo que o Estado seja irrigado por 14 (quatorze) rios, o que não é pouca coisa para uma área de 224.299 km². A capital Boa Vista é uma cidade universitária, a segunda mais representativa do país em termos proporcionais, para qual vislumbra-se que o cientificismo predominará na sociedade. Não há réstia de dúvida de quão promissor é o Estado de Roraima, embora jovem, muito jovem.
Algumas mazelas precisam ser eliminadas, é verdade, mas o tempo ajustará coercitivamente os problemas pela imposição – explícita ou velada – da própria sociedade, esta por estar sempre em ascendente exercício crítico. Há ainda, infelizmente, a ideia entre algumas pessoas (quase que totalmente aquelas vindas de outros Estados) que Roraima nada mais é que um ambiente de estágio para enriquecimento – por vezes ilícito – para que, por conseguinte, retorne-se às suas raízes territoriais empanturrados de patrimônio às custas do suor do povo. Existe gente que se apadrinha ocupando cargo público ao qual requisito exclusivo é ser obediente para tão somente se locupletar em conluio com os mandatários; muitas vezes predominam pessoas sem formação adequada para o cargo, sem expertise suficiente para gerir e sem caráter para lidar com o que é público. O resultado disso é o saque desmedido aos cofres públicos, travando brutalmente o crescimento do sofrido Estado roraimense.
Mas viver em Roraima transpõe até mesmo essas agruras institucionais, e não à toa cada vez mais desembarcam famílias oriundas dos grandes centros brasileiros em busca de qualidade de vida, de ar puro, de riquezas naturais, de banhos de cachoeiras, dos igarapés límpidos, do prazer de catar uma fruta na árvore da rua e comê-la sem pudor. Por sinal, uma das mais cômicas notícias que ouvi nos últimos anos foi uma crítica da mídia plim-plim sobre o campestre e puro município de Uiramutã, 300 km de Boa Vista com altitude de 840m e temperatura média de 23°, em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, apontando que é o município mais atrasado do país em termos econômicos. Para esse tipo de idiotice, considera “atraso econômico” se alimentar de comidas sem agrotóxicos, beber água pura, andar descalço, bater papo na praça, se divertir em meio a árvores frutíferas… conquanto, viver com qualidade.
Só tenho a agradecer por Roraima ter-me acolhido, assim como me orgulho de ter tido dois filhos roraimenses. Vou sempre defendê-lo e representá-lo com a maior e melhor de minhas forças, e prefiro alimentar a visão que meus netos gozarão de um Estado mais justo, organizado e desenvolvido, sem jamais deixar de usufruir de sua candidez.*Administrador – email: [email protected]————————————————Traição On-line – Flávio Melo Ribeiro * O mundo digital diversificou e ampliou a traição. Até pouco tempo atrás, trair amorosamente era um dos parceiros se relacionar com um terceiro, sem consentimento. Poderia ser um beijo, uma relação sexual, ou mesmo namorar esse outro. As redes sociais possibilitam muito mais do que isso, encurtam distância e aproximam intimidades. Hoje as pessoas curtem fotos, frases e momentos de amigos, ex-ficantes, ex-namorados e outros ex. Enviam mensagens privadas, mantêm conversas com conhecidos, amigos e com outros interessados, sem seu parceiro saber. Além de conversar, podem enviar fotos insinuantes, fotos íntimas, fazer declarações que geram esperanças de possíveis encontros íntimos. Mas quando descobertos dizem que não foi nada, pois não se encontraram pessoalmente, não trocaram beijos nem tiveram relações sexuais, portanto, não constituíram traição. Mas o que é traição digital?
Trair amorosamente é quebrar o acordo implicitamente estabelecido sem contrato, mas vivido pelos dois como algo que os une. Porém, cada um pode idealizar esse acordo de forma diferente e, consequentemente, os limites não serão os mesmos. É nesse ponto que reside o início do conflito. Até onde se pode ir? Até onde se aceita?
É com uma autorreflexão que cada um precisa entender os próprios limites e aceitações. Por exemplo, você aceita determinados comportamentos no outro que usualmente era considerado traição porque não se importa? Porque considera normal hoje em dia? Porque é aceito socialmente? Porque você também faz? Porque é pouco, se comparado ao que você faz e esconde do outro? Qual sua estrutura emocional para lidar com a traição? Quais seus valores? Como você foi educado? Qual sua história amorosa? Já passou por traição antes? E de qual dos três lados estava? O autoconhecimento auxilia ao lidar com possíveis traições ou quebras do acordo inicial.
As redes sociais aproximaram pessoas com valores, educação, classes sociais e gerações diferentes, possibilitando conflitos antes não existentes. Nesse sentido, o equilíbrio emocional é fundamental para lidar com a traição. Portanto, gostar de si e saber o que se quer é primordial para decidir de forma saudável para si, pois só uma pessoa carente ou insegura aceita o inaceitável por medo da solidão. Como superar esse tipo de crise? Veja no próximo artigo.*Psicólogo—————————————————–Síndrome de abstinência da gastança – Fernando Rizzolo*É realmente inacreditável como no Brasil a irresponsabilidade fiscal travestida de “visão desenvolvimentista” insiste em palpitar sobre ideias que vão na contramão da correta política fiscal num momento tão dramático pela qual a economia brasileira está passando. Documento divulgado pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores, é claro em demonstrar os efeitos da “Síndrome de Abstinência da Gastança” ao apregoar o desejo de voltar ao modelo econômico do gasto desenfreado que nos levou a esta situação.
Observem que ainda há muito que se cortar antes de propostas de aumento tributário, como a volta da velha senhora CPMF. Para se ter um exemplo clássico, o Fies, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, que financia cursos superiores em instituições privadas, tornou-se a “vaca sagrada”. Preservado, não terá cortes, e até recebeu investimentos. O programa, que teve restrições de verba no primeiro semestre deste ano, recebeu um crédito extra e viu seu orçamento subir de R$ 12,4 bilhões para R$ 16,6 bilhões. Ao todo, R$ 8,98 bilhões já foram pagos. Em 2016, estão previstos R$ 18,2 bilhões ao Fies. Ora, todos sabemos que este programa resulta em altos ganhos para as instituições de ensino particulares. Elas ampliam o número de alunos, sem risco de inadimplência, ou seja, o negócio mais seguro no mundo capitalista, que, além de lucros às instituições à custa do Tesouro Nacional, rende votos.
Não é à toa que o Ministro Levy já está se cansando e as agências de classificação inquietam o mercado financeiro. Além da instabilidade política existente, o país também assiste ao governo se debater e gastar bilhões na tentativa de segurar a desenfreada alta do dólar, utilizando os chamados “swap cambial”. Para se ter uma ideia, o Banco Central (BC) registrou prejuízo estimado em R$ 71,93 bilhões com os contratos de “swap cambial” – instrumentos que equivalem à venda futura de dólares – de janeiro até o dia 28.
A grande verdade é que diante deste cenário, a síndrome da abstinência de certa ala petista, que convulsiona pelo consumo da droga chamada gastança, deve ser não apenas rechaçada, mas indicada a uma internação forçada numa clínica do bom senso supervisionada por um “economista psiquiatra”. Muitas internações são bem-sucedidas, além de urgentes, pois a droga chamada gastança passou a ser o crack da nossa economia. Acredito que até o sociólogo e jornalista Perseu Abramo, se estivesse vivo, passaria um pito nessa turma *Advogado, Jornalista, Mestre em Direitos Fundamentais e membro efetivo da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP—————————————————-ESPAÇO DO LEITORGREVEA leitora Leila Michelly Rodrigues questionou a greve dos professores das escolas estaduais. “Foi anunciado que a greve das escolas públicas havia acabado. Como? Se na escola da minha filha – a São José – só tem aula pela manhã? Gostaria que a governadora prestasse esclarecimentos. Estou desesperada! Será que minha filha vai perder o ano letivo?”, perguntou.SEM SINALUm leitor de Iracema, que pediu para não ser identificado, denunciou que desde sábado não consegue fazer ligações de celular. “Desde sábado, a operadora Oi não funciona em Iracema. Tem sinal, mas não faz ligação. Caiu a internet e a telefonia. A internet voltou para uns, mas os celulares de outros continuam sem fazer ligações”, relatou, pedindo providências.ENERGIASobre o impasse na construção do Linhão de Tucuruí, o internauta Antônio Ernesto Ghirotti comentou: “Todo esse impasse é devido, única e exclusivamente, à falta de um governo sério. Com o PT não avançamos em nada. Muito pelo contrário! Estamos perdendo aquilo que conquistamos com muito esforço: a estabilidade econômica e a credibilidade de nossas instituições”.LINHÃOEm relação à nota “Linhão”, publicada na edição dos dias 3 e 4 de outubro, no Espaço do Leitor, o Governo do Estado esclarece que Pacaraima é a única sede de município ligada diretamente à linha de transmissão de energia de Santa Elena do Uairén, na Venezuela. Ou seja, está mais vulnerável a qualquer queda de energia no país vizinho. Mas a Companhia Energética de Roraima (Cerr) adianta que, se essas quedas se mantiverem constantes, irá verificar a possibilidade de inserção de capacitores na linha que poderão estabilizar a tensão e garantir melhor qualidade de energia oferecida ao município.